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Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 


LUCAS DE OLIVEIRA

LUCAS DE OLIVEIRA

 

Nasceu em 1989 em Diadema (SP), cidade onde mora, estuda e trabalha. Por influência dos pais, teve contato com a literatura desde moleque. Estuda Letras pela Faculdade Diadema e arranha um violão nylon de vez em quando.

 

Sua poesia retrata o urbano, o cotidiano metropolitano, as fossas, as alegrias, os medos e os sonhos joviais vividos num cenário pós-moderno marcado por paradoxos, injustiças e contrastes sociais, paixões mal resolvidas, fé e descrença...  

Blog do autor:   http://www.refemdasideias.blogspot.com  

 

 

INSONE

 

o mundo se preparava pra dormir
quando acordei.

coberto de escuridão e cansaço,
sussurrei canções que desafinaram
entre meus lábios...

o sono se despedaçara
mas eu ainda podia sonhar.

 

CONCLUSÃO DA PERÍCIA: QUEIMA DE ARQUIVO.

Um poema foi assassinado na minha rua. De manhã, ao sair para comprar pão, o vi jogado na minha calçada fria. O sol ainda ameaçava nascer e não havia curiosos em volta do cadáver. O sangue escorria com a água da chuva em direção ao bueiro mais próximo. O rosto estava desconfigurado (Vitima de espancamento, provavelmente) e todos os versos estavam quebrados. Os pensamentos fugiam pelo crânio aberto a pauladas... Me aproximei, agachei, acariciei-lhe os cabelos. Seus olhos, ainda brilhantes, me diziam que a indiferença o havia matado.

 

 

VERÕES

                  Emergem vapores do centro da terra;
                  Milenares os medos pintados de amor... Sobem

para a eternidade e se desfazem no ar...

Compreendes agora o frio dos meus verões?

As contradições incolores,
                             os relógios quebrados,
                             as fotos envelhecidas,
os cadernos entregues ao mofo...

Todos nós.

 

     Emergindo do centro da terra,
             subindo para a eternidade
até nos desfazer como os vapores
                     de milenares medos...

                                               A poesia esfria

                                               os meus verões.

 

 

ATEMPORAL

Seus olhos estarão lá
         envolvendo meu ser
                              num realejo frenético
                                       um poema patético,

talvez...

Sua voz estará aqui
        soando rouca dentro de mim
                      me lançando a extases eternos
                                                  tardes de inverno,

talvez...

Passará o tempo
               louco e feroz
                          e eu, meu refém
                                    (teu também)
esperarei...

Alguns anos
             de loucura
                  outros tantos
                                de sensatez
e talvez,

                                 uma eternidade
                                             de nós dois...

 

.

 

VERMES ÍNTIMOS

                          nada aqui é tão lindo
quanto a tua arrogância aquarelada
     em suaves tons de azul e tristeza

eu realmente amo esse seu nariz em pé
             enquanto teu coração em ruínas
chora as porradas que levou da vida

                    "Toma um fósforo, acende teu cigarro"
(e uma fogueira na tua sala encharcada de vodka)

 

.

 

SONETO DE FIM DE NOVEMBRO

Essa dor que me aflige (Que vil santidade!),
Esses vultos e vozes por dentro e por fora,
Essa angústia gritante que em minh'alma mora,
Me revelam o que finjo ser felicidade:

São sorrisos calados, beijos sem vontade;
São amores perdidos nos ventos de agora.
São os sonhos desfeitos: Torpe insanidade;
São as torpes lembranças das paixões de outrora.
 
São corações partidos, são ânsias incertas;
São as portas fechadas, feridas abertas;
Dores incompreendidas, roubada beleza;

 São olhares sem brilho, canções sem vontade.
 É o orgulho indomável gerando tristeza.
 São feridas e portas abertas: Saudade.

 



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