Home
Sobre Antonio Miranda
Currículo Lattes
Grupo Renovación
Cuatro Tablas
Terra Brasilis
Em Destaque
Textos en Español
Xulio Formoso
Livro de Visitas
Colaboradores
Links Temáticos
Indique esta página
Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 
POESIA MUNDIAL EM PORTUGUÊS

Em presença de

JÜRI TALVET

 

Organizado por

Alice Spíndola

 

 

Jüri Talvet (Pärnu, Estônia, 1945). Poeta, ensaísta, crítica literária, tradutor, professor universitário. Desde 1992 é professor de Literatura Universal na Universidade de Tartu. Paralelamente, funda em sua universidade o Programa de Estudos Hispânicos que coordenou há vinte anos. Entre os inúmeros livros de ensaio publicados, seus links com a Espanha e a América podem ser encontrados em: Teekond Hispaaniasse (Uma viagem a Espanha, 1985), Hispaaniast Ameerikasse (De Espanha a América, 1992), Hispaania vaim ((O espírito espanhol,  1995). 

 

Como poeta, estreia com o livro Äratused (Despertares (1981) e no seu nono livro de poesia Eesti eleegia ja teisi luuletusi 1981–2012 (Tartu: 2014, 375 pp.). Reúne partes substanciais de seu trabalho poético até essa data. As seleções de sua poesia traduzida apareceram em espanhol, inglês, francês, romeno, italiano e catalão.

 

A primeira seleção poética em italiano, 2012, tradução de Pietro U. Dini, em colaboração com Albert Lázaro-Tinaut: Primavera y polvere. Novi Ligure: Edizioni Joker.

 

Entre seus prêmios e distinções, destacam o Prêmio Anual Juhan Smuul of Essay (1986), o Prêmio Juhan Liiv de Poesia (1997), o Prêmio Memorial Ivar Ivask de Ensaio e Poesia (2002) ou a Ordem de Isabel Católica do Reino de Espanha (para sua atividade como hispânico, 1992). Como poeta, participa de festivais internacionais na Europa, América e Ásia.

 

Os anos de 2016 e 2017 foram de viagens e conferências em mundos vários.

Em italiano 2012, tradução de Pietro U. Dini, em colaboração com Albert Lázaro-Tinaut.

 

 

TALVET, Jüri.  Élègie estonienne et autres poèmes. Traduit par Française Roy et Athanase Vantchev de Thracy, avec Laura Talvet. Préface d’Albeto Lázaro-Rinaut.  (Accent tonique – Poésie).

 

 

Traduzido para o Português por Alice Spíndola

Revisão: Patrícia Méndez Ulhôa 

 

 

 

 

Da um qualsiasi autunno, 2018

 

– DA UN QUALSIASI  AUTUNNO – Dum cualquier outono – nova seleção poética, editada na Itália, traduzida por Pietro U. Dini, prefacio por Albert Lázaro-Tinaut: Primavera y polvere. Novi Ligure: Edizioni Joker, 2018.

– O título da seleção de poemas do estônio para o russo é (em transcrição em letras latinas): Puteshéstvuiem, byvàiem – traduzindo: Viajamos, existimos. Kasan (1): Editorial Logos, 2018. Seleção e tradução por Elena Vedernikova (linguista de nacionalidade mari, pós-doutora por universidade da Estônia. Aprendeu o estônio). Tradução revisada por Almira Ahmedzianova (filóloga da Universidade de Yoshkar Ola – República de Mari, Federação Russa).

(1) Kasan - a capital da Republika Tarstan - Rússia - Europa.

São nove os livros publicados em estônio. Outros livros editados e traduzidos em diferentes línguas.

Em seus livros, o poder transformador da literatura.

 

 

Alfredo Perez Alencar e Jüri Talvet, Salamanca, 2016

 

Distintos convidados de Salamanca, os hispânicos Jüri Talvet e Abdul Had

 

Élégie estonienne

Et autres poèmes

Traduit par Française Roy et Athanase Vantchev de Thracy,

avec Laura Talvet

Préface d’Albert Lázaro-Tinaut

Accent tonique – Poésie

*****

Traduzido para o Português por

 

Alice Spíndola

 

Revisão:

Patrícia Méndez Ulhôa

 

Olha para mim

 

Olha, olha, olha

                até que tu te tornes transparente

e que tu possas deixar os pássaros

                                alojados no teu peito

 

Toca meus dedos minúsculos

Para que aprendas a ficar em pé no ar

e acima das sombras

                             a fim de aprender

a andar de olhos fechados

pés nus ao longo das fibras de uma corda

Sob as palmas de tuas mãos

                                e acima da noite.

meus sussurros vão ao encontro

        Eu mesmo não dormirei mais nunca

Tu não irás jamais à África

 

        Jüri [Regard-moi] p. 31

 

 

Ao tocar-me,

        tua mão me acordou

 

            Eu estou de novo em minha casa

mas eu nunca soube

                        meu endereço

 

Só uma mesa esculpida sob a luz

diante de mim

              verde

                    que te quiero verde

Então tu chegas

como se tu vieras de uma outra vida

 

tal uma outra pessoa

                      mas sempre a mesma

 

Eu me encontrava saciado de um rio

que apaga o mal

                        da memória

 

E eu tinha esquecido

                   teu nome justo Agora

que te chamo

                                          Linda

 

Bela mulher

                       tu que chegas

atravessando todas

                             as línguas.

 

 

Ta main m’a réveillé em me touchanti p. 74



 

          

Jüri Talvet com a filha Laura em Paris, 2017

 

 

No café < A Brasileira >

 

No café < A Brasileira>
        tu não serás atraído duas vezes
para esta garçonete mulata e brasileira

        nem pelos lustres art nouveau

 

Deixa que aqueles que se creiam vivos
fotografar tua estatua.
        Eles morrerão, e as fotos com eles,
Mas tu restarás aqui um certo tempo,

                         os sentidos dispersos,

naquilo que foi criado

        ou o será, um certo tempo,

aqui e lá.

 

Au café < A Brasileira> p. 81

 

 

 

 

A China escorre lá de cima

 

Tomo minha ducha num box
                perto da janela do 11º andar

do Hotel Anne Black

 

                                A água canta
caindo ao longo da minha pele

        minha pele, ela também, canta
caindo para baixo

 

Durante um breve momento de minha vida
eu sou Lao-tseu,

                uma gotejada de rio humano

que cai para baixo

                                na rua

certa de seu caminho

                        através das águas

cantantes

                                do Tempo

 

La Chine coule là-dessus p.75

 

 

 

 

 

22 de fevereiro de 2018 ,

dia em que se comemora

o 100º ano da República da Estônia

 

T R A D U C C I Ó N

 

Traducción para el Español

Alice Spíndola

Rina de Castro Miranda

 

 

M I R E M E

 

Vea, vea, vea

hasta que tú te vuelvas transparente

que tú puedas dejar los pájaros

                      alojados en tu pecho

 

Toca mis dedos minúsculos

para que aprendas a quedar parado

                                        en el aire

y arriba de las sombras

            al fin de aprender a caminar

de ojos cerrados

pies desnudos a lo largo de las fibras

de una soga

           Bajo las palmas de tus manos

y arriba de la noche,

             mis susuros van al encuentro

Yo mismo no dormiré nunca mas

                   Tú no irás jamas a África

 

 

 

 

TOCANDOME TU MANO

ME HA DESPERTADO


Yo estoy  outra vez en mi casa

                        pero yo nunca supe

mi dirección

   Solo una mesa labrada bajo la luz

delante de mi

 

    verde

      que te quiero verde

 

Entonces tu llegas

          como se tuvieras de otra vida

 

tal como otra persona

                    pero siempre la misma

 

Yo me encontraba saciado de un río

que apaga el mal

                               de la memoria

 

Y yo había olvidado

                    tu nombre justo Ahora

que te llamo

                                            Linda

Bella mujer

                                  tú que llegas

cruzando todas

                                    las lenguas

 

 

 

 

 

LA CHINA ESCURRE


ALLÁ DE ARRIBA


Me ducho en una mampara de cristal

         cerca de la ventana del 11º piso

del Hotel Anne Black

                                    El agua canta

cayendo a lo largo de mi piel,

                 mi piel, ella también, canta

cayendo para bajo

 

                 Durante un rato de mi vida

Yo soy Lao-tseu,

                  un goterón de río humano

que cae para bajo

                                         en la calle

cierto de su camino

                         a través de las aguas

cantantes

                                       del Tiempo     

 

 

  En el café <A Brasileira>     

        

             tú no serás atraído dos veces

por esta camarera mulata y brasileña

         ni por las lamparas art nouveau

 

Deja que aquellos que se  creían vivos

fotografar tu estatua.

     Ellos morirán, y las fotos con ellos,

pero tú restarás aquí un cierto tiempo,

                       os sentidos dispersos,

en aquello que fue creado   

               o lo será, un cierto tiempo,

aquí y allá.

 

 

 

Para Jüri y família,

Con amitad y admiración,

 

Alice Spíndola

 

 

 

Página publicada em maio de 2018,

 

 

 

 
 
 
Home Poetas de A a Z Indique este site Sobre A. Miranda Contato
counter create hit
Envie mensagem a webmaster@antoniomiranda.com.br sobre este site da Web.
Copyright © 2004 Antonio Miranda
 
Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Home Contato Página de música Click aqui para pesquisar