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MARIZE CASTRO

 

 

Poeta em tom maior, expert em Comunicação, jornalista, editora e uma das fortes vozes femi­ninas da poesia brasileira contemporânea, Marize Lima de Castro nasceu em Natal (RN), em 28.12.1962. Formou-se em Comunicação Social pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte, onde exerce a profissão de jornalista. Durante o biênio 1988/1990, foi editora do jornal cultural O Galo (da Fundação José Augusto); manteve com regularidade sua circulação nas principais cidades do país, reu­nindo em suas páginas o que de melhor e mais significativo havia nas letras norte-rio-gran­denses e nacionais.

 

[ ...] Como poeta, revelou-­se em livro, em 1984, com a publicação de Marrons Crepons Marfins, que surpreendeu críti­ca e público pela força e originalidade de sua palavra. (...) Sua poesia (Prêmio Othoniel Menezes/1998) vem sendo publicada em vários jornais e revistas culturais nacionais e do exterior (Exu-BAj Nicolau-PR; Revista do Escritor Brasileiro-DF (Poesia Sempre-R), The American Voice e International Poetry Review-EUA), vertida para o inglês pelo professor e crítico literário Steven White. Em 1993, publica Rito, gue confirma sua força inicial e a busca de um tom universal para sua poesia. No seguinte, Poço. Festim. Mosaico (título-síntese da problemática ali patente), sua linguagem, oscilante entre prosa e poesia, nutre-se dos principais mitos e musas da litera­tura ocidental, tal como os ventos da pós-­modernidade o vem exigindo.

 

Nelly Novaes Coelho (Dicionário Crítico de Escritoras Brasileiras)

 

 

Uma seta diz ela é do ofício esquecimento abastecido de placentas gânglios guirlandas guelras retorno alimentada uma muralha que sempre desejou ser flor e é uma mulher quase míssil que traz as dunas do rio grande do norte até brasília o esperado ouro da alma feminina que seu avô sol iluminou em veludo e sangue predestinada marize castro um pouco de você por você mesma...     Robson 2006. 

  

TEXTOS EM PORTUGUÊS  /  TEXTO EN ESPAÑOL
IN ENGLISH


 

 

CASTRO, Marize.  Esperando ouro.  Natal, RN: UNA, 2005.  122 p.  ilus.  15x20 cm. Capa: Wellington Dantas.  Fotos de Marize Castro.  Col. A.M. 

 


FENECER

Feneço na ausência
dos homens cor de bronze
do prepúcio de púrpura.

Quem me lapidou
esqueceu de me tirar
o veneno.

Ateio
fogo na minha própria
teia.

Como quem preserva fortalezas
corto minhas / alheias
veias.

Feneço, infinitamente
na presença dos homens
que têm grandes pés e nenhuma fé.
Que me rasgam a carne
e me sepultam em suas glandes.

Não fosse eu
uma pessoa de múltiplos escudos
viveria a vida toda
como um único vestido
de veludo.
 

SETA

 

Atrás do amor, um tentáculo.

Um túmulo. Uma sede de flor e sol.

 

Retorno para a menina que grita:

— Horror! Horror! Horror!

Mostro-lhe a seta que me acertou.

Coloco seu rosto entre minhas mãos

— e lanço-me. 

 

 

INSCRIÇÃO

 

Quem no seu alvoroço me feriu

tão humanamente verá que neste deserto de desejos

fui tão somente verdade e esmero.

 

 

ESQUECIMENTO

 

Quem me inundou esqueceu de orar para as estrelas.

 

 

FRAGRÂNCIA

 

Flagro-me arrancando do mundo montanhas de bondade.

Arder me emociona desde que aqui cheguei.

 

 

TEIA

 

Se nesta cama te ensino a morrer

é porque a morte é febre que tece

— tempestade que anuncia mundos de seda.

 

 

 

 

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 TEXTO EN ESPAÑOL

 

FENECER

  Versión al castellano: Jesús Sepúlveda


Fenezco de ausência
dos hombres de color bronce
con prepucios púrpuras.

Quien me apedreó
olividó tirarme
el veneno.

Encendí
fuego en mi propia
antorcha.

Como quien preserva fortalezas
corto mis / venas
extrañas.

Fenezco, infinitamente
en la presencia de los dos hombres
que tienen grandes pies y ninguna fe.
Que rasgan mi carne
y me sepultan en sus glandes.

Si no fuera
una persona de múltiples escudos
viviría toda la vida
con un único vestido
de terciopelo.

 

Fuente: HELICÓPTERO. V. 3 – 4. 2000

Página ampliada e republicada em novembro de 2008



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