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Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 





ORESTES BRANQUINHO FILHO

 

 O poeta nasceu em Taguatinga, DF e leciona em Araguaina, TO .

 

 

LUCIDALUSÃO

 

Pensei que a camisa

Fosse o canto da parede

Como a janela seminua

Me olhando pela mulher

Segurando um coração.

 

Peguei a cortina

E a vesti correndo

Como se fosse cair,

Aí me deu um rosto

E sai morrendo pelo armário.

 

Encontrei seus restos rotos

E senti não estar morto

Em querer ser harmonia.

 

Corri terr´adentro noutro

Dentro em rins atrofiados,

Me doeu clastrofobia.

 

Moas mascam goma

Moscas mascam moças

Moças mascam mascam

Moscas moscas moscas.

 

Agora sol, o nublar ferve

Do teu corpo exalo verve

Que me urge e conduz.

 

Sinto rente à tua sina

Algo novo, longo zoom

Intuindo todo lume.

  

 

O DIABO DA ANTROPOFAGIA

 

Não prolongar uma discussão nula.

O que eu tinha a dizer foi dito.

Surgiu então a voz de um aluno e ele junto:

- Professor eu fiz um poema,

gostaria que desse uma olhada.

Peguei o papel e li olhando-me nos olhos:

“Minha primeira pedra tinha um poema

da minha primeira pedra a um poeta

que ia e vinha e insistia

ao meu redor o tempo todo,

tempo suficiente

por quão eficiente

foi aquela minha primeira pedra

minha primeira pedra

primeira pedra

minha”.

Olhei o garoto, olhei o papel,

e lhe disse cordialmente

que voltasse para a matemática.

Mas o que eu queria mesmo

era lhe dar um olho roxo.

 

  

NANOTECNOLOGIA

 

Aquelas luzes que brilham enquanto meus olhos fechados

lacrimejam de dor e angústia

Me falavam sobre um tempo que, de tão longínquo, só tinha

noção através de resquícios de intuição

A mensagem era tão pura, calma e forte que a percepção onisciente

emanava ardentemente

Vibrações em desvario que voltavam carregadas de sentimentos

materializados por minh´alma.

 

Estilhaços trespassam os vermes do limbo, átomos de antepassados

antes injetados em grutas

Tendo o destino de existir pelo dever do prazer, sem amor que

cure a fé doentia em depurá-lo,

A luz fria que irradiam não confunde minha noção internalizada,

O fulgor me impregna e não diz nada

Ecoando em labirintos, recriando sons que resvalam sons de

outros caminhos estruturando alucinações.

 

Muito da mensagem deteriorada pela ferocidade voraz da realidade

já não faz nenhum sentido

Contamina a violenta invasão de lucidez, ébria que intercepta meu senso.

Nada disso que apodera e envolve esse ser que ignoro, muda o

anátema ao qual pertenço.

 

Em noites nuas, veladas por orgias, gritos respondem às dores de

alegria odiando a sonolenta abstinência

Do intercurso da lógica capaz e sem medida, com a qual, leio no

no olho raso de uma cáustica lágrima

Memórias de uma existência segregada, onde a espera estéril de

recurso estigmatiza o plasma-cosmo peristáltico.

 

 

(Poemas extraídos do livro: Tessitura dissidente . Rio de Janeiro: 7Letras, 2000. 105 p.

 


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