| POESIA MUNDIAL EM PORTUGUÊS 
 
 
 Fonte: https://pt.wikipedia.org   GUIDO CAVALCANTI     Guido  Cavalcanti (Florença, c. 1255 - Florença, 1300) foi um importante poeta  italiano. Rime di Guido  Cavalcanti, 1813 Oriundo de  uma nobre família guelfa branca que, em 1260, foi arruinada pela derrota guelfa  na Batalha de Montaperti, entre as oponentes Florença e Siena. Seis anos  depois, em seguida à Batalha de Benevento, os Cavalcanti reconquistaram sua  posição social e política em Florença. Em 1267,  Guido casa-se com Bice, filha do chefe da facção gibelina, Farinata degli  Uberti e, em 1280, estará entre os signatários da paz entre guelfos e  gibelinos; quatro anos depois, fará parte do Conselho Geral da Comuna de  Florença. Em 24 de  junho de 1300, Dante Alighieri, prior de Florença, é obrigado a mandar para o  exílio o amigo Guido, juntamente com os chefes das facções branca e negra,  depois de novos confrontos. Em 19 de agosto, sua pena é revogada em razão do  agravamento de suas condições de saúde (provavelmente contraíra malária). Morre  em 29 de agosto, poucos dias depois de voltar a Florença.   É citado por  Dante no célebre nono soneto das Rimas ("Guido, i’ vorrei che tu e Lapo ed  io fossimo presi per incantamento,e messi in un vasel ch’ad ogni vento per mare  andasse al voler vostro e mio..."), [1] em que Dante se refere a Guido e a  Lapo Gianni. Também é  citado na Divina Comédia (Inferno, canto X e Purgatório, canto XI) e em De  vulgari eloquentia. Boccaccio também se refere a ele no Comentário à Divina  Comedia e em uma novela do Decameron. Sua poesia  tem ritmo suave e leve que pode parecer banal mas na realidade esconde uma  grande retórica.   TESTI IN LINGUA ITALIANA  -  TEXTOS EM PORTUGUÊS   MEUS VERSOS DOS OUTROS. Traduções de poetas italiano por Oscar  Dias Corrêa. Edição  bilíngue.  Rio de Janeiro: Academia  Brasileira de Letras, 1999. 250 p.   (Coleção Afrânio Peixoto, 46)   14,5 X 18 cm.  ISBN  85-7440-018-1   Ex. bibl. Antonio Miranda   RIME  IV   Chi  è questa che ven, ch'ogn'om la mira,e fa tremar de chiaritate l'are,
 e mena seco Amor, si che parlare
 nuli'uomo potè, ma ciascun sospira?
 De! che rassembla quando li occhi gira!
 dical Amor, ch'i noi savia contare:
 cotanto d'umiltà donna mi pare
 checiascun'altrainvèrdi lei chiam'ira.
 No se porìacontar la sua piacenza,
 ch'alei s'inchina ogni gentil vertute
 e la beltade pera sua dea la mostra.
 Non fu si alta già la mente nostra,
 e non si pose in noi tanta salute
 che propriamente n' avian conoscenza.
     RIMAS   IV          Para  Britto Velho. 
 Quem  é esta que vem, que a gente a mira, e faz tremer de claridade o ar,
 e traz consigo Amor, já que falar
 nenhum humano pode, mas suspira?
 Deus! que parece quando os olhos gira!
 Diga-o Amor - não saberei contar:
 tanta humildade tem em seu olhar,
 que as outras, perto dela, clamam ira!
 Impossível contar o seu encanto,
 que, diante dela, inclina-se a virtude,
 e a beleza como sua deusa a sente.
 Não é, porém, tão alta a nossa mente,
 e não existe em nós tanta saúde,
 que nos permita conhecê-la tanto!
     Página publicada em janeiro de 2019       
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