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POESIA MUNDIAL EM PORTUGUÊS

KARL LIEBKNECHT

 

(Leipzig13 de agosto de 1871 — 15 de janeiro de 1919) foi um político e dirigente socialista alemão.

Filho de Wilhelm Liebknecht e colaborador de Karl Marx e Friedrich Engels, Karl Liebknecht ficou conhecido por ter, junto com Rosa Luxemburgo, fundado a Liga Spartacus, em 1916. Este movimento de esquerda surgiu na Alemanha em oposição ao regime social-democrata vigente na República de Weimar, acusado pelos espartaquistas de ser cooptado pela burguesia.

Karl Liebknecht estudou direito nas Universidades de Leipzig e Berlim, concluindo seu doutorado na Universidade de Würzburg, em 1897. Abriu um escritório de advocacia e passou a defender causas trabalhistas e da juventude. Em 1900 aderiu ao Partido Social-Democrata da Alemanha. Passa a intensa militância política e funda em 1915, juntamente com Rosa Luxemburgo e outros, a Liga Spartacus, sendo expulso do SPD em 1916, aglutinando-se no Partido Social-Democrata Independente da Alemanha (USPD) e depois da ruptura com este no Partido Comunista da Alemanha (KPD).

Em 15 de janeiro de 1919, após o governo moderado alemão ter colocado as cabeças dos líderes da esquerda a prêmio, Karl Liebknecht e Rosa Luxemburgo foram assassinados em Berlim. Entretanto o movimento a que eles deram origem não morreu juntamente com seus idealizadores, já que sua concepção acabou, principalmente através de sua principal teórica, Rosa Luxemburgo, influenciando diversos grupos e indivíduos, dando prosseguimento ao espartaquismo ou luxemburguismo.

A biografia completa em:  wikipedia.

 

 

 

MONIZ, Edmundo.  Poemas da Liberdade - uma antologia poética de Dante a Brecht.    Rio de Janeiro: Edtora Civilização Brasileira,  1967.   116 p.   14 x 21 cm- ex. bibl. Antonio Miranda

 

 

NA PRISÃO

 

Vós me roubais a terra mas não o céu.

Não me resta dêle mais do que um pedaço estreito

onde cravo meus olhos

através das grades

de uma janela de ferro

encurvada nas paredes pesadas. ..

Mas para mim é bastante

ver o azul resplandecente do céu

de onde vem a luz,

que me ofusca quando me aproximo,

e de onde às vêzes também

cai dançando um ligeiro murmúrio de pássaros...

Basta-me

que uma gralha negra, tagarela,

amiga fiel dos dias de cárcere,

me faça ver um ser alçando um vôo livre,

e que uma nuvem viajante

me ofereça a imagem das coisas mutáveis.

Não vejo mais do que um pequeno espaço do céu.

À noite passada

a estrêla mais clara brilhava neste espaço,

a mais clara estrêla resplandecia,

e seus raios brotavam das extremidades do firmamento

dominando o mundo,

mais claros, mais cálidos,

com um resplendor mais juvenil na minha estreita cela do que para vós que estais em liberdade.

A estrela projetava aqui sua pequena mancha de luz.

Vós me roubais a terra, mas não o céu. ..

Não vejo dele mais do que um pequeno pedaço

através das grades

de uma janela de ferro. . .

Mas esta luz devolve os sentidos a este corpo,

animado por uma alma livre

como jamais tivestes,

vós que acreditastes

que poderíeis aniquilar-me

nas grades desta prisão!

 

 

 

 

Página publicada em outubro de 2020


 

 

 
 
 
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