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Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 
POESIA MUNDIAL EM PORTUGUÊS

JACOPONE DA TODI

(1236-1306)

 

Jacopo de Benedictis conhecido como Jacopone da Todi ( Todi , 1236 circa — Collazzone , 1306) era um religioso e poeta italiano reverenciado como abençoado pela Igreja Católica .

Os críticos o consideram um dos mais importantes poetas italianos da Idade Média , certamente entre os mais famosos autores de laudes religiosas da literatura italiana . O seu é uma "voz vigorosa e esmagadora", inserida de formas e formas excepcionais no contexto da nova tradição de lauda.

Além do Laude (dos quais cerca de 90 da atribuição certa e muitos outros incertos), há uma epístola latina para Giovanni della Verna , o famoso Pianto della Madonna e o Stabat Mater , enquanto há dúvidas sobre alguns em um tratado de amor místico.

Bibliografia completa em: https://it.wikipedia.org/wiki/Jacopone_da_Todi

 

Extraído de 

JACOPONE, DA TODI.  Flagelo e amor. Seleção, tradução e organização de Marcelo Paiva de Souza.  Brasília, DF: Editora Universidade de Brasília, DF: 2006.  94 p. (Coleção Poetas do Mundo, dirigida por Henryk Siewierski. )         cm.  ISBN 85-230-0878-0  

Inclui uma extensa apresentação sobre a época e a obra do autor por Maria CrisTina Guberti e Marcelo Paiva de Souza.

Este livro está à venda pela internet diretamente com a editora:

http://www.editora.unb.br/

 

        TEXTOS EM ITALIANO   -   TEXTOS EM PORTUGUÊS

 

    VI

 

Guarda que non caggi, amico,     guarda!
  Or te guarda dal Nemico,
  che se mostra esser amico;
no gli credere a l´inico:    guarda!
Guarda ´l viso dal veduto,
 ca ´l coraio n´è guaruto:   guarda!
Non udir le vanetate,
 che te traga a su´amistate:
più che vesco appicciaràte:    guarda!
Pon a lo tuo um frino,
ca ´l  soperchio gli è venino,
 a lussuria è senstino:    guarda!
Guàrdate da l´odorato,
        lo cual ène sciordenato,
 ca ´k Segnor lo t´há vedato:    guarda!
Guardate dal toccamento,
lo qual e Deo è spiacemento,
 al tudo corpo è strugimento:    guarda!
Guàrdate da li parente
che non te piglien la mente,
ca te farò star dolente:    guarda!

Guàrdate da molti amice,
che frequentan co fornice;
´n Deo te seccan le radice:    guarda!
Guàrdate dal mal pensire,
che la mente fo firire,
la tua alma emmalsanire:    guarda!

 

                LXXVII

   Oh amore muto,
che non vole parlare    che non si conosciuto!
   O amor, che te celi    per onne stascione,
c´omo da for non senta    la tua affezione,
che non la senta latrone,
per quel d´hai guadagnato,    che non te sai raputo!
   Quanto l´om più te cela,    tanto più ´n foco abunne
omo, tene ocultanno,    sempre a lo foco iugne;
e domo c´ha le pugne
devolere parlare,    spesse volte è feruto.
   Omo che se destenne    de dir so entennemento,
avvenga che sai puro    ´l primo comenzamento,
vènice da for lo vento
e vali spalianno    quel c´ave receputo.
   Omo che há alcun lume    em candel appicciato,
si vol che arda em pace,    mettelo a lo celato,
ed onne uscio há enserrato,
che no i venga lo vento,    che ´l lume sai stenguto.
   Tale amore há posto    silenzio a li sospire,
esse parato a l´uscio    e no i ne larga escire;
dentro i fa parturire,
che non se spanna la mente    da quello c´há sentuto.
   Si se n´esce el suspiro,    esce po´lui la mente,
va po´lui vanianno,    larga quel c´há en presente;
puoi che se ne resente,
non pote retrovare    quel c´avea receputo.
   Tale amore há sbannito    da sé la ipocresia;
che  esca del suo contato,    che trovata non sia;
de gloria falsa e ria
si n´há falta la caccia    de lei e de suo tributo.

 

 

TEXTOS EM PORTUGUÊS

 

                        VI

Cuida se não cais, amigo,    cuida!
Cuida daquele Inimigo
 que semelho ser amigo;
não te fies do iníquo:    cuida!
Co´a vista e o que se vê, cuidado,
o coração machucado
a muito custo é curado:    cuida!
Não dês ouvido à vaidade,
ao visgo dessa amizade
terás presa tua vontade:    cuida!
Freia o excesso de tua boca,
é veneno, que na toca
da luxúria desemboca:    cuida!
Cuida de tudo que incite
teu olfato a seu limite,
o Senhor não te permite:    cuida!
Cuida do tato e o que estreita,
pois para Deus é desfeita,
e ao corpo a dor sempre espreita:    cuida!
Cuida de cada parente,
se se apossa de tua mente,
força é andares dolente:    cuida!
Cuida de quem se avizinha
tal qual formiga daninha;
a raiz em Deus definha:    cuida!
Cuida do mal pensamento,
d´alma doença e lamento:    cuida!

 

                LXXVII

                   Ó amor mudo,
                não queres falar,    pois te pões desnudo!
                   Ó amor oculto    ´stação a estação,
                que ninguém perceba    a tua afeição,
                não tentes ladrão,
                pois o que ganhaste    levaria, tudo!
                   Tanto mais oculto    em foto forceja:
                quanto mais se esconde,    mais fogo lampeja:
                porém na peleja
                de falar se fere,   baixando seu escudo.
                   Quem corre a dizer    seu entendimento,
                bem que seja puro    o primeiro intento,
                vem de fora o vento
                e vai dissipando    o caro conteúdo.
                   Quem tiver aceso    lume numa vela,
                se quer que arda em paz    trata de escondê-la,
                tranca a porta e vela,
                que o sumo se apaga    se venta a miúdo.
                   Amor assim torna    silentes ao ais,
                vigiando à porta    não cede jamais:
                e ali dentro os traz;
                do que prova a mente    não relaxa o estudo.
                   Se escapa um só ai,    vai com ele a mente,
                vai ligeira e vã,    desdenha o presente;
                depois se ressente,
                não achando o que    tivera contudo.
                   Amor assim tolhe    toda hipocrisia:
                deixa seu cuidado,    ao largo te avia;
                e a glória vazia,
                mendaz, ele vence,    e seu gume agudo.

 

Página publicada em março de 2018

  

 

 

               

                       

 

 



 

 

 
 
 
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