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Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

ALICE SPÍNDOLA
ALICE SPINDOLA
 

 Nasceu Nova Ponte (MG), em 26 de setembro de 1940, mas foi em Goiás — para onde se mudou em 1951 — que se formou e vem construindo sua obra. Graduada em Letras Anglo-Germânicas pela Universidade Católica de Goiás. Poeta, contista, tradutora e artista plástica. Detentora do Prêmio Nacional Jorge Fernandes, Rio de Janeiro e Prêmio Auta de Souza, de Macaíba, Rio Grande do Norte.

 

A poesia de Alice Spíndola tem o sentido do romantismo sentimental e (...) abrange um poder de atração que conduz ao ritmo harmonioso das imagens.   José Luiz Bittencourt

 

Bibliografia: Fio do labirinto, 1996, de poesia, editora Kelps;  A chave de Vidro, contos, Editora Kelps: 2001; Na essência da palavra inteligente, Editora Kelps, homenagem a Ascendino Leite; O loire — poema fluvial da França, 2006, que recebeu a Medalha Henri Bernier, da União Brasileira de Escritores.                       
       [Página preparada por Salomão Sousa, coordenador da seção Goiás]


ALICE SPÍNDOLA
Os poetas ALICE SPINDOLA e JORGE TUFIC, convidados oficiais, chegando a uma das sessões magnas da I BIENAL INTERNACIONAL DE POESIA DE BRASILIA,  3 a 7 de setembro de 2008,  no auditório do Museu Nacional.

 

 

 

TEXTOS EM PORTUGUÊS TEXTOS EN ESPAÑOL

 

 

Veja também>>> POÈMES EN FRANÇAIS

 

TEXTO EM INGLÊS

 

 

Leia também o ensaio: ICONE DA BOLA UNE POVOS – O FUTEBOL SOB O HOLOFORE DE UM ENIGMA, por Alice Spindola – Ensaio (clicar para acessar...)

 

VEJA E LEIA este texto poético de ALICE SPÍNDOLA!!! Criativo, ilustrado e ilustrativo de seu talento... link aqui

Vejam o texto de Fernando Py:  http://www.antoniomiranda.com.br/ensaios/homenagem_em_versos_alice_spindola.html

 

O PEQUENO BARCO


SPINDOLA, AliceSilêncio. Para Stella Leonardos.  Jaboatão, PE: Editora Guararapes, 2015 ?. 24 p. ilus. col.  20,5x13 cm.   Edição limitada, alternativa.  Editor: Edson Guedes de Moraes.  Poesia brasileira – poesia goiana. https://issuu.com/antoniomiranda/docs/alice_spinola


 

 

ÁGUAS-MILAGRES

 

Ouve, meu rio,

         o homem persegue, há séculos,

o mistério das águas.

Quentes? Vulcânicas? Águas de gelo?

 

Bacias hidrográficas

                   honram a nossa França,

         aguardam a História,

     indo atrás dos rastros

das míticas

e místicas paragens de sua trajetória.

 

Primitivo tempo das caçadas...

Interior das florestas detém a teimosia

                   de homens e condados.

Represas de águas claras

                   e mananciais subterrâneos

             salvam a pauta das memórias

      das águas-milagres,

no desafio de reter a sinfonia dos rios.

 

Vazantes, abraçadas pelo mar,

                   sangram o arco-íris,

código das cores

                   dos frutos maduros.

 

Folhagens estampam o escuroverde.

 

 

 

SEMPRE BUSCANDO A CANÇÃO ESQUECIDA

 

No frêmito da ventura,

         a fuga e o retorno da imagem

                   do pequeno barco.

Imagem — fonte e oráculo —

                   mergulhada na insularidade

do mar de gestos e de palavras.

 

Com a alma seqüestrada

                   pela beleza do rio

e pelo rumor de suas águas,

o menino procura a canção esquecida.

 

         Menino parisiense voga nas milhas do sol.  

 

 

 

A CHAVE

No meio da noite, configura
a fragrância das palavras mágicas
Na chave da noite, a ternura,
pluma que verte enigmas

Nas mãos do tempo,
o arado que rasga os mistérios
do sentimento que define
O homem da meia noite,

em seu caminho de volta
que faz

ao adentrar a meia lua
das unhas dos enigmas.
A mão da noite destrava a chave
da fragrância das palavras mágicas


 

De

Alice Spindola
50 POEMAS ESCOLHIDOS PELO AUTOR
Rio de Janeiro: Edições Galo Branco, 2008

104 p.
ISBN  978-85-7749-054-7

 

 

Ê X T A S E

 

 

mesmo que seja imprescindível  chorar

    guardarei comigo a marca do sorriso

registrada no sonho

            para que o choro seja inaudível

 

mesmo que seja inaudível o riso

     guardarei comigo o timbre do choro

na internet da memória

              para que a tristeza seja invisível

 

mesmo que seja inevitável ouvir

    guardarei comigo o silêncio das horas

retendo     no imenso de mim

                 porta-jóia de intensa saudade

 

mesmo que seja inesquecível o teu amor

farei de conta que nada existe

                     mas    cá dentro    guardarei 

palavras   gestos    carinhos   e    desejos

 

no êxtase da palavra lembrada

                           flutuo nas ondas do som

dimensão mística me transcende

              ouço o inaudível apesar de tudo

 

........................................................... e além de mim

 

 

E O MEU AMOR É TANTO

 

E o meu amor é tanto

                            que, preso a rede

deste encantamento,

me faço Araguaia, Também.

Sim, ó, Araguaia-mar,

         eis o poder de teus enigmas!

 

Um mar-oceano

                  se adentra em mim.

E eu, em mar, me converto.

         Mar de guas desafiantes.

Mar que voga

         nas veias do meu canto.´

 

 

IRONIA

Sepulto escombros,
queimo com lenha seca
         agonias e desdéns.
Acordo em prisma
    de sonhos & segredos.

 

 

SILÊNCIO

 

         Para Stella Leonardos

 

Na gruta do anoitecer,

         sou a flor acesa que habita

as nervuras do silêncio.

                                      Da sozinhez,

a estrutura

de silêncio & de sigilos.

 

Dos longes      trago o fascínio do luar

e o cetim das pétalas de rosas

para suavizar

                   os músculos da quietude.

 

Penetro janelas & oráculos,

         com o perfume da voz da noite.

E, em invisível pouso,

 

                            acendo o silêncio

com a força da paixão

de quem ouve o respirar da palavra,

e o da lucidez que ela me concede.

 

..... Sou a força acesa deste silêncio.

 

 

 

SPINDOLA, Alice.  O Loire – poema fluvial da França./ Sob o périplo do desafio. / Dos envelopes, entre o Brasil e a França.    Goiânia: Kelps, 2006.   268 p.  15,5x22 cm.  ISBN 85-7766-024-0   Medalha Henri Bernier, da União Brasileira de Escritores.  “ Alice Spindola “ 
Ex. bibl. Antonio Miranda   

 

 

                                                                                                    

 

 

SPINDOLA, AliceO Araguaia – rio & alma de Goiás. (Rapsódia);   Goiânia: Kelps, 2008.  232 p.  16X22,5 cm.  ilus. col.   ISBN 978-85-7766-327-9  Cântico realizado sob a orientação do ambientalista  Antonio Almeida. Fotos coloridas de diversos autores.  “ Alice Spindola “  Ex. bibl. Antonio Miranda

 

 

A enchente

 

Dias a fio, e o Araguaia afluindo
                              para os confins de Goiás.
Olhar de vigia verifica
                   se há folhas boiando, ligeiras.
Ei-las à flor-d'água
                    perseguindo folhinhas outras.
Ancorando rente às margens.

                     Sim, estes os sinais do perigo.
E ninguém duvida. 
                É enchente, na certa.
                         Enxurrada se formando,
penetrando surdamente pelo canal do rio,
ocultando
                         a simetria das folhinhas,
a fímbria das coisas.

                                           Num átimo,
água muita irradiando sua valentia.
                                           Estrondando.
Força da correnteza
                                 arrancando árvores.
          Enchente, sem peias, devastando,
levando o que encontra pelo caminho.

E o rio ganha a imensidão do mar.

 

 

 

SPINDOLA, Alice.  Fio do labirinto.  Goiânia: Editora da UFG, 1996.  101 p. ilus.  13,5x19,5 cm.  “Orelha” do livro por Margarida Finkel.  “ Alice Spindola “ Ex. bibl. Antonio Miranda

 

 

METÁFORA ANTIGA

 

O artesão da palavra

 

faz paragem no tempo,

 

com talento, telas e fios

 

faz também surgir tramas e teias,

 

viaja e busca no íntimo,

 

melodia e tijolo antigo

 

que completam o sonho.

 

 



Extraído de:
2011 CALENDÁRIO   poetas     antologia
Jaboatão dos Guararapes, PE: Editora Guararapes EGM, 2010.
Editor: Edson Guedes de Morais

 

/ Caixa de cartão duro com 12 conjuntos de poemas, um para cada mês do ano. Os poetas incluídos pelo mês de seu aniversário. Inclui efígie e um poema de cada poeta, escolhidos entre os clássicos e os contemporâneos do Brasil, e alguns de Portugal. Produção artesanal.

 

Leia também O MUNDO DE ALICE, por Ronaldo Cagiano

 

 

De

SPINDOLA, Alice.  Poemas versek. Edição bilíngue Português – Húngaro.  Tradução e ilustrações de Lívia Paulini.  Goiânia: Kelps, 2011. 
168 p. ilus. 

 

 

SILENCIO

 

          Para Stella Leonardos

 

Na gruta do anoitecer,
                    sou a flor acesa que habita

as nervuras do silêncio.
                                           Da sozinhez,

a estrutura
                          de silêncio & de sigilos.

 

Dos longes   trago o fascínio do luar
          e o cetim das pétalas de rosas

paro suavizar
                    os músculos do quietude.

 

Penetro janelas & oráculos.
                    com o perfume da voz da noite.

E, em invisível pouso,
                                  acendo o silêncio

          com a forço da paixão

de quem ouve o respirar da palavra,

          e o do lucidez que ela me concede.

         ................ Sou o força acesa deste silêncio.

 

 

 

CSEND

 

Stella Leonardosnak ajánlva

 

A barlangban ha esteledik
                    vagyok égõ padló ki ott lakik

a csend érzéseiben.
                                        Egyedüllétében,

a csend és titkok

                                                 oszlopai.

 

Magammal hozom távolból a hold varázsát
                    s a rózsák bársonyos szirmait,

mik csillapitják
                           az izmokot a nyugalomig.

 

Ablakokon és beszédeken behotolok,
                              az esti hangok illatával.   

Es egy láthatatlan figyelemmel
                              gyúitom meg o csendet
a szenvedély erejével

          a szó légzésével, mint aki hallja azt,  

s az értelemmel, mi befogad.                          |

 

................ Énvagyokazerõ mi világitebben a csendben.

 

 

 

POESIA

 

No ar, o cochicho do tempo
          transmite o grito da alma.

E a poesia,
          sem o agasalho
                    da inspiração,

não acende no inverno,

          é apenas lareira frio

sem a lenha acesa

          a se erguer em chama.

 

Lâmina afiada do estio

          kcorta o luar do meu canto,

cega-me   não sei mais voar.   

 

 

 

KÖLTEMÉNY

 

A légben susog az idõ
                    közli a lélek erõs óhaját.
És a vers,
          súgalmazás védelme
                                            nélkül,
nem hevit a télben,
                         csak hideg kandalló
tüzelõanyag nélkül
            fel nem lángol a parázsban.

Szárazság éles lemeze
          vágia el holdas éjjel dalom, elvakit,
hogy ne  szárnyaljak magasra már.

 

 

 

 

 

TEXTOS EN ESPAÑOL

 

PÉREZ, José Del Carmen. Más acá y más allá de Brasil./ Além das fronteiras do Brasil.  Trad. Alice Spindola e Rina de Castro Miranda.   Goiânia: AD, 2021.   66 p. ilus. foto col. 
Ex. bibl. Antonio Miranda

 

“Em Alice Spíndola el río es más que una sensación física o um cuerpo físico de átomos de hidrogénio y oxigênio. Es la magia que ela descubrió con asombro  en algún momento de la vida, del cual ya nunca más escapo. La revelación de una identidade que hizo patrimônio, que atesoró como joya, que reveló como canción de cuna em cada verso, en cada poema, em cada obra. (...) Ahí vuelca Alice Spíndola se intima relaciono com lo líquido, lo móvil, lo indetenible: el movimiento  que discurre hacia lo desconocido. El todo y la nada que passa, inexorable, hacia algún lugar desconocido, como elemento mítico persistente. Es su pasión por lo ignoto y lo cambiante — aunque este presente y parezca quieto —, lo que la lleva hacia tantos ríos, de tantas formas:    [ JOSÉ PEREZ ]


 


AGUAS MILAGRES

Escucha, mi río,
el hombre ha perseguido, por siglos,
el misterio de las aguas.
¿Caliente?  ¿Volcánico? ¿Aguas heladas?


[...]

Represas de agua clara
y manantiales subterráneos
guarda la agenda de los recuerdos
de aguas milagrosas,
en el desafio de retener la sinfonia de los ríos.

 (La Loire – poema/fluvial da França]

“Es persistencia y hondura. Búsqueda y realización. Entrega y develación de un mundo próprio, cuyas cargas em  semânticas muestran una mujer viva, intensa y productiva en toda su dimensión humana. Por eso em su poesía fluye en una página em que la que escribe y dibuja sus vuelos, hasta que su mano y su ingenio se convierten en “un pequeño barco”; grafopoema  que enriquece la persistente tradición de la experientalidad figurativa en la poesía del siglo veinte y del siglo actual. 

 

         En su poema “Éxtasis”, esa voz de mujer impriem a la persistência del ser la fuerza vital de su voluntad. Nada la sustrae de sus fuegos interiores, de su recuerdos, de sus sentimentos más preciados. La soledad o la tristeza pueden significar el llanto, pero eso no implica la autodestrucción ni la negación del ser; por el contrario, potencian la energías interiores ante todo flagelo, por invisible que parezca: “me guardaré la marca de la sonrisa... para que llanto sea inaudible”. Luego, en ese tuteo con el yo interior que se desnuda en éxtasis y catarses, es recurrente la voz del silencio: “haré de cuenta que nada existe/pero en los adentros guardaré/palabras gestos caricias y deseos”.

 

ÉXTASIS

 

aun cuando llorar sea necesario
me guardaré la marca de la sonrisa
que percebí en el sueño
para que el llanto sea inaudible

aun cuando la risa sea inaudible me
guardaré el timbre del llanto
em la internet de la memoria
para que la tristeza sea invisible

 

        aun cuando oír sea inevitable me
guardaré el silencio de las horas
reteniendo en lo inmenso de mí
joyeros de intensa “saudade”

aun cuando tu amor sea inolvidable
haré de cuenta que nada exist
pero en los adentros guardaré
palabras gentos caricias y deseos

en el éxtasis de la palabra recordada
flutuo en las ondas del sonido
dimensión mística trascendiéndome
oigo lo inaudible a pesar de todo
.............................  y más allá de mí

 

 

            Alice Spíndola  y su gran
amigo Antonio Miranda


 

POEMAS Y RELATOS DESDE EL SUR. Prólogo de Aitana Alberti, Federico Nogara. Barcelona: Ediciones Carena, s.f. 215 p;    Diseño de portada: Jordi Hernández.   ISBN 84-88944-72-1  Ex. bibl. Antonio Miranda

Inclui os poetas brasileiros: Alice Spindola, Guido Bilharinho, Ademir Bacca e Antonio Carlos Oliveira.

 

 

CLARIAUDIÊNCIA  

folheio a luz
com a ponta do sonho
entro noutro universo

folheio as horas
com a clase de um sábio
mergulho-me na paz

 

permito-me humilhar-me
para a sinfonía cósmica
com paciencia e ternura

 

de além das galáxias
chega o clarim da paz
sou mais que corpo e alma

 

folheio a luz do sonho
e a natureza num quase milagre
compõe um hino à liberdade

 

         CLARIVIDENCIA

 

         hojeo la luz
         al filo del sueño
         entro a otro universo

 

         hojeo las horas
         con la prestancia de un sabio
         me sumerjo en la paz

 

         me permito humillarme
         para la sinfonía cósmica
         con paciencia y ternura

 

         de más allá de las galaxias
         llega el clarín de la paz
         soy más que cuerpo y alma

 

         hojeo la luz del sueño
         y la naturaleza en casi un milagro
         compone un himno a la libertad

 

 

FELICIDADE

 

Na tarde perfumada da felicidade,
Abre-se a eloquência do cosmos.
Nas alças do espanto,
                                o pássaro costura,
com invisíveis pontos,
a ternura e o aroma do ar
                                       com seu canto,
sob a escolta da voz de Deus.

 

 

      

   FELICIDAD

 

         La tarde perfumada de felicidad,
         se abre a la elocuencia del cosmos.
         En las alas del espanto,
                                             el pájaro costurea,
         con invisibles puntos,
         la ternura y el aroma del aires
                                             con su canto,
         bajo la guía de la voz de Dios.

 

 

ESFINGES

 

Venho da terra das esfinges
em busca do territ[orio dos ecos
e da flor acesa da lucidez.

Trago o lume do sal
das estátuas da coragem
capto os dons da fantasia.

Por favor, não toque
na resina das estátuas:
do lume das pedras,
o incêndio das metáforas,
ainda, devora os sonhos.

Habito a flor da lucidez,
guardo o aceso mundo
das lágrimas do poema.

Do sal das estátuas,
o sopro da esperança
habita os olhos da inspiração.

Eu, a flor acesa das esfinges.

 

 

 

 ESFINGES

Vengo de la tierra de las esfinges
en busca del territorio de los ecos
y de la resplandeciente de la lucidez.

 

Traigo la lumbre de la sal
de las estatuas del coraje,
capto los dones de la fantasía.

 

Por favor, no toques
en la resina de las estatuas:
la lumbre de las piedras,


el incendio de las metáforas,
que devora los sueños.

Habito la flor de la lucidez,


guardo el encendido mundo
de las lágrimas del poema.

De la sal de las estatuas,


el soplo de esperanza
habita en los ojos de la inspiración.

Yo, la flor encendida de las esfinges.


 

        

        

 

 

Traducción de Elena Ferreira

 

 

 

RETRATO PINTADO DE ALICE SPINDOLA

por Liselotte Magalhães

 

 

 

         Sin título

 

hojeo la luz

con la punta del sueño

paso a otro universo

 

hojeo las horas

con la clase de un sabio

zambullo en la paz

 

me permito humillarme

para la sinfonía cósmica

con paciencia y ternura

 

del mas allá de las galaxias

llega el clarín de la paz

soy mas que cuerpo y alma

 

hojeo la luz del sueño

y la natura como un milagro

compone himnos a la libertad

 

 

Instante

 

Gozo el corto espacio

de quererte mas de cerca.

Aprieto tu mano

en el corto tiempo

que pasa en vano.

 

 

 

 

 

SPINDOLA, Alice. Bajo el zumo del Tiempo. Goiânia, GO: Editora Kelps, 2015.  172 p.  16x23 cm.  Tradução A. P. Alencart. Edição bilíngue Português – Español.  Ilustrações Miguel Elias. ISBN 978-85-400-1444-2  Inclui fotos de Salamanca, Espanha, de José Amador Martín. “ Alice Spíndola “ Ex. bibl. Antonio Miranda

 

 


          PRINCÍPIOS

        ...    ....

        a palavra me reinventa.

                              ........
        de espanto.

                           De sopro.

        Quando a vida
                me torna rebelde.

 

 

                 PRINCIPIOS

                 ...   ....

                 la palavra me reinventa.

                                          .........

                 de temor.

                                       De soplo.

                 Cuando la vida
                 me vuelve rebelde.

 

 

 

        VOZES

 

                      Invento a fala da mulher
        que vive só.
                               E, tendo, apenas,
        o pensamento secreto
                            de que a voz é mais
        do que instrumento
                             de heroico fascínio
        na viagem do reencontro.

       
                         De minha mãe herdo
        a linguagem dos rios.
                           Rios que caminham
        sob o assoalho que range
                                  entre um tango
        e a contradança.
                    Rios que fazem o silêncio
        construir arcas
                          aquém do muro que
        me desperta
                             para além de mim.


        Sensato e natural viver.
                 Hibernação do sentimento.
Consciência de vida plena.
        Ouvindo as falas do Tempo.

 

 

 

        VOCES

 

              Invento el habla de la mujer
        que vive sola.
                         Temiendo solamente
        la secreta idea
                         de que la voz es más
        que un instrumento
                        de heroica fascinación
        en el viaje del reencuentro.

                          De mi madre heredo
        el linguaje de los ríos.
                              Ríos que caminan
        bajo el piso que rechina
                                   entre un tango
        y la contradanza.

                    Ríos que hacen el silencio
        construir arcas
                   de este lado del muro que
        me despierta
                                  más allá de mí.

        Sensato y natural vivir.
               Hibernación del sentimento.
Consciencia de vida plena.
        Oyendo los linguajes del Tiempo.

 

 

 

 

 

 

 L A B E R I N T O S??? &??? M A G I A S

 

Viaje (a Puerto Maldonado), un poema de la brasile?a Alice Spíndola

 Agradezco a la poeta brasileña Alíce Spíndola el texto que me dedica en su ?ltimo poemario, Laberintos & Magias (Colección Aguas del Mundo, Brasil, 2020). Publicado solo en castellano (hay edición en portugués), el libro al completo trata sobre mi Perú primero y está dedicado a Mario Vargas Llosa y a mí. Doble gratitud. Contiene una treintena de poemas, acompañados por hermosas fotografías y mapas de las diversas regiones peruanas, especialmente de la Amazonía y sus ríos, así como de los Andes. La traducción ha estado a cargo de Rina de Castro Miranda.

Entre los poemas albergados en la obra, hay uno que no solo esto dedicado a mí, sino que traza algo de mi saudade cuando recuerdo esas selvas y gentes que están entrañadas en mi corazón. Aquí reproduzco el texto original y su traducción. Alfredo Pérez Alencart

 

 

 

V I A G E M

 

                              Longa, a estrada.

Meu amor, ouço o barulho

                              da chuva que cai.

Chove. Chove muito.

                          Chove de mansinho.

Ouça!

           Uma magia existe nesta chuva.

De sua musicalidade,

     escuto a voz de Puerto Maldonado,

                      a cidade de meus pais.

Lembro o carinho de minha mãe.

                    Vejo o rosto de meu pai.

As guloseimas da Infância.

 

        Nas margens do Madre de Dios,

?gua muita depois da chuva.

                                          No lago,

Olhos de um menino vendo os peixes.

                            Um jardim de luar

torna lindo o jardim da cidade.

                            Uma música no ar

traz solfejos de outro Tempo.

                       Meu amor, perdoa-me,

tenho lágrimas, choro este choro manso,

    pois, estamos em Puerto Maldonado,e

a Cidade Natal parece estar longe, ainda. 

  

 

Lluvia sobre el río Madre de Dios, acercándose a Pueblo Viejo (Maldonado) Foto de Pavel Martiarena

 

 

 V I A J E

 

               Larga, la carretera.

Mi amor, escucha la bulla

              de la lluvia que cae.

Llueve, llueve mucho.

                   Y llovizna.

una magia existe en esta lluvia.

    En su musicalidad

oigo la voz de Puerto Maldonado,

la ciudad de mis padres.

Recuerdo el cari?o de mi madre.

                    Veo el rostro de mi padre,

Las golosinas de la Niñez.

     En las orillas del Madre de Dios,

agua, mucha agua tras la lluvia.

         En el lago,

ojos de un niño viendo los peces.

                     La luna alumbra el jardín

y torna bello al jardín de la ciudad.

                          Una música en el aire

trae solfeos de otros tiempos.

                         Mi amor, perdóname,

tengo lágrimas, lloro un llanto sentido.

Estamos en Puerto Maldonado y la

Ciudad Natal parece estar lejos, todavía.

 

(*) Traducción de Rina de Castro Miranda.

 

TEXTO EM INGLÊS


 

 

ALICE SPINDOLA E O GRANDE ESCRITOR CARLOS FUENTES!!!! 2017 

 


ELOS DE POESIA. Coletânea de poemas de autores de língua portuguesa. Camarata, Portugal: 2005. 210 p Ex. bibl. Antonio Miranda

Dos nove poemas do livro acima, adiantamos três: 

 

 

5 Ao afago dos horas

“No ar rosa da madrugada”
José Gorostiza (Morte Sem Fim)

 

... sabe a candura o desejo de evadir-me
do silêncio, que enjaula a voz medida
na ternura que embala a aura da manhã,
quando os sons do sol florescem o idílio.

Sabe a carme o encanto róseo da manhã
que apenas, se despede da aurora
que, ainda, transita no toldo da alvorada
e se despe do ar que flui do escuro da noite.

Sabe a ternura o ar que evapora, quase,
quando descubro o rubro matiz da boca
que estreia palavras de candura fugaz.

Sabe a assombro o ar de compromisso,
que nada retém da fantasia da realidade
que consome o afago das horas solitárias.

 

 

7 Vigília

No labirinto do silêncio, o abismo.
O pêndulo do relógio
sai do corpo das horas
e entra em contrita vigília.

O espelho do Tempo
reflete a imagem:
um relógio preso
na parede pálida
espera o éxtase da alma das horas.

O poeta mira o relógio
e aguarda que o poema
revele sua maturidade
e que vele pele vigília
e que valha um palpite de eternidade.

Na alma do poeta, o éxtase
do poema que pontilha o eterno.

 

9 Escolta
Para Jean-Paul Mestas

Olhos-chaves do encantado.
Nas mãos, a chave da alegria.
Alegria do sol destrava o dia,
o dia que anda de carona
e na escolta da minha aura.
Minha luz escolta o dia,
luz que o sol me empresta;
a mesma luz
que o sol
me toma
de volta
ao fechar a chave do dia.

Trago este dia inteiro
na concha das mãos
e o levo no meu destino
de andarilho noturno
mas, talvez, seja o dia
que me? (e)leve
na palma da mão
de seu espírito de pássaro.

 

Prêmio outorgado na Itália, em 2020

 

AEROPLANO 2  poesia e arte.  Editor: Helvio Lima. Diagramação: Renan Leon. Ilustrações: “Coreto”.  Aquarelas de Helvio Lima.   Uberlândia, MG: s. data.   20 p.  14 x 14 cm.


 

 

CÂMARA MUNICIPAL DE NOVA PONTE
HOMENAGEIA ESCRITOR ALICE SPÍNDOLA


 

 

 

*

Página publicada em maio de 2023

 

 

Página ampliada e republicada em abril de 2022

 

 

P?gina ampliada em setembro de 2020

 

 

 

  

 




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