Home
Sobre Antonio Miranda
Currículo Lattes
Grupo Renovación
Cuatro Tablas
Terra Brasilis
Em Destaque
Textos en Español
Xulio Formoso
Livro de Visitas
Colaboradores
Links Temáticos
Indique esta página
Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

POESIA MUNDIAL EM PORTUGUÊS

 

O Retrato de Chandos; pintura atribuída a John Taylor
e com autenticidade desconhecida. National Portrait Gallery, London.

WILLIAM SHAKESPEARE

 

William Shakespeare (Stratford-upon-Avon, 1564 (batizado a 26 de abril) — Stratford-upon-Avon, 23 de abril de 1616)[1] foi um poeta, dramaturgo e ator inglês, tido como o maior escritor do idioma inglês e o mais influente dramaturgo do mundo. É chamado frequentemente de poeta nacional da Inglaterra e de "Bardo do Avon" (ou simplesmente The Bard, "O Bardo"). De suas obras, incluindo aquelas em colaboração, restaram até os dias de hoje 38 peças, 154 sonetos, dois longos poemas narrativos, e mais alguns versos esparsos, cujas autorias, no entanto, são ainda disputadas. Suas peças foram traduzidas para todas as principais línguas modernas e são mais encenadas que as de qualquer outro dramaturgo. Muitos de seus textos e temas permanecem vivos até os nossos dias, sendo revisitados com frequência, especialmente no teatro, na televisão, no cinema e na literatura.

Shakespeare nasceu e foi criado em Stratford-upon-Avon. Aos 18 anos casou-se com Anne Hathaway, com quem teve três filhos: Susanna e os gêmeos Hamnet e Judith. Entre 1585 e 1592 William começou uma carreira bem-sucedida em Londres como ator, escritor e um dos proprietários da companhia de teatro chamada Lord Chamberlain's Men, mais tarde conhecida como King's Men. Acredita-se que ele tenha retornado a Stratford em torno de 1613, morrendo três anos depois. Restaram poucos registros da vida privada de Shakespeare, e existem muitas especulações sobre assuntos como a sua aparência física, sexualidade, crenças religiosas, e se algumas das obras que lhe são atribuídas teriam sido escritas por outros autores.

Shakespeare produziu a maior parte de sua obra entre 1590 e 1613. Suas primeiras peças eram principalmente comédias e obras baseadas em eventos e personagens históricos, gêneros que ele levou ao ápice da sofisticação e do talento artístico ao fim do século XVI. A partir de então escreveu apenas tragédias até por volta de 1608, incluindo Hamlet, Rei Lear e Macbeth, consideradas algumas das obras mais importantes na língua inglesa. Na sua última fase, escreveu um conjuntos de peças classificadas como tragicomédias ou romances, e colaborou com outros dramaturgos. Diversas de suas peças foram publicadas, em edições com variados graus de qualidade e precisão, durante sua vida. Em 1623, John Heminges and Henry Condell, dois atores e antigos amigos de Shakespeare, publicaram o chamado First Folio, uma coletânea de suas obras dramáticas que incluía todas as peças (com a exceção de duas) reconhecidas atualmente como sendo de sua autoria.

Shakespeare foi um poeta e dramaturgo respeitado em sua própria época, mas sua reputação só viria a atingir o nível em que se encontra hoje no século XIX. Os românticos, especialmente, aclamaram a genialidade de Shakespeare, e os vitorianos idolatraram-no como um herói, com uma reverência que George Bernard Shaw chamava de "bardolatria". No século XX sua obra foi adotada e redescoberta repetidamente por novos movimentos, tanto na academia e quanto na performance. Suas peças permanecem extremamente populares hoje em dia e são estudadas, encenadas e reinterpretadas constantemente, em diversos contextos culturais e políticos, por todo o mundo.

Fonte: wikipedia

 

 

TEXTOS EM PORTUGUÊS

 

/  TO BE OR NOT TO BE  /

 

Tradução de Machado de Assis

 

Ser ou não ser, eis a questão. Acaso

É mais nobre a cerviz curvar aos golpes

Da ultrajosa fortuna, ou já lutando

Extenso mar vencer de acerbos males?

Morrer, dormir, não mais. E um sono apenas,

Que as angústias extingue e à carne a herança

Da nossa dor eternamente acaba,

Sim, cabe ao homem suspirar por ele.

Morrer, dormir. Dormir? Sonhar, quem sabe?

Ai, eis a dúvida. Ao perpétuo sono,

Quando o lodo mortal despido houvermos,

Que sonhos hão de vir? Pesá-lo cumpre.

Essa a razão que os lutuosos dias

Alonga do infortúnio. Quem do tempo

Sofrer quisera ultrajes e castigos,

Injúrias da opressão, baldões do orgulho,

Do mal prezado amor choradas mágoas,

Das leis a inércia, dos mandões a afronta,

E o vão desdém que de rasteiras almas

O paciente mérito recebe,

Quem, se na ponta da despida lâmina

Lhe acenara o descanso? Quem ao peso

De uma vida de enfados e misérias

Quereria gemer, se não sentira

Terror de alguma não sabida cousa

Que aguarda o homem para lá da morte,

Esse eterno país misterioso

Donde um viajor sequer há regressado?

Este só pensamento enleia o homem;

Este nos leva a suportar as dores

Já sabidas de nós, em vez de abrirmos

Caminho aos males que o futuro esconde;
E a todos acovarda a consciência
Assim da reflexão à luz mortiça
A viva cor da decisão desmaia;
E o firme, essência cometimento,
Que esta ideia abalou, desvia o curso,
Perde-se, até de ação perder o nome.

 

 

POESIA METAFÍSICA - UMA ANTOLOGIA.   Seleção, tradução, introdução e notas de Aíla de Oliveira Gomes.  Rio de Janeiro: Companhia das Letras, 1991.  195 p.  Edição       bilingue Inglês - Português.  sobrecapa. ISBN 85-7164-198-6 

 Ex. bibl. Antonio Miranda

 

 

 SONNET 146

      

 Poor soul, the center of my sinful earth

 Thrall to these powers that thee array,
Why dost thou pine within and suffer dearth,    5
Painting thy outward wall so costly gay?
Why so large cost, having so shorr a lease,
Dost thou upon thy fading mansion spend?
Shall worms, inheritors of this excesso,
Eat up thy charge? Is this body`s end?
Then soul, live upon thy servant´s loss.
And let thay pine to aggravate thy store;        10
Buy terms divine in selling hours sof dross;
Within be fed, without be rich no more
So shalt thou feed on death, that feeds on men,
And death once dead there´s no more dying then.  

 

 

SONETO 146


Pobre alma, centro de meu barro pecador,
A suas forças rebeldes presa e atribulada.
Por que aí dentro tu definhas em langor,
Pintando tão caro tua vistosa fachada?
5   Por que, em tão curto aluguel, tanto dinheiro
Gastas com esta tua decrépita mansão,
Se o verme, de todos esses luxos herdeiro,
Vai devorá-lo? é o fim de teu corpo, não?
Das perdas de teu servo, ó alma, vive agora.
10 E deixa-o definhar, p´ra aumentar tua fartura;
Compra a eternidade vendendo horas de escória;
Por dentro alimentada, por fora a penúria:
Se te nutres da morte que traga os mortais,
Morta a morte, ninguém morrerá jamais.

 

 

THE PHOENIX AND THE TURTLE

 

Let the bird fs loudest lay,

On the sole Arabian tree,

Herald sad and trumpet be,

To whose sound chaste wings obey.

 

5     But thou shrieking harbbinger,

Foul precurrer of the fiend,

Augur of the fever´s end,

To this troop come thou not near!

 

From this session interdict

10    Every jowl of tyrant wing.

Save the eagle, feathered king:

Keep the obsequy so strict.

 

Let the priest in surplice White,

That defunctive music can,

15   Be the death-divining swan,

Lest the réquiem lack his right.

 

And thou treble-dated crow;

That thy sable gender mak´st

With the breath thou fiv´st and tak´st.

20    Mongst our mourners shalt thou go.

 

Here the anthem doth commence:

Love and constancy is dead;

Phoenix and the turtle fled

In a mutual flame from hence.

 

 

 

25    So they loved, as love in Twain

Had the essence but in one;

Two distincts, division none:

Number there in love was slain.

 

Hearts remote, yet not assunder;

30   Distance, and no space was seen

´Twixt this turtle and his queen:

But in them it were a wonder.

 

So between them love did shine,

That the turtle saw his right

35    Flaming in the phoenix´sight

Either was the other´s mine.

 

Property was thus appalled,

That the self was not the same;

Single nature´s double name

40    Neither two nor one  was called.

 

Reason, in itself confounded,

Saw division grow together,

To themselves yet either neither,

Simple were so well compounded;

 

45    That it cried. “How true a twain

Seemeth this concordant one!

Love bath reason, reason none,

If what parts can so remain.”

 

Whereupon it made in this threne

50    To the phoenix and the dove,

Co-supremes and stars of love,

As chorus to their tragic scene. 


 

THRENOS

 

Beauty, truth, and rarity,

Grace in all simplicity,

55    Here enclosed in cinders lie.

 

Death is now the phoenix´nest;

And the turtle´s loyal breast

To Eternit doth rest.

 

Leaving no posterity:

60   ´Twas not their infirmity,

It was married chastity.

 

Truth may seem, but cannot be;

Beauty brag, but ´tis not she;

Truth and beauty buried he.

 

65    To this urn let those repair

That are either true or fair;

For these dead birds sigh a prayer.

 

 

A FÊNIX E O POMBO

 

Seja a ave das árias mais altas,

Na árvore única da Arábia,

O triste clarim e o arauto.

A que obedeçam as asas castas.

 

5      Mas, tu, pregoeiro estridente,

Que és do demônio precursor.

E da agonia anunciador,

Fiques desta assembleia ausente.

 

Da cerimônia é interdita

10    Toda a ave de asa tirana,

Exceto a águia soberana,

Para esta exéquia tão estrita.

 


 

O sacerdote, em manto pálido,

De canto funéreo, plangente

15    O cisne, que a morte pressente,

Venha oficiar um réquiem válido.

 

Tu, corvo de tríplice vida,

Que geras o teu negro gênero —

Pois em teu hábito há este engenho —

20    Para carpir serás conviva.

 

E aqui começa o nosso hino:

Amor e constância são mortos;

Fênix e pombo são transpostos

Em mútuo fogo a outro destino.

 

25    Assim se amam, de dois, o amor.

Mas sua essência, apenas uma;

São dois sem divisão alguma,

Que é morto o número no amor.

 

Corações longe, mas unidos,

30    Nenhum espaço se adivinha

Entre este pombo e sua rainha —

Em maravilha convertidos.

 

O amor dos dois tanto se acende

Que o pombo se vê e se espelha

35    Nos olhos da fênix, em centelha

Tudo que é de um ao outro pertence

 

Pra a identidade é de espantar

Que sempre o mesmo seu não seja —

Dois nomes, uma natureza —

40   Nem dois nem um se ousa chamar.

 

E a Razão não acha argumento

Pra divisão que cresce junta.

Pra eles não há um nem outra,

Tão bem composto é o elemento.

 


 

45    E diz: “Parece um par conjunto

Esse harmônico um. A Razão

Está no Amor, na Razão, não —

Se o que se aparta fica junto”.

 

E dali compôs esta nênia,

50    Em honra a fênix e ao pombo

(Co-supremos astros do assombro),

Pra coro da trágica cena.

 

NÊNIA (TRENO)

 

Beleza, verdade, raridade,

Graça, em toda simplicidade,

55   Aqui dentro, em cinza jazem.

 

Da fênix o ninho, na verdade,

É a morte, e o pombo — lealdade —

Repousa na eternidade.

 

O não deixar posteridade,

60    Neles, não era enfermidade,

Mas esponsais em castidade.

 

Verdade é aparência, não ela;

Beleza é artifício, não ela —

Que ambas um sepulcro sela.

 

65    Junto a esta urna, os que são

Belos e veros se unirão

Por estas aves em oração.

 


EROTISMO & SENSUALIDADE EM VERSOS – antologia de poesias eróticas da antiguidade até aos nossos dias.  Seleção: Renata Cordeiro.  Ilustrações: Auguste Rodin. 
São Paulo: Landy Editora, 2005.  126 p.  15x24 cm.   ISBN 85-7629-041-3               Ex. biblioteca de Antonio Miranda
 

 

       Vênus, num terno enleio, o pescoço lhe cinge,
Unidos, face a face, a formar um só corpo.

 


 

Página publicada em janeiro de 2018


 

 

 
 
 
Home Poetas de A a Z Indique este site Sobre A. Miranda Contato
counter create hit
Envie mensagem a webmaster@antoniomiranda.com.br sobre este site da Web.
Copyright © 2004 Antonio Miranda
 
Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Home Contato Página de música Click aqui para pesquisar