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PANTANAL – MAR DE XARAÉS

 

Poema de Antonio Miranda

 

para o Reitor Pedro Chaves dos Santos Filho - UNIDERP

 

 

vêem chuvas inclementes, suores, temores

na estação das águas incessantes, águas

vazantes, tamanhas águas, emendadas.

 

águas subterrâneas, aflorantes, sazonais

desde os limites do Alto Paraguai

—capivaras, veados saltitantes, serpentes ondulantes.

 

águas formando banhados,  extravagantes,

cobrindo pastos, terras afogadas, águas

inundando as várzeas, baixios,  águas!!!

 

águas intermináveis interligando corixos,

vastidões, descampados,  animais assustados,

os peixes excitados, jacarés expectantes.

 

garças, tuiuiús, siriemas errantes.

tamanduás,  araras azuis,  coatis, piranhas.

poças, lagos, vertentes, afluentes — o Pantanal.

 

inundados caminhos, as passagens

interrompidas,  águas correntes, torrentes,

aves em debandada, os homens ilhados.

 

tropeiros em comitivas, vão migrando

com o gado, a natureza impondo-se

sobre qualquer vestígio de civilização.

 

Êxodo e desolação até que a estação estanque, reverta:

um pranto copioso, saudoso, pungente,

uma guarânia distante, feijão tropeiro, tereré.

 

 

Pousada Araraúna, MS, 15/12/2006
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