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Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

POESIA GOIANA

Coordenação de Salomão Sousa

 



GOIAMÉRICO FELÍCIO

 

 

Nasceu em Goiânia em 11-11-1959. Filho de José Felício dos Santos e Divina Carneiro da Silva. Irmão do escritor Brasigóis Felício. Terminou o primeiro grau no Colégio Estadual José de Assis e o segundo, no Colégio Estadual Pedro Gomes. Formado em Letras Vernáculas e Sociologia pela Universidade Católica de Goiás. Mestre em Teoria da Literatura pela Universidade Federal de Goiás, onde também é Professor de Publicidade. Professor de Literatura da Católica de Goiás. Doutor em Literatura e Língua Portuguesa pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC). Pertence à geração de poetas brasileiros filiados à resistência contra a ditadura. Funesta Festa é exemplar deste período — capa verde, de esperança, mas recortado de homens armados e camuflados ao fundo. E a poesia de explícita resistência. Tem participado de seminários literários em diversas localidades do Brasil, e de bancas examinadoras na Universidade de Brasília.

 

Bibliografia: Funesta Festa, 1981; Do Exercício De Viver, 1983, e Deslocado, 1998, todos de poesia.



PRETEXTO

 

Dia-a-dia se conquista a vida.

E a morte, ávida, também se faz

presente em tudo:

nas horas todas nos admoesta

que o tempo é findo.

 

Dia-a-dia se conquista a morte.

E a vida é apenas um pretexto

 

 

SAUDAÇÃO

 

Cheguei tarde

cansado de inútil caminhada empreendida,

cansado de tudo.

Desta existência besta,

do gesto fortuito e brusco,

dos semblantes ríspidos,

do logro na fala.

 

Cheguei tarde

perplexo ao ver tudo perdido

sob olhares condescendentes

deste povo servil.

 

Cheguei tarde

em busca vã de um naco

do porto perdido,

fugindo da pressa,

cansado de mim,

cheguei tarde:

cansado e vencido.

 

 

Tentativas

 

Busco a vida sempre

e a morte tão logo

em mim se faz presente

 

Busco o norte e não sei:

roubaram-me a bússola

e os astros me enganam

e os homens me sufocam.

 

Renitente, tateio as margens,

mas os lados me retêm -

quantos lobos me devoram?

 

Em vão antecipo minha sorte:

a covardia vence sempre.

 

 

Alternativa

 

Ao longo dos anos

fez seu projeto.

Casa bem feita,

filhos por perto...

 

Ao longo dos anos

foi consumido

pela voragem da escolha.

 

Ao longo dos anos

fez seu projeto.

Casa bem feita, filhos crescidos,

foi consumido na partilha -

sem jeito pra outro trajeto.


Em cada mão
 

Cada mão pode dar-se

em duas, três, tantos

forem os graus de ternura

contidos em cada dedo.

 

Em cada fibra,

em cada dedo pode estar

pleno corpo em afetividade.

 

Em cada mão

(e são tantas!)

pode haver tentáculos

que não são dedos,

quando no desserviço, no medo.

 

Em cada toque

pode haver quanto de fidelidade?

 

 

Página publicada em janeiro de 2008.

 

 



 

 

 
 
 
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