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Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

POESIA GOIANA

 



 

JOSÉ MENDONÇA TELES

 

 

Cronista, cuentista, historiador, ensayista y poeta. Nació en Hidrolandia, Estado de Goiás, Brasil, em 1936.  Es profesor titular de la PUC y director del Instituto de Pesquisas e Estudos do Brasil Central. Presídio la Academia Goiana de Letras  durante 10 años y es el actual Presidente del Instituto Histórico e Geográfico de Goiás.

 

         Es autor de dos docenas de títulos. Libros de poesía: Quando os flamboyants florescem, Encantamento, e Amor / Diário.

 Muere en 2019.

        

TEXTOS EM PORTUGUÊS   /   TEXTOS EN ESPAÑOL

 

 

         QUARTA-FEIRA, 3

 

            Eu quero te amar mas tenho medo.

         O amor tem emboscadas.

         E se eu me perder entre as teias

         de teus dedos?

 

Eu quero te amar mas não sei como

— meus sonhos revoando na cabeça —.

Indeciso vou dizendo que te amo.

 

Eu quero te amar e vou amando

teu jeito de ser e de falar,

quando acerto meus olhos no mistério

de teu olhar.

 

Eu quero te amar mas tenho receio.

—Como segurar a paixão que me leva

a devaneios?

 

À noite, a insônia na janela, o silêncio, a lua.

Em mim, toda a presença tua.

O que fazer agora, com tantos sentimentos

espetados nos meus dedos?

Eu querendo te amar, te querer, te engolir

nos meus lençóis,

         mas tenho medo!

 

 

QUINTA-FEIRA, 4

 

Por que você me olha

desse jeito?

Os olhos dentro dos meus

e essa dor me queimando

o peito?

 

Eu trêmulo, indeciso,

não sei se fico assim,

meus olhos dentro dos seus

e os seus dentro de mim!

 

O amor, querida, tem dessas

coisas,

não podemos negar:

— todo silêncio estendido

na eternidade do olhar.

 

 

DOMINGO,7

 

Seus olhos — jabuticaba —

onde meu desejo deseja

e minha guia se acaba.

 

Chupando o néctar da fruta

me embriago e me recolho,

a tarde vai passando

na retina de meus olhos.

 

Tempo de jabuticaba,

tempo de olhos gulosos.

 

retiro a pupila de mim

e me perco

encontrando-me nos quintais

da fantasia

— jabuticaba, galhos recheados,

poesia.

 

chupando sonhos, chupando fruta

         seiva de mim

                   serva de mim

                            sirva de mim

 

 

INSTANTE SEIS

 

Quero você na horizontal

de meu desejo vertical,

dilatada na pupila de minhas

mãos sedentas,

apalpando mistérios e volúpias.

 

E quando a noite descer

neste quarto

minguante de mim,

ainda restará um terço

crescente, rígido e penetrante

na colcha do lençol

estendido no desejo

das horas intermináveis.

 

 

PAZAMÉRICA

 

            El pueblo volvió de las guerras,

            se hundió en las minas,

            en la oscura profundidad de los corrales,

            sayó en los surcos pedregosos,

            movió las fábricas grasientas,

            procreando en los conventillos,

            en las habitaciones repletas con otros

            seres desdichados.

                            PABLO NERUDA

 

Eu sei que nessa terra pisa e sulcada

por pés descalços,

e tantas vezes molhada pela lágrima

da injustiça,

há de chegar o momento em que a paciência

se esgotará na garganta desse pueblo

e os rios da liberdade correrão

por montanhas e vales cobrindo de húmus

a nova Canaã.

 

Eu sei que, pelos cercados agressivos

dessa fronteira ideológica,

arame farpando e dilacerando a dignidade humana

ainda há de transitar o comboio alegre

da liberdade,

e homens, mulheres e crianças se abraçarão

em cantilena festiva de um novo dia.

 

Eu sei que estes olhos que me olham agora,

atônitos, fundos, desconfiados, sofridos e explorados

pelas botas da incompreensão,

hão de sorrir num amanhã bem próximo,

quando os trigais da paz florescerem

no campo fértil e regado do coração.

 

Sou latino-americano, meu corpo, minhas vísceras,

todo meu sentimento hão de ficar plantados

nesta terra de meus pais.

E quando estas mãos empunharem de novo os pincéis

na tela da emoção,

os homens serão outros,

a vida será outra,

e não haverá mais Guernica

sobre a terra,

e nem América Latrina no quintal da memória.

A POESIA GOIANA NO SÉCULO XX (Antologia) – Organização, introdução e notas  de Assis BrasilRio de Janeiro: FBN / Imago / IMC, Fundação Biblioteca Nacional, 1998.   324 p. (Coleção Poesia brasileira) ISBN 85-312-0627- 3                  Ex. bibl. Antonio Miranda

 

Instante cinco

Ainda vou viver um amor que nunca tive,
um amor estranho e perigosos que me conduzirá
ao leito do desejo esperado,
um amor que deitará comigo na cada das
estelas
e dirá baixinho aos meus ouvidos que a solidão
é eterna e o amor somente é possível quando
caminha na esteira do poema.

E dirá ainda mais uma vez, voz misteriosa
quebrando
a rotina da tarde:
— "Sonhei com vocês"
E caímos em silêncio medindo o
pre
ci

cio que deságua entre nós.

Ainda vou viver um amor que nunca tive.
Sei que terei muitas horas de espera e muito
campo espraiado  nas campinas desse tempo.
Piloto persistente, economizo horas de voo
nos espaços da poesia,
buscando o momento oportuno para ater
ri
zar-me de cheio
no aeroporto de seus olhos.

(Quando os flamboyants florescem/ 1988)

 

 

 

 

 

TEXTOS EN ESPAÑOL

 

Traducciones de Roberto Mara

 

 

INSTANTE OCHO

 

Ahora que te encuentras

en el cuarto creciente de tus recuerdos,

cuando la soledad araña las paredes

de tus ojos en desesperación – insomnio

galopando sentimientos profundos.

 

Ahora que el ronquido de compañero

quiebra el silencio de sus inquietudes –

remordimiento yendo y viniendo

en el pulso de la imaginación.

 

Ahora que las manos de la esperanza

deslizan acariciando

y que en la almohada de lágrimas

tú sonríes y disfrutas mi presencia.

 

Ahora que en las sábanas

tu cuerpo teje filigranas,

buscando sentir en el cuerpo presente,

en sueño agitado, el calor del ausente

que llega en el galope del deseo,

sonríes, me abrazas, me aprietas contra el pecho

y adormeces,

ajena al ronquido intermitente

del remordimiento.

 

 

PAZAMÉRICA

 

         El pueblo volvió de las guerras,

            se hundió en las minas,

            en la oscura profundidad de los corrales,

            sayó en los surcos pedregosos,

            movió las fábricas grasientas,

            procreando em los conventillos,

            en las habitaciones repletas con otros seres

            desdichados.    PABLO NERUDA

 

         Yo sé que esa tierra pisada y surcada

         por pies descalzos,

         y tantas veces mojada por la lágrima

         de la injusticia,

         ha de llegar el momento que la paciência

         se agotará en la garganta de esse pueblo,

         y los ríos de la libertad correrán

         por montañas y valles cubriendo de húmus

         la nueva Canaán.

 

         Yo sé que por los vallados agresivos

         de esa frontera ideológic,

         alambre banderillando y dilacerando la

                                               dignidad humana

         aún transitará la caravana alegre

         de la libertad,

         y hombres, mujeres y niños se abrazarán

         en cantilena festiva de un nuevo dia.

 

         Yo sé que estos ojos que hoy me miran

         atónitos, hondos, desconfiados, sufridos y explotados,

         por las botas de la incomprensión

         sonreirán en una mañana póxima,

         en el campo fértil y regado del corazón.

 

         Soy latinoamricano, mi cuerpo, mis vísceras,

         todo mi sentimiento han de quedar plantados 

         en esta tierra de mis padres.

         Y cuando estas manos agiten nuevamente los pinceles

         en la tela de la emoción,

         los hombres serán otros,

         la vida será otra,

         y no habrá más Guernica

         en la tierra,

         y ni América Letrina en el huerto de la memoria.

 

 

Traducciones de Gabriel Solís

 

 

            CIRUGÍA DE AMOR

 

            Ya que la vida me lleva a las profundidades

         de la anestesia,

         me entrego al calor agitado de su boca

         y al misterio de su mirada de ternura

         posesiva.

 

         Paciente,

         estoy en el hospital del amor,

         de su voluntad

         de su guía.

 

         Brazos atados,

         ojos cerrados,

         listo para el viaje en el caleidoscopio

         del dolor.

 

         !Coge el bisturi,

         córtame todo, rásgame, sofócame,

         haz la cirugía!

 

         Transplanta mi corazón para el tuyo

         y caminemos juntos por la senda

         de la poesía.

 

         Vacunando contra los males del rechazo,

         créeme,

         !mi corazón ahora es todo tuyo!

 

 

            MIÉRCOLES, 3

 

         Quiero amarte pero tengas miedo.

         El amor tiene emboscadas.

         ?Y si me pierdo entre las telas de

         tus dedos?

 

         Quiero amarte pero no sé como

         (muchos suemos revoloteando en la cabeza)

         indeciso voy diciendo que te amo.

 

         Quiero amarte y voy amando

         tu modo de ser y de hablar,

         cuando ajusto mis ojos en el mistério

         de tu mirada.

 

         Quiero amarte pero tengo recelos.

         ?Cómo contener la pasión que me lleva

         a devaneos?

 

         De noche, el insomnio en la ventana, el silencio,

                                                                  la luna.

         En mí, toda la presencia tuya.

         ?Qué hacer ahora, con tantos sentimientos

         clavados en mis dedos?

         !Queriendo amarte, quererte, engullirte

         en mis sábanas, pero tengo miedo.

HINO DO ESTADO DE GOIÁS

Letra de José Mendonça Teles

 

 

Hino do estado de Goiás (Brasil) foi introduzido em 1919 sendo posteriormente alterada novamente em 2001. O hino original de 1919, com letra de Antônio Eusébio de Abreu Júnior e música de Custódio Fernandes Góis, foi promulgado pela Lei estadual nº 650, de 30 de julho de 1919.

Em 2001 o hino foi revogado por uma nova versão, de autoria de José Mendonça Teles e melodia de Joaquim Jayme, sancionada pela Lei estadual nº 13.907 de 21 de setembro de 2001.

 

 

 

 

 

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Página ampliada e republicada em maio de 2022.



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