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Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 
POESIA MUNDIAL EM PORTUGUÊS

e. e. cummings

 

Edward Estlin Cummings, usualmente abreviado como e. e. cummings, em minúsculas, como o poeta assinava e publicava, (Cambridge, Massachusetts, 14 de outubro de 1894 — North Conway, Nova Hampshire, 3 de setembro de 1962) foi poeta, pintor, ensaísta e dramaturgo norte-americano. Tendo sido, principalmente, poeta, é considerado por Augusto de Campos um dos principais inovadores da linguagem da poesia e da literatura no século XX

A poesia de vanguarda, a rejeição e a reabilitação

Cummings é conhecido do grande público pelo estilo não usual utilizado na maior parte de seus poemas, que incluem o uso não ortodoxo tanto das letras maiúsculas e minúsculas quanto da pontuação, com as quais, inesperadamente, de forma aparentemente errônea, para o leitor desavisado a ponto de não compreender a essência da própria linguagem verbal tal como captada pelo poeta, é capaz de interromper uma frase, ou mesmo palavras individualmente; explora fonemas individuais para chegar ao "microritmo". Desta forma, alguém poderia criticar o poeta como um "poeta para poetas", ou seja, um poeta que exige a leitura de um especialista. Após alguns esforços, porém, seus poemas mais inusuais são de leitura bastante simples e fluente. Muitos de seus poemas possuem, também, uma distribuição tipográfica não-linear. Através desta distribuição não-usual, aliada aos recursos anteriormente citados, é possível perceber de que forma a linguagem verbal se forma a partir do nosso inconsciente, resultando, porém, em um texto altamente objetivo, ao mesmo tempo que expressivo.

O primeiro livro de cummings é publicado em 1923, quando o Surrealismo começa a delinear-se como a vanguarda predominante. Preocupados basicamente em desenvolver uma revolução do conteúdo, os surrealistas se afastam da revolução estrutural das primeiras décadas do século XX. Cummings, no entanto, segue em outra direção, aprofundando o legado destas últimas de forma mais "construtivista", tal como o fizeram o cubismo e Kurt Schwitters.

Ainda assim, nos anos seguintes cummings teve muita dificuldade em atingir publicação de seus poemas, sofrendo os seus poemas mais inovadores muita rejeição nos EUA, mesmo de críticos que o admiravam em parte, como T.S. Eliot. A partir da década de 1950 começa, de forma gradual, a reabilitação do poeta, tendo, possivelmente, sido influenciada pela movimento da poesia concreta, que obteve grande repercussão mundial e o citava como um dos seus precursores.

Apesar da afinidade de cummings com as antigas vanguardas "positivas" do início do século XX e de sua tipografia não usual, parte de seu trabalho é mais tradicional, em verso livre ou poesia em prosa, apresentando, inclusive, poemas em formato de soneto. Seus poemas com frequência tem como pano de fundo o amor e a natureza. Muitos exploram como tema, de forma irônica, o relacionamento do indivíduo com as massas e com o mundo, a crítica aos sistemas político e econômico ocidentais, o conservadorismo (principalmente político) e ao progresso meramente tecnológico.

Durante sua vida ele publicou mais de 900 poemas, dois romances, diversos ensaios e também inúmeros desenhos, sketches e pinturas. É lembrado como uma das vozes mais importantes da literatura do século XX.

Entre outros elogios, Ezra Pound disse que não houve na história nenhum tradutor melhor de Catulo para o inglês, o que necessitaria, naturalmente, grande habilidade poética.

Biografia e foto: Wikipedia

 

 

                SONETO 

 

Não será sempre assim... Quando não for,
Quando teus lábios forem de outro; quando
No rosto de outro o teu suspiro brando
Soprar: quando em silêncio, ou no maior

Delírio de palavras desvairando,
Ao teu peito o estreitares com fervor;
Quando, um dia, em  frieza e desamor
Tua afeição por mim se for trocando:

Se tal acontecer, fala-me.  Irei
Procurá-lo, dizer-lhe num sorriso:
“Goza a ventura de que já gozei.”

Depois, desviando os olhos, de improviso,
Longe, ah tão longe, um pássaro ouvirei
Cantar no meu perdido paraíso.

                   Tradução de MANUEL BANDEIRA.

 

REVISTA DE POESIA E CRÍTICA. N. 12 -  Brasília, maio 1987*.  Diretor  Responsável: José Jézer de Oliveira.
* Esta data aparece como uma errata, mas no exemplar impresso aparece Dezembro 1986.                           Ex. bibl. Antonio Miranda

 

 

 

         in time ofd daffodils (who know
the goal of living is to grow)
forgetting why, remember how

in time of lilacs who proclaim
the aim of waking is to dream,
remember so (forgetting seem)

in time of roses (who amaze
our now and here with paradise)
forgetting if, remember yes)

 

       in time of all sweet things beyond
whatever mind may comprehend,
remeber seek (forgetting find)

and in a mystery to be
(when time from time shall set us free)
forgetting me, remember me

 

 

 

             Tradução de Geraldo Vidigal:

 

              ante os narcisos (tempo e ser,
que o fim da vida é florescer)
recordar como ou esquecer

 

             ante os lilases (tempo e amar
o alvo da aurora, que é sonhar)
esquecer por, mas recordar

diante da rosa (tempo a abrir
com o paraíso, o agora e aqui
recordar sim, esquecer-se

ante doçuras de que nunca
a alma no tempo se confunda
esquecer (recordar a busca)

e em misterioso vir a ser
(do tempo, o tempo a se escoar),
me recordar, quando esquecer

 

 

 

DUAS PALAVRAS:  Uma publicação da Biblioteca Pública Estadual Luis de Bessa. Belo horizonte, MG; 1984-  V.1 –No. 1 - Dezembro 1984 – N. 09 839                      Ex. bibl. Antonio Miranda

 

kumrads die because they´re told
kumrads die before they´re old
(kumrads aren´t affraid to die
kumrads don´t
and kuradas won´t
believe in life)  and death knows whie

(all good kumrads you can tell
by their altruistic smell
moscow pipes good kumrads dance)
kumrads enjoy
s. freud knows whoy
the hope that you may mess your pance

every kumrad is a bit
of quite unmitigated hate
(travellinga in a futile groove
god knows why
and so do i
(because the are afraid to love

 

 

dim
i
nu
tiv

e tjos par is e
mpty (everyb
ody´s elsewher
e except me 6 e

nglish sparrow
s) a
itumn & t
h erai

 

n
th
e
raintherain

 

 

============================

 

camaradas morrem porque lhes mandaram)
camaradas morrem antes de envelhecer
(camaradas não têm medo de morrer
camaradas não
camaradas não
acreditam na vida) e a morte sabe a razão

(todo bom camarada você adivinha
por sua altruística morrinha
o bom camarada dança a gaita moscovita)
camarada aprecia
s. freud já sabia
a esperança de que você perca sua mamita

todo camarada é um naco
de ódio inconsolável
(viajando na rotina fútil
deus sabe bem)
e eu também
(do amor que eles temem

 

             Tradução: Tonico Mercador

------------------

 

Min
us
c
ul

o este parque v
azio (tod
os long
e exceto eu e 6 p.

ardais inglese
s) o
utono & a
chu

v
a
a
chuvaachuva

 

       Tradução: Rogério Silveira Muoio 

 

DUAS PALAVRAS:  Uma publicação da Biblioteca Pública Estadual Luis de Bessa. Belo Horizonte, MG; 1983-  v.1 –No. 2 – Dezembro 1985                                     Ex. bibl. Antonio Miranda

 

One

t

hi

s

 

snowflake

(a
li
ght
in
g)

is upon a gra

v
es
t

 

one

 

 

 

de

 

n
ev
e

o floco

(r
el
âmp
ag
o)

sobre a

l
áp
i

de.

 

  

          Tradução:  Marcus Vinicius de Faria

 

TEXTS IN ENGLISH  -  TEXTOS EM PORTUGUÊS

 

NANICO  - agosto – homeopatia cultural – 1999.  No. 20     São Paulo: Editora Oficina do Livro Rubens Borba do Amara., setembro 1999.  64 p.                              Ex. doado por ALEX COJORIAN

 

                              e. e. cummings  (11 poemas )

 

        I was considering how
within night´s loose
sack a star´s
nibbling in-

fin
- in -
tes-
i
-mal-
ly devours

darkness the
hungry star
which
will e

-ven
tu-
al
-ly jiggle
the bait of
dawn and be jerked

into

eternity.  when over my head a
shooting
star
Bur             s

(t
into a stale shriek
like an alarm-clock)

                                             ***

home means that
when the certainly
roof leaks it
´s our(home

means if any moon
or possibly
sun shines they are
our also my

darling)but should some im
probably
unworld crash
to I

monillion(&  so)nothings 
each(let´s
kiss)means
home
***

 

       pieces (in darker
than small is dirtiest
any city´s least
street)of mirror

lying are each(why
do people say it´s un
lucky to break one)
whole with sky
***

my sweet old etcetera
aunt lucy during the recent

war could and what
is more did tell you just
what everybody was fighting

for,
my sister

isabel created hundreds
(and
hundreds)of socks not to
mention shirts fleaproof earwarmers

etcetera wrister etceteras,my

mother hope that

i would tie etcetera
bravely of course my father used
to become hoarse talking about how it was
a privilege and if only he
could meanwhile my

self etcetera lay quietly
in the deep mud et

cetera
(dreaming,
et
cetera,of
Your smile
eyes knees and of your Etcetera)

                                ***
you no

tice
nobody
y wants

Less(not to men

tion least i
ob
serve no

body wants Most

(not
putting it mildly)
much)

may

be be
cause
ever

ybody

wants more
(& more  &
still more)what  the

hell are we all morticians?

***          

Spring is like a perhaps hand
(which comes carefully
out of Nowhere)arranging
a window,into which people look)while
people  stare
arranging and changing placing
carefully there a stange
thing and a known thing here)and

changing is like perhaps
Hand in a window
(carefully to
and fro moving New and
Old things,while
people stare carefully
moving a perhaps
fraction of flower her placing
an inch of air there)and

without breaking anything.

***

              nobody loses all me the time

I had an uncle named
Sol who was a born failure and
nearly everybody said hse should have gone
into vaudeville perhaps  because my Uncle Soul
[could
sing McCann He Was A Diver on Xmas Eve like
Hell itself which
may or may not account for the fact that my
[Uncle

Sol indulged in that possibly most inexcusable
of all to use a highfalootin phrase
luxuries that is or to
wit farming and be
it needlessly
added

my Uncle Sol´s farm
failed because the chickens
ate the vegetables so
my Uncle Sol had a
clicken farm till he
skunks ate the chickens when

my Uncle Sol
had a skunk farm but
the skunks caught cold and
died and so
my Uncle Sol  imitated the
skunks in a subtle manner

of by drowning himself in the watertank
but somebody who´d given my Uncle Sol a Victor
Victrola and records while he lived presented to
him upon the auspicious occasion of his decease
[a
scrumptious not to mention spledifereous funeral
[with 
tall boys in black gloves and flowers and every-
[thing and

I remember we all cried like the Missouri
when my Uncle Sol´s coffin lurched because
somebody pressed a button
(and down went
my Uncle
Sol

and started a worm farm)     

 

TEXTOS EM PORTUGUÊS
Tradução de CARLOS LORIA


estava a considerar como
dentro do saco solto da
noite uma estrela
a beliscar in-

fin
-i-
tes-
i
-mal-
mente devora.

a escuridão a
ávida estrela
que
vai f

-in
al-
me
-nte morder
a isca do
dia e ser lançada

na

 eternidade.  quando em minha cabeça uma
estrela
cadente
Estal    o

(tu
num berro rouco
como um despertador

***

casa quer dizer que
quando por certo
fura o telhado
e a nossa (casa

quer dizer se uma lua
ou talvez
sol bilha são
nossos também minha

querida)mas se algum im
provavelmente
inmundo se estilhaçar      
em 1

milhão(& tantos)nadas
cada(dá um
beijo!)quer dizer
casa
***
cacos(em escura
mais que curta a mais suja
da cidade a menor
rua)de espelho

estão cada um(por que
se diz que é má
sorte quebra-los)
de céu inteiros

***      

minha velha etcétera
doce tia Lucy durante a 1a.

guerra podia dizer e o que
é mais disse exatamente
porque todo o mundo estava

lutando,
minha irmã

izabel fazia centenas
(e
centenas)de metas para não
falar de camisas aquecedores de orelhas à prova de
pulgas

     etcétera punhos de lã etcétera,mina

mãe esperava que

      eu fosse morrer etcétera
bravamente é claro meu pai costumava
ficar rouco falando sobre como isso era
um privilégio e se ele pudesse
ao menos enquanto eu

lá etcétera quieto
metido na lama et-

cétera quieto
metido na lama et-

cétera
(sonhando,
et-
cétera,com o
Teu sorriso
olhos joelhos e com a tua Etcétera)

***                

       dá pra

notar
ninguém
quer

Menos(pra não dizer

o mínimo)& eu
observo
ninguém

quero Mais

(pra não dizer
muito
ao contrário)

talvez

porque
toda a
gente

sempre

quer mais
(& mais &
ainda Mais)vai querer mais assim

lá na Funerária Samuel Salim Ilimitada!

***

a Primavera é como uma mão talvez
(que chega cuidadosamente
de Lugar nenhum)compondo
uma janela, para dentro da qual as pessoas
olham(enquanto
as pessoas pasmam
arrumando e mudando colocando
cuidadosamente lá uma coisa
estranha e aqui uma coisa conhecida)e

mudando tudo cuidadosamente

a primavera é como uma
Mão numa janela talvez
(cuidadosamente pra lá
e pra cá movendo coisas Novas e
Antigas,enquanto
as pessoas pasmam cuidadosamente
movendo talvez uma
fração de flor aqui colocando
lá uma polegada de ar)e

sem quebrar coisa alguma.

***

*

 

 

Página publicada em outubro de 2021

 

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*página ampliada em maio de 2021

 

Página publicada em setembro de 2018

 

 


 

 

 
 
 
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