Home
Sobre Antonio Miranda
Currículo Lattes
Grupo Renovación
Cuatro Tablas
Terra Brasilis
Em Destaque
Textos en Español
Xulio Formoso
Livro de Visitas
Colaboradores
Links Temáticos
Indique esta página
Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 
 

MARCOS VIEIRA

 

Marcos Antonio Moura Vieira nasceu em Aracaju, Sergipe, n dia 13 de julho de 1964.

Possui graduação em Medicina pela Universidade Federal de Sergipe (1989), mestrado em Educação Publica pela Universidade Federal de Mato Grosso (1997) e doutorado em Lingüística Aplicada e Estudos da Linguagem pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo com estágio Doutoral na Université de Provence (2002). Atualmente é médico psiquiatra da Prefeitura Municipal de Recife. Trabalhou no Instituto de Psiquiatria Intercultural de Amsterdam de 2010 a 2013. Foi Professor de Psiquiatria, Psicologia Médica e Saúde Mental da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Mato Grosso de 1994 a 2010. Tem experiência na área de Medicina, com ênfase em Psiquiatria, atuando principalmente nos seguintes temas: saúde mental, análise da situação de trabalho, análise dialógica do discurso, lingüística aplicada, clínica da Atividade e autoconfrontação enunciativo-discursiva. Possui 11 capítulos de livros e 17 livros publicados. Publicou 14 artigos em periódicos especializados e 50 trabalhos em anais de eventos. Possui 2 produtos tecnológicos, 2 processos ou técnicas e outros 64 itens de produção técnica. Participou de 14 eventos no exterior e 96 no Brasil. Orientou 8 dissertações de mestrado, além de ter orientado diversos trabalhos de especialização e iniciação científica nas áreas de Medicina, Lingüística e Saúde Mental. Recebeu 11 prêmios e/ou homenagens. Entre 2003 e 2008 participou de 6 projetos de pesquisa, sendo que coordenou 2 destes desenvolvendo estudos de Psiquiatria Intercultural e Teoria Dialógica.

 

 

 

MUNDO DOS HOMENS

 

 

Fecha a cortina
Pra ninguém olhar
que a gente se olha!

Deixa o carinho ao amigo pra depois da morte
Esconde os versos embaixo do colchão
A lágrima atrás da porta
E vamos jogar bola.

 

Zelam no convento
Pela virgindade de Maria

       Pedem paz e recolhimento
Para as carnes de Maria
Pedem calma e esquecimento
Para os desejos de Maria

       As irmãs, de sexo na mão, pedem repouso

       Aos demónios que rondam Maria
E com tesoura própria controlam as asas
Dos que habitam dentro delas.

 

E vem o ônibus atropelando a grande espera
E logo as agressões da subida, o palavrão, a querela
Furiosa briga por uma cadeira na janela/Automatismo!
Os olhos sem tempo para as paisagens

Sequer para a turbulência das faces forçosamente aproximadas

O perfume ativo, o cheiro de inhaca

Coxas nas coxas, costas molhadas

O sexo indecifrável que nos roça a nádega

E mais se fecha cada qual na sua mais grossa carapaça

 

Se te pensas feliz,
Acorda,

Detona o que em ti se cristaliza
— Como imutável —
Descobre quão perto está
Tua acomodação
Do teu silêncio velado

 

 

                ( Do livro Voragem  - 1990)

 

 

 

ZEN
 

Fim de semana. Apartamento e tédio
rastejo sucessivos caminhos da cozinha ao quarto
deixo-me quadrúpede desde a hora
em que pesa demais ser homem. Aprisionado
 

não ter patas, asa, focinho ou cornatura
rumino
 defeco no tapete
bebo água da latrina

 

(meu entendimento do animal
resume-se a essa imitação de atos)
até que venha alguém

 

domador, amestrador, carrasco
e me conduza de volta
aos corredores do normal descaso

 

 

( Do livro  Sinais de vidro - 1994)

 

 

Página publicada em janeiro de 2020

 

 

 


 

 

 
 
 
Home Poetas de A a Z Indique este site Sobre A. Miranda Contato
counter create hit
Envie mensagem a webmaster@antoniomiranda.com.br sobre este site da Web.
Copyright © 2004 Antonio Miranda
 
Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Home Contato Página de música Click aqui para pesquisar