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Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 
POESIA MUNDIAL EM PORTUGUÊS


DYLAN THOMAS

 

 

Dylan Marlais Thomas (Swansea, 27 de outubro de 1914 – Nova Iorque, 9 de novembro de 1953) foi um poeta galês.

 

Seu pai era professor da escola primária local e costumava lhe recitar Shakespeare antes que ele pudesse ler.

 

Apesar de tanto seu pai e sua mãe falarem galês, tanto Dylan como sua irmã nunca aprenderam a língua e Dylan escreveu exclusivamente em inglês.

 

Fascinado pela língua, ele se destacou em inglês e literatura, porém negligenciava as outras matérias, largando a escola com dezessete anos para se tornar repórter junior no Daily Post.

 

Em dezembro de 1932, ele deixou o trabalho e decidiu concentrar-se na sua poesia em tempo integral. Foi durante esse tempo, que Thomas escreveu mais de metade dos seus poemas.

 

Em 1934, quando Thomas tinha vinte anos, mudou-se para Londres, ganhou o prêmio Poet's Corner livro, e publicou seu primeiro livro, 18 Poemas, com grande sucesso. O livro era uma coleção de cadernos de poesia que Thomas tinha escrito anos antes, assim como muitos de seus livros mais populares. Durante este período de sucesso, Thomas começou também o hábito de abuso de álcool.

 

Ao contrário de seus contemporâneos, Thomas Stearns Eliot e W.H. Auden, Thomas não estava preocupado com a exibição de temas de questões sociais e intelectuais, e sua escrita, com o seu lirismo intenso e altamente carregada emoção, tem mais em comum com a tradição romântica. Seus poemas demonstravam influências célticas, bíblicas e do surrealismo inglês.

 

Aos 35 anos, em 1950, o poeta visitou os Estados Unidos pela primeira vez. Teatral, romântico e dado a porres homéricos, ele se tornou uma figura lendária nos EUA e isso ajudou sua divulgação para o mundo. Thomas tornou-se um ídolo para a geração dos poetas da chamada Geração Beat.

 

Ele arrebatava plateias com sua voz grave ao ler seus versos em teatros e universidades. Sua influência se espraiou até a música pop. Sabe-se que o jovem cantor e compositor americano Robert Allen Zimmerman adotou o nome Bob Dylan em homenagem ao bardo galês.

 

Dylan Thomas morreu de alcoolismo, aos 39 anos. Consta que, no dia de sua morte, já com sérios problemas de saúde, ele teria ingerido 18 doses de uísque.

Fonte: wikipedia

 

 

 

Veja também – See also – Visual Poems –DYLAN THOMAS

 

TEXTS IN ENGLISH     -    TEXTOS EM PORTUGUÊS

 

 

Extraído de

 

 

POESIA SEMPRE  - Ano 6 – Número 9  - Rio de Janeiro - Março 1998. Fundação BIBLIOTECA NACIONAL – Departamento Nacional do Livro -  Ministério da Cultura.  Ex. bibl. Antonio Miranda

 

 

 

And Death Shall Have no Dominion

 

And death shall have no dominion.
Dead men naked shall be one
With the man in the wind and the west moon;
When their bones are picked clean and the clean bones gone.
They shall have stars at elbow and foot;
Though they go mad they shall be sane,
Though they sink through the sea they shall rise again;
Though lovers be lost love shall not;
And death shall have no dominion.

 

And death shall have no dominion.
Under the windings of the sea
They lying long shall not die windily;
Twisting on racks when sinews give way,

Faith in their hands shall snap in two,
And the unicorn evils run them through;
Split all ends up they shan't crack;
And death shall have no dominion.

 

And death shall have no dominion.
No more may gulls cry at their ears
Or waves break loud on the seashores;
Where blew a flower may a flower no more
Lift its head to the blows of the rain;
Though they be mad and dead as nails,
Break in the sun till the sun breaks down,
And death shall have no dominion.

 

 

 

Ea morte não terá nenhum domínio

 

E a morte não terá nenhum domínio.
Nus, os mortos irão se confundir
Com o homem no vento e a lua do poente;
Quando seus alvos ossos descarnados se  tornarem pó,
Haverão de brilhar as estrelas em seus pés e cotovelos; Ainda que enlouqueçam, permanecerão lúcidos,
Ainda que submersos pelo mar, haverão de ressurgir; Ainda que os amantes se percam, o amor persistirá;
E a morte não terá nenhum domínio.

 

E a morte não terá nenhum domínio.

Aqueles que há muito repousam sob as dobras do mar

Não morrerão com a chegada do vento;

Contorcendo-se em martírios quando romperem os tendões,

Acorrentados à roda da tortura, jamais se partirão;

Em suas mãos, a fé irá fender-se em duas,

E as maldades do unicórnio os atravessarão;

Despedaçados por completo, eles não se quebrarão.

E a morte não terá nenhum domínio.

 

E a morte não terá nenhum domínio.

Não mais irão gritar as gaivotas aos seus ouvidos

Nem se quebrar com fragor as ondas nas areias;

Onde uma flor desabrochou não poderá nenhuma outra

Erguer sua corola para as rajadas da chuva;

Ainda que estejam mortas e loucas, suas cabeças

Haverão de enterrar-se como pregos através das margaridas,

Irrompendo no sol até que o sol se ponha.

E a morte não terá nenhum domínio.

 

Tradução de Ivan Junqueira

 

 

 

Do not Go Gentle into that Good Night

 

Do not go gentle into that good night,
Old age should burn and rave at close of day;
Rage, rage against the dying of the light.

 

Though wise men at their end know dark is right,
Because their words had forked no lightning they
Do not go gentle into that good night.

 

Good men, the last wave by, crying how bright
Their frail deeds might have danced in a green bay,
Rage, rage against the dying of the light.

 

Wild men who caught and sang the sun in flight,
And learn, too late, they grieved it on its way,
Do not go gentle into that good night.

 

Grave men, near death, who see with blinding sight
Blind eyes could blaze like meteors and be gay,
Rage, rage against the dying of the light.

 

And you, my father, there on the sad height,
Curse, bless, me now with your fierce tears,
I pray. Do not go gentle into that good night.
Rage, rage against the dying of the light.

 

 

 

Não entres nessa noite acolhedora com doçura

 

Não entres nessa noite acolhedora com doçura,
Pois a velhice deveria arder e delirar ao fim do dia;
Odeia, odeia a luz cujo esplendor já não fulgura.

 

Embora os sábios, ao morrer, saibam que a treva lhes perdura,
Porque suas palavras não garfaram a centelha esguia,
Eles não entram nessa noite acolhedora com doçura.

 

Os bons que, após o último aceno, choram pela alvura
Com que seus frágeis atos bailariam numa verde baía
Odeiam, odeiam a luz cujo esplendor já não fulgura.

 

Os loucos que abraçaram e louvaram o sol na etérea altura
E aprendem, tarde demais, como o afligiram em sua travessia,
Não entram nessa noite acolhedora com doçura.

 

Os graves, em seu fim, ao ver com um olhar que os transfigura
Quando a retina cega, qual fugaz meteoro, se alegraria,
Odeiam, odeiam a luz cujo esplendor já não fulgura.

 

E a ti, meu pai, te imploro agora, lá na cúpula obscura,
Que me abençoes e maldigas com a tua lágrima bravia.
Não entres nessa noite acolhedora com doçura,
Odeia, odeia a luz cujo esplendor já não fulgura.

 

Tradução de Ivan Junqueira

 

 

 

Lie Still, Sleep Becalmed

 

Lie still, sleep becalmed, sufferer with the wound
In the throat, burning and turning. All night afloat
On the silent sea we have heard the sound
That came from the wound wrapped in the salt sheet.

 

Under the mile off moon we trembled listening
To the sea sound flowing like blood from the loud wound
And when the salt sheet broke in a storm of singing
The voices of all the drowned swam on the wind.

 

Open a pathway through the slow sad sail,

Throw wide to the wind the gates of the wandering boat

For my voyage to begin to the end of my wound,

We heard the sea sound sing, we saw the salt sheet tell.

Lie still, sleep becalmed, hide the mouth in the throat,

Or we shall obey, and ride with you through the drowned.

 

 

 

Deita tranquilo, dorme em paz

 

Deita tranquilo, dorme em paz, tu, com tua chaga

Que arde e se retorce na garganta. Por toda a noite,

Sobre o mar silencioso, escutamos os rumores

Que vêm da chaga envolta num lençol de sal.

 

Sob a lua, distante tantas milhas, estremecemos ao ouvir

O som do mar flutuando como o sangue da sonora chaga

E quando o lençol de sal se rasgou numa tempestade de canções

 

As vozes de todos os afogados nadaram sobre o vento.

Abre uma senda através da lenta vela taciturna,

Lança ao vento, na lonjura, as rotas do barco erradio

Para que se inicie a viagem ao fim de minha chaga,

 

Ouvimos ecoar o som das ondas e o que diz o lençol de sal.

Deita tranquilo, dorme em paz, esconde a boca na garganta,

Ou teremos de obedecer, e cavalgar contigo por entre os afogados.

 

         Tradução de Ivan Junqueira

 

 

In my Craft or Sullen Art


In my craft or sullen art
Exercised in the still night
When only the moon rages
And the lovers lie abed
With all their griefs in their arms,
I labour by singing light
Not for ambition or bread
Or the stmt and trade of charms
On the ivory stages
But for the common wages
Of their most secret heart.

 

Not for the proud man apart
From the raging moon
I write On these spindrift pages
Nor for the towering dead
With their nightingales and psalms
But for the lovers, their arms
Round the griefs of the ages,
Who pay no praise or wages
Nor heed my craft or art.
 

 

No meu ofício ou arte amarga

 

No meu ofício ou arte amarga
Que à noite tarda é exercido
Quando alucina só a lua
E dormem lassos os amantes
Com as dores todas entre
os braços,
É que trabalho à luz cantante
Não pela glória ou pelo pão,
Desfile ou feira de fascínios
Por sobre palcos de marfim,
Mas pela paga mais afim
De seus secretos corações!
Não para alguém altivo à parte
Da lua irada é que eu escrevo
Os respingados destas páginas
Nem pelos mortos presumidos
Cheios de salmo e rouxinóis.
Mas para amantes cujos braços
Têm os cansaços das idades
Que não me dão louvor nem paga
Nem prezam meu ofício ou arte.

 

                  Tradução de Ivo Barroso

 

 

Página publicada em janeiro de 2018

 

 


 

 

 
 
 
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