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POESIA MUNDIAL EM PORTUGUÊS

Foto: https://br.images.search.yahoo.com 

ALBERTO ARECCHI

(Itália)

 

É um arquiteto italiano, mora na cidade e Pavia. Tem uma longa experiência em projetos de cooperação par desenvolvimento de vários países africanos, trabalhando como professor e especialista em tecnologias apropriadas para o planejamento de habitat.
Voltando à Itália, atuou como profissional liberal, interessando-se sobretudo na restauração de monumentos históricos.
Ensinou em diferentes institutos superiores: História da Arte, Desenho e Técnicas de Construção.
Fundador e Presidente, desde 1994, da Associação Cultural Liutprand, de Pavia, que edita estudos sobre a história local e as tradições inter-culturais. Escreve contos e poemas em italiano, português, espanhol, francês e inglês, ganhando prêmios, com novelas e poemas.
 

 

NOVO DECAMERON. Antologia poética. Org. Rodrigo Starling, 2021. 235 p.   ISBN  978-65-994-783-7-6-1     No. 10.253
Inclui o poema Pandemia Pandemônio, de Antonio Miranda, p. 42-44.

 

SARAIVA DE DIAMANTES

Gotas geladas, duras como diamantes.
Onde batiam, deixavam marca.
Vidros das janelas quebrados,
telhados esburacados,
guarda-chuvas rachados
como peneiras.
Os telhados dos carros ficavam
transformados em enormes dedais.
As folhas da árvores foram estripadas
como se foram golpeadas
por tiros de metralhadoras.
Então um vento forte levantou-se,
carregando de todos os lados
os fragmentos da cidade.
Folhas de cadernos voavam
com registros fiscais,
como papagaios leves,
num enorme furacão,
levantados do chão até às nuvens.
Parecia o fim do mundo.
Neste ponto, você esperava
se transformasse em algo
bonito ou terrível.
Esperava a bolha de lixo explodir,
transformando-se em um dragão monstruosos,
ou rosas e flores desabrochar,
tremulando em música celestial
nas encostas do morro artificial.
Nada disso, queridos amigos.
Nem a chuva de diamantes
nem o vento libertador
que rasgou a cidade em pedaços
não tiveram efeito nenhum
na colina encharcada de odores.
Maciça, elefantina, fedorenta,
a lixeira resistiu a tudo:
permaneceu, triste e sombria,
para referência futura.

 

*

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Página publicada em dezembro de 2021

 

 

 
 
 
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