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POESIA MUNDIAL EM PORTUGUÊS

XENÓFANES DE COLOFÃO

 

Xenófanes de Cólofão (em grego antigo: Ξενοφάνης Κολοφώνιος; ca. 570 a.C. — 475 a.C.) foi um filósofo grego, nascido na cidade de Cólofon, na Jônia (atual costa ocidental da Turquia). Cedo deixou sua cidade para levar vida errante na qualidade de rapsodo. Acredita-se que tenha passado algum tempo na Sicília e também em Eleia. Segundo a tradição, Xenófanes teria sido mestre de Parmênides de Eleia. Escreveu unicamente em versos em oposição aos filósofos jônios como Tales de Mileto, Anaximandro de Mileto e Anaxímenes de Mileto.

É a primeira pessoa conhecida a utilizar a observação de fósseis como evidência para a teoria da história da Terra. Ele verificou a existência de fósseis de peixes e conchas em localidades distantes da costa marinha, chegando a conclusão que tais locais em outras épocas estavam embaixo da água e foram fundo de mares;

Da sua obra restaram uma centena de versos.

A sua concepção filosófica destaca-se pelo combate ao antropomorfismo, afirmando que se os animais tivessem o dom da pintura, representariam os seus deuses em forma de animais, ou seja, à sua própria imagem.

As suas críticas à religião não tinham como objetivo um ataque pleno à dita mas, "dar ao divino uma pura e elevada ideia: o verdadeiro deus é único, com poder absoluto, clarividência perfeita, justiça infalível, majestade imóvel; que em pouco se assemelha aos deuses homéricos sempre a deambular pelo mundo sob o império das paixões", ou seja: só existe um deus único, em nada semelhante aos homens, que é eterno, não-gerado, imóvel e puro.  Biografia e imagem do poeta: wikipedia

 

OS PRÉ-SOCRÁTICOS – FRAGMENTOS, DOXOGRAFIA E COMENTÁRIOS.  Seleção de textos e supervisão do Profl José Cavalcanti de Souzas; dados biográficos de Romberto Francisco Khunen; traduções de José Cavalcante de Souza.  3 ed.  São Paulo: Abril Cultural, 1985.  366 (Os pensadores)  Ex. Biblioteca T-Bone Cultural. 

 

Obs. A CRÍTICA MODERNA da obra do filósofo e poeta XENÓFANES DE COLOFÃO que aparece no livro acima — mas não reproduzimos aqui — é de Georg W. F. Hegel, e merece uma visita para um mais amplo entendimento dos poemas a seguir. A edição está esgotada, mas é possível encontrá-la em muitas bibliotecas públicas e universitárias para leitura ou em sebos físicos e virtuais.

 

         B — FRAGMENTOS

 

Trad. de Anna L. A. de A. Prado

 

 

SEXTO EMPÍRICO, Contra os Matemáticos, X, 314.

 

É o que é claro, portanto, nenhum homem viu, nem haverá
   alguém que conheça sobre os deuses e acerca de tudo que digo;
pois, ainda que no máximo acontecesse dizer o que é perfeito,
    ele próprio não saberia: a respeito de tudo existe uma opinião.

 

 

ELEGIAS (DK 21 B 1 - 9)

 

  1. ATENEU , X, 462 C.

 

Agora o chão da casa está limpo, as mãos de todos

   e as taças; um cinge as cabeças com guirlandas de flores,
outro oferece odorante mirra numa salva;

   plena de alegria, ergue-se uma cratera,
à mão está outro vinho, que promete jamais faltar,

   vinho doce, nas jarras cheirando a flor;
pelo meio perpassa sagrado aroma de incenso,

   fresca é a água, agradável e pura;
ao lado estão pães tostados e suntuosa mesa

   carregada de queijo e espesso mel;

no centro está um altar todo recoberto de flores,

   canto e graça envolvem a casa.

É preciso que alegres os homens primeiro cantem os deuses

   com mitos piedosos e palavras puras.

Depois de verter libações e pedir forças para realizar

   o que é justo — isto é que vem em primeiro lugar —,

não é excesso beber quanto te permita chegar

   à casa sem guia, se não fores muito idoso.

E de louvar-se o homem que, bebendo, revela atos nobres

   como a memória que tem e o desejo de virtude,

sem nada falar de titãs, nem de gigantes,

   nem de centauros, ficções criadas pelos antigos,

ou de lutas civis violentas, nas quais nada há de útil.

   Ter sempre veneração pelos deuses, isto é bom.

 

2.      ATENEU, X, 413 F.

 

Mas se alguém obtivesse a vitória, ou pela rapidez dos pés,

   ou no pentatlo, lá onde está o recinto de Zeus

perto das correntes do Pisa em Olímpia, ou na luta,

   ou mesmo no penoso embate do pugilato,

ou na rude disputa a que chamam pancrácio,

  os cidadãos o veriam mais ilustre,

obteria nos jogos lugar de honra visível a todos,

receberia alimento vindo das reservas públicas
dado pela cidade e também dons que seriam seu tesouro.

   Ainda que fosse com cavalos, tudo isso lhe caberia,

         embora não fosse digno como eu, pois mais que a força física

   de homens e de cavalos vale minha sabedoria.

Ora, muito sem razão é esse costume, nem justo

   é preferir a força física à boa sabedoria.

         Pois nem havendo entre o povo um bom pugilista,

   nem havendo um bom no pentatlo, nem na luta

ou pela rapidez dos pés, que mais que a força física

   merece honra entre as ações dos homens nos jogos,

não é por isso que a cidade viveria em maior ordem.

   Pequeno motivo de gozo teria a cidade,

se alguém, competindo, vencesse às margens do Pisa,

   pois isso não enche os celeiros da cidade.

 

  1. ATENEU, XII, 526 A.

 

As delicadezas inúteis aprenderam dos lídios,

e, enquanto estavam longe da odienta tirania,

iam à ágora vestindo túnicas purpúreas,

   em geral, em número não inferior a mil,

soberbos, orgulhosos de seus cabelos bem tratados,

respingando perfume de unguentos artificiais.

 

 

  1.       ATENEU , XI, 18.   782 A.

 

Ninguém temperaria o vinha vertendo o primeiro
   na taça, mas a água e por cima o vinho puro.

 

22.      ATENEU, II p. 54 E.

 

É ao pé do fogo que tais palavras deves dizer, no inverno,
   deitado em cama macia e saciado,
bebendo doce vinho, lambiscando grãos-de-bico:
   Quem és afina entre os homens
? Quantos anos tens, meu caro ?

Que idade tinhas quando o Medo chegou ?

 

 

Página publicada em abril de 2018

 

 

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