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Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 
 

JOSÉ MARIA FONTES

 

José Maria Fontes nasceu em Riachuelo, município de Sergipe, em 26 de junho de 1908. Na cidade onde nascera iniciou seus estudos, e, posteriormente, estudou em Aracaju o que hoje chamamos de Ensino Médio.

Na capital do Estado, o autor exerceu as atividades de jornalista, fundando e dirigindo alguns jornais, a de funcionário público na área de saúde e a de professor de inglês. Fez crítica cinematográfica na revista Renovação e no jornal A República.

Quanto aos seus poemas eles demonstravam influências do Modernismo, ao serem notados o uso de versos brancos, e a influência do poeta humanista de procurar passar em seus poemas os problemas sociais.

Sabe-se que ele publicou poucos livros e que muitos dos seus poemas são inéditos.

Foi um dos realizadores da “Noite da poesia moderna” que aconteceu no Cinema Guarany em 1929.

José Maria Fontes faleceu em Aracaju em agosto de 1994.

Fonte da biografia: http://literaturasergipana.blogspot.com/, por Allan de Oliveira.

 

 

 

 

E L A

 

 

Vista de olhos fechados

Entre o sono e a vigília,

Essa ideal desejada

Toda aberta em sorriso.

 

Que mulher, e onde a vi,

Não sei, é terna, e sorri sempre

Se é a que me transmite os poemas,

Jamais o hei-de descobrir.

 

Quando a fitei, num frio anelo

De aprofundá-la, a sua face

Vi entristecer, e a dissipar-se

Voltava ao nada de onde viera.

 

À porta de um sonho incerto,

Não entra nem sai. Parada,

Me olha, branca, loura e jovem. Perto

E longe – Ó quão longe – a impossível amada.

 

        Do livro Trinta poesias curtas, 1959.

 

 

 

 

S Í M B O L O

 

Sabemos que haverá um dia intimidade

Entre todas as gentes:

- Ideias lançadas como sementes, para uma colheita certa,

A reunião de inexprimíveis pensamentos

Em um só compreensivo sentimento.

 

- Um clarão de fé, fraternal e vivo, jubiloso e grave, como

A voz dos galos, aclamando, ainda no escuro,

A infalível alvorada...

Todos estão despertos,

Os das cidades, e das fazendas, os das montanhas ou dos vales,

E o eterno sinal se multiplica

Para acordar a terra, em toda terra...

 

Será como o anúncio mundial de uma nova criação,

Por mil vozes de amor, impondo a Paz e o Bem.

 

        (O realismo social na poesia em Sergipe / 1960)

 

 

 

 

P A R A L E L O

 

As máquinas, oleadas,

dormem no bojo da fábrica,

brunidas, reluzentes,

prontas para o outro dia.

Mas mesmo assim parecem tristes e cansadas

Amanhã rodarão de novo,

falando alto e grosso,

ou lançarão para o ar

vivas e vaias estridentes,

cantarão aleluias de metal,

abafando o planger de corações esmorecidos

-amanhã-depois-e sempre

Dorme no chão do casebre o escravo da fábrica;

e, de tão fatigado, não tem tempo para estar triste.

 

 

 

 

 

 

 

Página publicada em janeiro de 2020


 

 

 
 
 
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