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ABELARDO ROMERO

(1907-1979)


Abelardo Romero Dantas é um sergipano dos maiores do seu tempo, com uma biografia intelectualmente revolucionária, honrando o sobrenome familiar que herdou do tio-avô Silvio Romero. Nascido em Lagarto, em 13 de junho de 1907.

Integrante da equipe redacional de O Jornal, órgão dos Diários Associados, Abelardo Romero alternou trabalho, estudos e produção intelectual, publicando outros livros, como: Vozes da América, em 1941, A musa armada, em 1953, Exílio em casa, em 1955, O alegre cativo, em 1959, O passado adiante, em 1969, e Visita ao Rio, últimos dos seus livros de poesia, já no seu retorno a Sergipe.

A obra e a fama de Abelardo Romero o levou a ocupar, na Academia Sergipana de Letras, a Cadeira vaga, desde 1975, com a morte de Exupero Monteiro. Sua posse, no Teatro Tiradentes, foi apoteótica, uma consagração justa, a um intelectual raro, entre os maiores de Sergipe. Texto: ww.infonet.com.br

 

ROMERO, AbelardoAs rosas e o relógio de Abelardo Romero. Ilustrações de QE. Campofiorito.  Rio de Janeiro: 1949.  S.p.  Editor – V. P. Brumlik. Edição artesanal. Ex. col. Zenilton Gayoso.


 

BONDE

 

Quando volto de tarde volto triste —

Vem muita gente no bonde.

Um rapaz abraçado com uma viúva idosa,

um velhinho que já nem sabe botar o chapéu direito,

um homem aéreo, queimando o bigode com o cigarro

outro olhando os anúncios,

outro falando alto.

 

Tenho raiva do povo.

Sinto vontade de descer do bonde.

Mas em casa eu me lembro do que houve no bonde,

e me arrependo dos meus pensamentos.

Pobres dos meus irmãos que viajam de bonde!

 

Também sou triste, também sou pobre.

também viajo de bonde.

 

 

CANÇONETA

 

Minha alma volta da fuga,

encontra meu corpo preso,

— relógio, ponto, endereço —

Ela agora se acostuma

a marcar passo de novo

no espaço do meu berço.

Volta minha alma andarilha

para o corpo sedentário —

Não mais Paris nem Sevilha.

 

De sonhos está casada.

Ela agora fecha os olhos,

não quer mais nada do mundo

além de sombra e água fresca,

e dos teus dedos de fada

sobre o meu dorso desnudo.

 

 

Página publicada em dezembro de 2015.

 

 

 
 
 
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