Home
Sobre Antonio Miranda
Currículo Lattes
Grupo Renovación
Cuatro Tablas
Terra Brasilis
Em Destaque
Textos en Español
Xulio Formoso
Livro de Visitas
Colaboradores
Links Temáticos
Indique esta página
Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Foto: Wikipedia

 

propósito

Poema de Antonio Miranda

     Dê-me a mão
a ver florescer o mandacaru,
a ver o algodão brotar da terra,

Os agaves enfileirados militarmente,
agressivos, apontando suas espadas.

Venha ver o São Francisco
colossal, encurralando em Paulo Afonso
esparramado mais adiante:
e é o mesmo rio!
O da garganta rouca e trêmula
e a placidez
sob a alvura dos saveiros
— triangulares, arquejantes velas,
em Propriá, em Penedo.

Eu te quero mostrar
desta janela em hotel beira estrada,
desta casas de estudantes,
desta pensão gaúcha,
deste albergue noturno em Curitiba,
ou desta rede de pouso
a cara íntima de minha gente.

Sem estabelecer horários,
sem organizar rígidos itinerários
como as agências de turismo,
porque a gente que buscamos
resiste aos protocolos,
odeia toda burocracia,
deve ser vista de surpresa
e sem compromissos.

Depois vejamos Mossoró:
o gesso em que forjamos os homens,
o sal com que os temperamos
e a carnaúba,
abanos da seca,
e o abandono da terra,
agreste, cactosa, por reflorestar.

É inverno
e também há chuvas,
raras, com precipitação gaga
e acidental:
para o monopólio da terra,
alheia à exploração do sol
(curtindo o dorso nu dos salineiros).

 

                              Mossoró, RN, 19.02.1963
                                Escrito em viagem aos 22 anos de idade.


 

 

 
 
 
Home Poetas de A a Z Indique este site Sobre A. Miranda Contato
counter create hit
Envie mensagem a webmaster@antoniomiranda.com.br sobre este site da Web.
Copyright © 2004 Antonio Miranda
 
Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Home Contato Página de música Click aqui para pesquisar