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STELLA CARR

 

Stella Carr nasceu no Rio de Janeiro, em 04 de fevereiro de 1932. Veio para São Paulo com quatro anos de idade, quando seu pai foi chamado pela equipe de Mário de Andrade para ajudar a montar o Departamento de Cultura, hoje Secretaria da Cultura, que não existia na época. Estudou línguas, literatura, artes gráficas, antropologia e pré-história. Escreveu três livros de poesia, ilustrados por ela mesma; fez capas, produziu, ajudou a imprimir. Criou um deles num laboratório desenvolvido com crianças na biblioteca Monteiro Lobato, o qual lhe rendeu seu primeiro Prêmio Jabuti como melhor livro de poesia, em 1968, outorgado pela Câmara Brasileira do Livro. Trabalhou durante três anos como colaboradora na Folhinha de São Paulo. Teve uma coluna no Jornal de Letras e escreveu contos para muitos jornais e revistas.  Fonte da biografia: http://www.olivreiro.com.br/

 

“O que a meu ver depõe muito a favor de Stella Carr, é ela não se contentar com a poesia que os deuses lhe deram — o ”lirismo natural”. É subordinar esse lirismo ao seu comando; é associá-lo ao “racional”, é fazer dele instrumento de pesquisa verbal e participação.”  CASSIANO RICARDO

 

CARR, Stella.  Matéria de abismo.  s.l.: 1966?  73 p. 16x21 cm. Capa e ilustrações, e edição da autora. Exemplar autografado, pertenceu à biblioteca de Antonio Olinto.  Col. A.M. (EA)

 

A Corrente

 

Um rio imita
          o Tempo.

Quanto passa,

caminho de água

na margem da água,
          corrente,

minuto impossível
                    — elo.

 

Um rio corta
                    veia
                    rua

cadeia-viva

a hora-morta
                    de

nem hoje ou amanhã.

 

Um dia-tempo
                    não, luz.

Um rio flui

                    infinito,

cordilheiras, planícies,

movimento no fundo

do aquário redondo

— rotação-translação.

 

      Um rio-rua

  com holofotes

nos olhos fortes

             de luzes
— tráfego —

de milhões de seres
             transeuntes.

 

Passam, postes, pastam

— rebanhos    

enrolam a lã

                       luminosa,

uns atrás dos outros.

 

O rio imita a rua.

O mar imita a terra.

O peixe imita o homem.

 

Página publicada em agosto de 2012


 

 

 
 
 
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