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EDITORIAL No. 46

 

É OU NÃO É POESIA O POEMA CONCRETO?

POESIA VISUAL, ARTE VERBAL?

 

Antonio Miranda

 

 

 

"1,5 m de Poesia" - 1996, Gastão Debreix - Bauru/SP

 

 

É ou não é? Eis a questão... Com as facilidades tecnológicas de digitalização e das artes gráficas na era da virtualidade, bastando um aplicativo —  ex. o Photoshop, o mais popular recurso para a criação de imagens digitais — qualquer pessoa pode fazer uma diagramação com grande apelo visual, de qualquer texto.

 
         O Movimento da Poesia Concreta, desde a 1ª. Exposição Nacional de Arte Concreta, em São Paulo, no ano de 1956,  com os criadores e teorizadores  Haroldo de Campos, Augusto de Campos, Décio Pignatari e seguidores, estabeleceu, em manifesto, cânones e vasta divulgação em jornais e revistas literárias. Mas com o apoio de artistas plásticos  como Amilcar de Castro, Lygia Pape e Lygia Clark, no embalo do geometrismo difundido pelo De Stijl [O Estilo], de Piet Mondrian (1872 - 1944) e Theo van Doesburg (1883 - 1931), sem esquecermos a influência de Max Bill, já presente no (novíssimo)  Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, na trilha dos postulados estéticos da Bauhaus, sobre o que já existe uma vastíssima literatura no Brasil. Afinal, o Concretismo brasileiro foi, até agora, o movimento artístico brasileiro com a maior difusão planetária, principalmente no campo da Poesia, até hoje. A geometrização dos elementos na composição, obedecendo os postulados da verbivocovisualidade, logo espraiou-se por outras vertentes criativas: na diagramção de livros e jornais — Reynaldo Jardim mudou a cara do Jornal de Brasil e de outros hebdomadários brasileiros —, na propaganda, na televisão. Para o público leigo, distante das propostas estéticas e suas regras estilísticas, “concreto”  passou a ser identificado como geométrico... mas nós sabemos que houve reações, reinvenções. Foi o caso do Neoconcretismo “ carioca” liderado por Ferreira Gullar e a saída mais radical do Poema-Processo  com a criatividade extraordinária de Wlademir Dias-Pino e artistas experimentalistas que apostaram na ideia da poesia sem a palavra escrita, embora imposta na interação com o público pois nós sabemos que na função semiótica da ação comunicativa existe sempre uma referencialidade sígnica verbivocovisual...


         No mesmo período, eu, Antonio Miranda,  camuflado pelo pseudônimo Da Nirham Eros, organizei exposições no Rio e em Petrópolis, propondo o Poegoespacialismo. [
http://www.antoniomiranda.com.br/da_nirham_eros/poegoespacialismotexto6.pdf - - http://www.antoniomiranda.com.br/poesia_visual/danirham_eros4.html - - http://www.antoniomiranda.com.br/poesia_visual/roberto_pontual.html     ] O “ego” no poegoespaço veio da crítica que se fazia ao Concretismo dos paulistas que já apresentava poemas apenas com números, injustamente demonizados como sem autoria... Lembremo-nos que já se falava de poesia criada por computador. Depois levamos exposições pessoais à Argentina e Venezuela no inícios dos anos 60. Naquela oportunidade, apelamos para a designação mais ampla da “arte verbal de vanguarda” para denominar a nossa trilha criativa.

 

         No  paideuma que alicercou o Concretismo estava a visão vanguardista de Ezra Pound, com a tríade “melopeia, logopeia, fanopeia”, relativa à musicalidade, à ideias e imagens na construção do poema. Mas o concretismo pregou a superação da discursividade e impõs a supremacia do visual, embora não alijasse do todo a tríade verbivocovisual, mas em outra dimensão. Implantou a espacialidade na folha em branco, de origem mallarmaica, mas tendendo, como já frisamos, à geometrização, e os poetas daquela geração aderiram à tecnologia na composição de poemóbiles, e uma volta à materialidade no poema-objeto. Sem deixarmos de citar os vídeo-poemas e a ciberpoesia decorrentes, incluindo E. M. de Melo Castro, Arnaldo Antunes e tantos outros! A nossa seção de poesia visual> —, bastante seletiva, é imensa e só perde em púbico para a Poesia Infantil (que também inclui poemas visuais).

 

         Como já afirmamos em outro texto, os “ismos” desapareceram no século 21, com seus manifestos... A poesia neobarroca sobressalente agora  não conformou um “ismo”, e não abandonou suas raízes barrocas e surrealistas, sua diversidade de criação.

         É ou não é Poesia Concreta muitos dos autorreferenciados “poemas concretos” que estão agora, às centenas, na internet? Muitos deles são prosa poética, mensagens de discurso que lembra a literatura de auto ajuda, frases confessionais ou passionais, autobiográficas ou até mesmo citações e ações de corta e cola da web. Transformam-se até em pichações e tatuagem.  Pode até ser poesia, quando não?  Como diria Caetano, “ou não”.

 

                                               Brasília, 18/08/2016

 

 

 

COMENTÁRIO

Si te referís a la poesía concreta como la poesía visual que propagó el grupo Noigrandes de San Pablo esta claro que desaperece luego del "salto participante" de 1962...sólo queda Eugen Gomringer quien, hoy repeta los aportes vanguardistas: la descalificación del verso en tanto soporte de la poesía (para centrarse en la palabra) y la valorización del "espacio gráfico como agente estructural", procurando la expresión "directa-analógica", no lógico-discursiva, según el "Plan Piloto para la Poesía Concreta“ (1958) y, sobre todo, el uso del tipo Futura sans sariff. Las palabras, similares sonora y semánticamente, se ordenan en padrones visuales fuertemente estructurados por la geometría y la simetría. Si te referís a las otras tendencias, la neoconcretista y el poema/proceso, han dejado de ser operativas.  CLEMENTE PADIN (Uruguay, 31/09/2016)

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A etiqueta não importa. Importa a qualidade do produto. CHARLES A. PERRONE  (USA, 01/10/2016)

 

 

 

 

 
 
 
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