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Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 
POESIA MUNDIAL EM PORTUGUÊS

Foto e biografia: wikipedia

 

SAADI YOUSEF

 

Saadi Yousef ( árabe : سعدي يوسف  ) (nascido em 1934 perto de Basra , Iraque ) é um iraquiano autor, poeta, jornalista, editor e ativista político. Ele publicou trinta volumes de poesia e sete livros de prosa.

 

Saadi Yousef estudou literatura árabe em Bagdá . Ele foi influenciado pelo verso livre de Shathel Taqa e Abd al-Wahhab Al-Bayyati e também estava envolvido na política desde tenra idade, Na época seu trabalho foi fortemente influenciado por seus socialistas e pan-árabe simpatias, mas, desde então, também tomadas um mais introspectivo, por sua vez, lírico.

 

Ele também traduziu muitos escritores conhecidos em árabe, incluindo Oktay Rifat , Melih Cevdet Anday , Garcia Lorca , Yiannis Ritsos , Walt Whitman e Constantine Cavafy . Desde que deixou o Iraque, Yousef viveu em muitos países, incluindo Argélia , Líbano , França , Grécia , Chipre , e atualmente reside em Londres .

 

Em 2004, o Prêmio Owais Al para a poesia foi dado a Yousef. Em 2007 Yousef participaram do PEN World Voices Festival, onde ele foi entrevistado pela Wild River comentário . Em 2014, os poemas de Yousef foram proibidos pelo Governo Regional do Curdistão nos livros escolares por causa de um poema, onde ele se referiu ao Curdistão como "Qardistan", que vagamente se traduz em "Monkey-istan".

 

Bibliografia

Sem um alfabeto, Without a Face: Selected Poems traduzidos por Khaled Mattawa (Graywolf, 2002) ISBN  1-55597-371-X

em Anthology

 

 

TEXTOS EN ESPAÑOL  -  TEXTOS EM PORTUGUÊS

 

 

 

FESTIVAL MUNDIAL DE POESÍA VENEZUELA 2004.  Caracas, Venezuela: Monte Ávila
Editores Latinoamericana C, A.,  2005.   435 p.   15 x 23 cm. Patrocinado por Ministerio de la Cultura, Presidencia del CONAC, D.G.S. de Literatura.         ISBN  780-03-1211-1   Ex. bibl. Antonio Miranda

 

 

 

EL ERMITAÑO

 

Los poetas se van
uno tras otro, al final de la noche.

 

No llevan más que las provisiones de un hombre pobre y tiquetes de regreso abierto. Yo os digo: «No apresuréis vuestros pasos, hermanos, esperad otra hora. Nos hallamos al final de la

[noche».

Pero ellos se van.

El cielo no ha cerrado sus compuertas. Sólo las nubes caen profundamente.

Cómo podríamos decir: las pequeñas ondas en el agua son

[nuestras.

Cómo podríamos decir: las ramas son nuestras y el otoño

[dorado

y nuestro el principio de la rama, aun así ellos se van.

 

Árbol, estás bendecido. Floreciente, estás bendecido con plumas aguamarina y la cresta de abubilla. Tú eres sagrado allí donde las hormigas descargan sus huevos. El puercoespín te circunda persiguiendo la estrella, y desde

[tus ramas

los grillos cantan. En la noche de plata

te abanicas con aire del paraíso. Y en el

dorado amanecer destilas metales blancos. Yo diré: tú eres

mi primer árbol. Mi cabaña y mi tumba y la corona que

porto.

¡Buenos días, poesía!

 

 

 

4

 

No te culparé

No te diré adiós a través del erial de alcohol, No me doblegaré cuando estalle la tormenta Repetiré tus nombres y tus cielos.

Yo seré el guardián fiel que dejaste atrás. Yo seré el príncipe de polvo.

 

 

 

5

 

 

En la noche

al final de la noche

los pájaros vendrán a mí

y los lobos de la pradera vendrán húmedos de rocío y la gacela vendrá

 

Al final de la noche

siete poetas se refugiarán en mi cueva...

 

                   Ammán, 29 de noviembre de 1994

 

 

 

 

      LA CASA DE CAVAFIS

 

Calle Six Lipsius
¿Era tu Alejandría el mar?
o era el giro

hacia el cual el callejón se estrecha
y dispensa una tenue luz
como un brillo en caracoles hirvientes.
Tal vez tu Alejandría era esta puerta
esto no lo sé.
Tal vez era el mascullar que temblaba en los labios nunca liberado...
Tal vez el jarrón

o la terraza del palacio donde el dios previo a Antonio...
Calle Six Lipsius:
¿De dónde vinieron los griegos nocturnos?
¿De dónde vino este vino?
¿Dónde se encuentra la vacilante canción?
¿Y esta cítara quebrantada?
¿Y este aire que es Alas, Alas
El aire aireando su ah, ah?

 Calle Six Lipsius:
el balcón se oscurece...
la habitación se rinde ante el espejo de tocador,
la blusa vuela hacia el mar
y el mar está ausente... 

Si eres Antonio, espera entonces.
Tal vez desde los fragmentos del espejo
un Dios habrá de levantarse y te llamará por tu nombre.

 

 

TEXTOS EM PORTUGUÊS
Tradução de ANTONIO MIRANDA

 

 

         O ERMITÃO

Os poetas vão
um após o outro, no fim da noite.

Não levam mais que as provisões de um homem pobre

        e os tíquetes para o regresso.
Eu lhes digo: “Não apressem os passos,
irmãos, esperem outra hora. Nos encontraremos no fim
da noite.”
Mas eles se vão.
O céu não fechos as comportas. Apenas as nuvens
descem profundamente.
Como poderíamos dizer: as pequenas ondas
caem profundamente.
Como poderíamos dizer: as pequenas ondas
na água são nossas.
Como poderíamos dizer: os ramos são nossos
e o outono dourado
e é nosso o princípio da ramagem.
mesmo assim eles se vão.

Árvore, és bendita. Florescente, és bendita
com plumas água marinhas e a cresta de poupa. Tu és
sagrada ali onde as formigas desovam.
O porco-espinho te cerca perseguindo a estrela,
e desde teus ramos
os grilos cantam. Na noite prateada
te abanas com ar do paraíso . E no
dourado amanhecer destilas metais brancos. Eu direi: tu és
minha arvore primária. Minha cabana e meu túmulo e a cerca
que ostento.
Bom dia, poesia!



4

 

Não vou te culpar
Não te direi adeus através do agreste álcool,
Não me curvarei quando estoure a tormenta
Repetirei teus nomes
e teus céus.
Eu serei o guardião fiel que abandonaste.
Eu serei o príncipe do pó.



5

De noite
no fim da noite
os pássaros virão aonde estou
e os lobos da pradaria virão úmidos de orvalho
e a gazela virá

No fim da noite
sete poetas vão refugiar-se em minha cova...

 

                                Aman, 20 de novembro de 1994 

 

  

         A CASA DE KAVAFIS

Rua Six Lipsius
Eras tu Alexandria o mar?
ou era o giro
para o qual o beco se estreita
e dispensa uma luz tênue
como um brilho em caracóis ardentes.
Talvez tu Alexandria era esta porta
isto eu não sei.
Talvez fosse o resmungar que tremia os lábios
nunca liberado...
Talvez o jarrão
ou o terraço do palácio onde o deus
previu o Antonio.
Rua Six Lipsius:
De onde vieram os gregos noturnos?
De onde veio este vinho?
Onde se encontra a vacilante canção?
E esta cítara esfacelada?
E este ar que é Asas, Asas
O ar arejando seu ah, ah?

Rua Six Lipsius:
a varanda escurece...
o quarto se rende diante do espelho do toucador,
a blusa voa na direção do mar
e o mar está ausente...

Se és Antonio, espera então.
Talvez desde os pedaços do espelho
um Deus haverá de levantar-se e te chamará pelo
teu nome.

 

 

 

Página publicada em fevereiro de 2020


 

 

 
 
 
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