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POESIA BRASILIANA – POETI BRASILIANI

POESIA BRASILIANA – POETI BRASILIANI
Traduzioni di Giampaolo Tonini


LÉLIA COELHO FROTA

(Lelia Gotijo Soares) N. a Rio de Janeiro. I´11 Iuglio 1937.  Poetessa, saggista, critico d´arte. Laureata in Museologia presso il !Museu Histórico Nacional” (Rio de Janeiro, 1964), si è perfezionata nel “Mus´-ee des Arts et Traditions Populaires” di Parigi e nel “Centro de Antropologia Cultural” di Lisbona.  Dal 1971 e nei ruoli tecnici del “Patrimônio Histórico e Artístico Nacional”. É stata Direttrice dell´Instituto Nacional do Folclore (1980-1982) e dell´Instsituto Brasileiro do Patrimônio Cultural” (1990-91).

EN ITALIANO  /  EM PORTUGUÊS
 

Ballata della cinica signorina di Malacachita

Conoscete voi,
spazzinbi e menestrelli
questa cinica signorina
che è giunta ieri da Malacachita
in visita al re che nos so?

Quelle che accarezza lontre
e si agita afflitta
nella sua stanza di quarzo
tra scimmiette sparse
sui crini languidi
di cavalli zoppi
che trainano gondole?

Conoscete voi,
spazzini e menestrelli
questa cinica signorina
che aveva potuto sognare a Madrid
un torero per il suo safári
che percorse ilmare tra l´ostrica
e il cinghiale?

Conoscete, conoscete voi,
sottili spazzini, gentili menestrelli,
questa cinica signorina
senza segno e senza índole
senza stella apparente
senza sidro nella credenza
senza acqua nella pila
questa cinica signorina
a mani vuote
(cinica, cinica)
la signorina cínica
che va, e prima dell´estate:
nel volere l´istmo della passione che as
essere passione perduta
romperà la rosa che ora graziosa
esibisce sul petto —
(sul petto di merletto)
sul petto di merletto infelice e contrito
(la cinica,
cinica signorina).

E , morendo canarini insostituibili
e amando amori incorreggibili
intona ballate più che ineffabili —
conoscete voi,
timidi spazzini, sorpresi mestrelli
questa cinica signorina di Malacachita?

E si veste di seta
se ama tanto lo stampato
sperando luna piena
nella sua stanza priva di clamore
(la cinica signorina).

Spazzini menestrelli
dove gli orpelli
di cianfrusaglie e di strofe
che le vostre scene
di sempre ci mostrano?

Pieni di sorpresa
nudi contemplate
quella che  ora
si tuffa nel molo —
cinica signorina
di Malacachita
che l´onda ora scuote.


I Solisti veneti nella chiesa dei Frari


Non sono i violini, la viola d´amore
il liuto, l´oboe, il fagotto, il flauto
che suonano.
Con archi propiziatori, casse brillanti
ondate di corde,
metalli relucenti,
ritualmente i musicisti danno inizio a un gestuale silenzioso
che f ascendere dalla cupola del nulla
il suono, che atterra sulle arcate.


Occluso

la faoresta – verde
unida epidermide.
La capella rósea,
su qualche nuvola
la statua bendata.
Sempre in diesis
l´area cascata.
E il trillo del Grillo
(nel maggior segreto)
giusto del muschio:
frêmito
minuscolo, teso.
Gocciolante lino
sui corpi chiari
e le mani a riposo
nella quiete tenue
dell´erba sensitiva,
e gli impercettibili
sospsiri nel limo.
E nella pervinca
dal plurale silenzio
egeo, vegetale,
gli innamorati
rinnovano il tempo
in un solo crisólito
di muto colloquio
bianco e malinconico
come fossero due note
in velato accordo
fossero due ali
in volo perduto
fosse il diamante
e due faccette
(magica lente
a fraseggiar l´oscuro
con l´incantata luce)
fosse lo stessa grave
commessura in cui
le labbra si chiudono
nel segreto incredibile
del più puro amore.


Persefone


Sfaldante
Spessente
Tamponante
Spellante
Mestruo
Mostro
Plutone tigra
Tinge il lino di sangue
Precipita
Fonda la tenebra
nella forza
dell´abbraccio di brace, trifasico.

La rossa granta
dischiude,
morde:
la luna fulva con me purpurea.

La língua del Dio, antiintima
perfora la membrana della fuga
apre la mano che trattenava
il segreto, seme della sua fame.
Mostra,
trae. Parla.
E nel corpo della preda accende
il gande anemone vermiglio.

La pelle si veste di papaveri,
cede. Il verde irrompe dalla bocca, eraba, sale per la terra.

Saper
dire il mio nome devo
a colui che a forza di Cavalli
di nuote, di rapimento, di abisso
dalla casa materna mi trascinò
giovinetta, ninfa, giuù nel Tartaro
quando io, distratta, correvo per cogliere l´asfodelo e il giacinto.


Ad usum

Il mio mestiere è di parole
che sol sussultano al rumore
dell´amore.

Il mio mastiere è da missione
segreta, in questo mio andare:
ricordare.

Il mio mestiere ignora
qualsiasi modo di riposare:sognare?

Nel mio mestiere è che si apprende
dentgro — terra e oltremare —
a guardare.

La sua gioia è di un minuto
e niente la può compensare:
cantare.

Tra un minuto e l´altro scorrono
nubi d´immenso aspettare:
durare.

Il mio mestiere è di saper
morire, e nelle pietre intagiliare:
passare.

[POETI  BRASILIANI CONTEMPORANEI a cura di Silvio Castro, traduzioni i Giampaolo Tonini.  Venezia: Centro Internzionale della Grafica di Venezia, 1997.  (Quaterni Internazionali di Poesia – 1) Opera pubblicata con contributo del Ministério da Cultaura do Brasil / Fundação Biblioteca Nacional / Departamento
Nacional do Livro.

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EM PORTUGUÊS

Balada da cínica senhorita de Malacachita

Conheceis vós,m
garis  e menestréis,
esta cínica senhorita
que chegou ontem de Malacachita
de visita ao rei que não sei?

Aquela que afaga lontras
e se agita aflita
em seu quarto de quartzo
entre sagüis esparsos
sobre as crinas lânguidas
de cavalos mancos
que carreiam gôndolas?

Conheceis vós,
garis e menestréis
esta cínica senhorita
que houvera sonhar em Madri
um toureiro para o seu safári
que percorreu o mar entre a ostra
e o javali?

Conheceis , conheceis vós,
sutis garis, amáveis menestréis,
esta cínica senhorita
sem signo e sem índole
sem estrela aparente
sem sidra no armário
sem água na pia
esta cínica senhorita
de mão vazia
(cínica cínica)
a senhorita cínica
que vai, e antes do estio:
no querer o istmo da paixão que sabe
ser paixão perdida
vai partir a rosa que ora donairosa
exibe no peito —
(no peito de renda)

no peito de renda mofino e contrito
(a cínica,
cínica senhorita).

E ao morrer canários insubstituíveis
e amar amores incorrigíveis
entoa baladas mais doe que inefáveis —
conheceis vós,
tímidos garis, surpresos menestréis
esta cínica senhorita de Malacachita?

E põe vestido de seda
se gosta tanto de chita
apostando lua cheia
em seu quarto nu de grito
(a cínica senhorita).

Garis menestréis
onde os ouropéis
de caco e de estrofe
que os vossos painéis
de sempre nos mostram?

Crus de surpresa
nus contemplais
aquela que agora
mergulha no cais —
cínica senhorita
de Malacachita
que onda agora agita.


I Soliste veneti na igreja dos Frari

Não são os violinos
o alaúde, o oboé, o fagote, a flauta
que tocam.
Com arcos propiciatórios, caixas brilhantes,
ondeadas de cordas,
metais reluzentes,
ritualmente os músicos dão início a um gestual silencioso
que faz descer da cúpula do nada
o som, aterrissando nas arcadas.


Ocluso


A floresta – verde
úmida epiderme.
A capela rósea,
sobre alguma nuvem
a estátua vendada.
Sempre em sustenido
a aérea cascata.
E o trilo do grilo
(no maior sigilo)
exato no musgo:
estremecimento
minúsculo, tenso.
Gotejante linho
sobre os corpos claros
e as mãos em descanso
no remanso tênue
da erva sensitiva,
e os imperceptíveis
suspiros no limo.
E pela pervinca
do plural silêncio
egeu, vegetal,
os apaixonados
restauram o tempo
em um só crisólito
de mundo colóquio
branco e malincônico
fossem duas notas
de velado acorde
fossem duas asas
num vôo perdido
fosse o diamante
de duas facetas
(mágica luneta
a frasear o escuro
da encantada luz)
fosse o mesmo anjo
nas pupilas vagas
do desmemoriado
fosse a mesma grave
comissura em que
os lábios se fecham
no segredo incrível
do mais puro amor.


Perséfone

Esfoliante
Espessante
Tamponante
Esfolante
Mênstruo
Plutão tigra
Tinge o linho de sangue
Precipita
Funda a treva
na força
do abraço áscuo, trifásico.

A rubra romã
entreabre,
morde:
a lua ruiva comigo fulva.

A língua do deus, anti-íntima
perfura a membrana da fuga
abre a mão que retinha
o segredo, grão de sua fome.
Ensina,
tira. Fala.
E no corpo da presa acende
a grande anêmona vermelha.
A pele se veste de papoulas.
dá. O verde rompe da boca, erva, sobe pela terra.

Saber
dizer meu nome devo
àquele que a poder de cavalos
de rodas, de rapto, de abismo
da casa materna me arrastou
menina, ninfa, para o Tártaro
quando eu, distraída, corria para colher o asfódelo e o jacindo.


Ad usum


O meu ofício é de palavras
que só estremecem ao rumor
do amor.

O meu ofício é de missão
secreta, sob a capa do ar:
lembrar.

O meu ofício desconhece
qualquer das formas de folgar:
sonhar?

No meu ofício é que se aprende
por dentro — terra e ultramar —
a olhar.

Sua alegria é de um minuto
e nada a pode compensar:
cantar.

Entre um minuto e outro perpassam
nuvens de tamanho esperar:
durar.

O meu ofício é de saber
morrer, de nas pedras gravar:
passar.

 

Página publicada em dezembro de 2008




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