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POESIA MUNDIAL EM PORTUGUÊS

Imagem do poeta e fragmento de biografia: Wikipedia

 

 

 

JEAN DE LA FONTAINE

 

Jean de La Fontaine (Château-Thierry, 8 de julho de 1621 — Paris, 13 de abril de 1695) foi um poeta e fabulista francês.

Estudou teologia e direito em Paris, mas seu maior interesse sempre foi a literatura.

Em 1668 foram publicadas as primeiras fábulas, num volume intitulado "Fábulas Escolhidas". O livro era uma coletânea de 124 fábulas, dividida em seis partes. La Fontaine dedicou este livro ao filho do rei Luís XIV. As fábulas continham histórias de animais, magistralmente contadas, contendo um fundo moral. Escritas em linguagem simples e atraente, as fábulas de La Fontaine conquistaram imediatamente seus leitores. Em 1683 La Fontaine tornou-se membro da Academia Francesa, a cujas sessões passou a comparecer com assiduidade. Na famosa "Querela dos antigos e dos modernos", tomou partido dos poetas antigos. Várias novas edições das "Fábulas" foram publicadas em vida do autor. A cada nova edição, novas narrativas foram acrescentadas. Em 1692, La Fontaine, já doente, converteu-se ao catolicismo. A última edição de suas fábulas foi publicada em 1693. Antes de vir a ser fabulista, foi poeta, tentou ser teólogo. Além disso, também entrou para um seminário, mas aí perdeu o interesse.

 

 

 

Traduções de

 

BOCAGE:

 

 

 

       A CIGARRA E A FORMIGA

 

Tendo a cigarra em cantigas

Folgado todo o verão,

Achou-se em penúria extrema

Na tormentosa estação.

 

Não lhe restava migalha

Que trincasse, a tagarela

Quis valer-se da formiga

Que morava perto dela.

 

Rogou-lhe que lhe emprestasse,

Pois tinha riqueza e brio,

Algum grão com que manter-se

Té voltar-se o aceso estio.

 

"Amiga — diz a cigarra —

Prometo à fé d'animal,

Pagar-vos antes de Agosto

Os juros e o principal."

 

A formiga nunca empresta.

Nunca dá, por isso junta.

"No verão em que lidavas?"

À pedinte ela pergunta.

 

Responde a outra:   "Eu cantava

Noite e dia, a toda hora."

— Oh! bravo, torna a formiga;

Cantavas? Pois dança agora!

 

 

 

 

A RAPOSA E AS UVAS

 

Contam que certa raposa,

Andando muito esfaimada,

Viu roxos, maduros cachos

Pendentes d'alta latada.

De bom grado os trincaria,

Mas sem lhes poder chegar,

Disse: "Estão verdes, não prestam,

Só cães os podem tragar!"

 

Eis cai uma parra, quando

Prosseguia seu caminho,

E crendo que era algum bago,

Volta depressa o focinho.

 

 

 

 

O CORVO E A RAPOSA

 

É fama que estava o corvo

Sobre uma árvore pousado,

E que no sôfrego bico

Tinha um queijo atravessado.

 

Pelo faro àquele sítio

Veio a raposa matreira,

A qual, pouco mais ou menos,

Lhe falou desta maneira:

 

"Bons dias, meu lindo corvo;

És glória desta espessura;

És outra fénix, se acaso

Tens a voz como a figura!"

 

A tais palavras o corvo

Com louca estranha afouteza,

Por mostrar que é bom solfista

Abre o bico, e solta a presa.

 

Lança-lhe a mestra o gadanho,

E diz: "Meu amigo, aprende

Como vive o lisonjeiro

À custa de quem o atende.

 

Esta lição vale um queijo,

Tem destas para teu uso."

Rosna então consigo o corvo,

Envergonhado e confuso:

 

"Velhaca!  Deixou-me em branco,

Fui tolo em fiar-me dela;

Mas este logro me livra

De cair noutra esparrela."

 

 

 

Tradução do

 

BARÃO DE PABANAPIACABA:

 

 

 

 

O LEÃO DERRIBADO PELO HOMEM

 

Expuseram certo quadro,

Em que o pintor figurara

Leão enorme, que ao braço

De um homem — só — baqueara.

 

Os que vinham contemplá-lo

Enchiam-se de ufania;

Mas ficavam cabisbaixos

Ante um leão que dizia:

 

"Vejo bem que nessa tela

Vos decretais a vitória;

Mas o pintor vos ilude,

Fingindo a seu modo a história.

 

Se entre os leões, meus confrades,

Houvesse também pintores,

Com jus maior nos dariam

O papel de vencedores."

 

 

 

Tradução de

 

GONÇALVES CRESPO:

 

 

 

       O GALO E A PÉROLA

 

       Um galo achou num terreiro

       Uma perola, e ligeiro

       Corre a um lapidário e diz:

       “Isto é bom, é de valia,

       De um milho um grão todavia

       Era achado mais feliz.”

 

       Um néscio ficou herdeiro

       De um manuscrito, e a um livreiro

       Vai à pressa e fala assim:

       “É bom, é livro acabado,

       Concordo, mas um ducado

       Valia mais para mim!”

 

 

 

 

Página publicada em julho de 2020

        

 


 

 

 
 
 
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