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Ilustração:  “Subterrâneos”, 2010, do mestre RUBEN GRILO

PER VER SOS XXIV

CONSELHO

Poema de Antonio Miranda

                 Não leve a sério os homens sérios.

              Não leve a sério a poesia,
           as pregações do profeta
        que projeta futuros
      as juras de amor

      autoflagelações

      Coisas assim:
      o amor redime ou oprime, o perdão
      é melhor para quem perdoa
         nada como um dia depois do outro
            — para quem sobrevive ao outro dia.

               Não acredite em quem acredita
                   não ponha a mão no fogo
                       por quem quer que queira

                           Nem jure pelo amor de Deus.


        (De Per ver sos. Brasília, DF: Thesaurus, 2003. Edição comemorativa dos 50 anos de criação literária do Autor).

 

          “ O texto como um todo gira em torno de uma significativa isotopia: a negação. Esse signo é importante pelo fato de ele ser uma característica precípua na antipoesia. Percebamos que a seriedade é desmoralizada porque é constituída de limites e normas. A sentença sígnica “não leve a sério” repete-se anaforicamente no segundo verso é recuperada por um processo de coesão textual elíptica, ou, numa linguagem estilística, através de uma zeugma, na terceira e sexta linhas. Logo em seguida, na terceira estrofe, a voz poética põe em oposição essas sentenças citadas com a postura que deve ser absorvida: “o segredo é ser leve”, “desvestir-se de crendices”, “e superstições”, “autoflagelações”. De início ao fim do antipoema, o eu enunciador vai sugerindo o desapego ou a negação a situações como que o ser humano é leva a acostumar-se, por, “nada como u dia depois do outro”.
          Além disso, no aspecto formal, o antipoeta não apenas rompe com os versos metrificados como também com a tradicional linearidade das estrofes sempre principiadas pela margem esquerda da lauda. Do conteúdo à forma, visou-se à ruptura e, principalmente, expuseram-se os pontos que devem ser atingidos e modificados.”

In: DIAS JUNIOR, Valter Gomes. A poesia de Antonio Miranda e suas intersemioses. João Pessoa, PB: Universidade Federal da Paraíba, Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes, Departamento de Pós-graduação em Letras, 2014.  268 p. Tese de doutorado defendida com Louvor.


 

 

 
 
 
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