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SAADI

 

 

Musharrif Od-Dîn Sa'adi, ou ainda Saadi ou Sadi (سعدی em Persa), pseudônimo de Mushrif-ud-Din Abdullah (Shiraz, c. 1184/1213? - 1283/1291?), é um dos maiores escritores iranianos, reverenciado pelo público que lê em persa até os dias de hoje.

Saadi imortalizou-se por sua poesia, cheia de misticismo e de ensinamentos práticos. Seus maiores trabalhos são o Gulistan e o Bustan, respectivamente O Jardim das Rosas e O Jardim Florido. Estes dois livros estão entre os maiores clássicos da poesia de todos os tempos.

 

 

Extraído de

 

 

POESIA SEMPRE. Revista semestral de poesiaANO 9 – NÚMERO 14. AGOSTO 2001.  Rio de Janeiro: Fundação Biblioteca Nacional, Ministério da Cultura, Departamento Nacional do Livro, 2001.  222 p. ilus.  col.  Editor geral  Marco Lucchesi.  ISSN 0104-0626    Ex. bibl. Antonio Miranda.

 

(Seção: Poesia Mística)

 

 

 

         O órfão

 

 

       Estende sobre o órfão tua sombra tutelar,
retira o pó; arranca seu espinho...
Quando vires o órfão andando, cabisbaixo,
não beijes o rosto de teu filho.
Se ele chorar, quem há de acalmá-lo?
Se ele ficar com raiva, quem há de partilhar seu sofrimento?
Ao enxugares suas lágrimas, mostra-lhe compaixão,
retira ternamente a terra de seu rosto.
Oh! que ele não chore mais! pois o Trono divino
não para de tremer quando um órfão chora.

 

                Trad. Ana Thereza Vieira  e  William Soares.

 

 

 

         O amor místico

 

 

       Na escura noite, quando estava insone,
lembro que a mariposa disse à vela:
“Se eu te amar, serei por ti consumada;
ah! por que esse teu pranto, esse ardor?
“Vivo tão apaixonada! — disse a avela —,
minha querida, lemvaram-me o mel,
e dês que sua doçura está tão longe,
como Farah, um fogo me consome.”
Falava e uma dolorosa torrente
de lágrimas rolava no seu rosto.
“Mas o amor não foi feito para ti:
não tens paciência nem perseverança,
tu foges quando sente minha chama;
eu fico e sou de todo consumada;
esse fogo de amor não queima as asas,
mas me consome da cabeça aos pés;
Ah! sente meu ardor e minhas lágrimas!”
Uma parte da noite se passara,
e a jovem apagou aquela chama.
Ao subir a fumaça, ela dizia:
“Considera o desenlace do amor,
o caminho, se queres conhecer:
pois a morte é quem salva desse ardor.”

 

        Trad. Ana Cristina Vieira

Página publicada em junho de 2018

 


 

 

 
 
 
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