Home
Sobre Antonio Miranda
Currículo Lattes
Grupo Renovación
Cuatro Tablas
Terra Brasilis
Em Destaque
Textos en Español
Xulio Formoso
Livro de Visitas
Colaboradores
Links Temáticos
Indique esta página
Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

JOYCE CAVALCANTE 

 

CAVALCANTE, Joyce.  Livre & objeto.   São Paulo: Massao Ohno Editor, 1980. s.p.  Poemas em prosa, eróticos, ilustrados com fotos do Templo dos Prazeres, na Índia. Tiragem: 1500 exs, papel couchê.  18x27 cm  Col. A.M.  (EE)

 

 

JOYCE CAVALCANTE

 

 

CAVALCANTE, Joyce.  Livre & objeto.   São Paulo: Massao Ohno Editor, 1980. s.p.  Poemas em prosa, eróticos, ilustrados com fotos do Templo dos Prazeres, na Índia. Tiragem: 1500 exs, papel couchê.  18x27 cm  Col. A.M.  (EE) 

 

“É importante assinalar, todavia, o quanto a autora, nesta busca de situar-se e assumir-se como sujeito através do texto, vai deslizando da prosa para o campo da expressão poética, mostrando, mais uma vez, ser a poesia o veículo natural para todas as propostas liberadoras, para todos os questionamentos daquilo que nossa civilização tem de repressivo e limitador da individualidade e da plena explicitação do prazer.”  CLAUDIO WILLER

 

 

Era tempo para que já um dos homens tivesse feito em mim o que meu corpo esperava quando se amanteigava e doía, inchava; preparado para receber, absorver, tragar. E, eu me lembro do

primeiro a me fazer no sexo uma sensação de quente e frio, de gostar e não. De querer que tire enquanto grito, reclamando, pedindo que bote.

 

Foi vez de pensar não poder aguentar, balanceada ao desejo mais forte de conhecer um movimento que me complementasse.

 

Me lembro de querer ter sido igual a ele, me expulsar como ele se fazia em cima de mim, mista de esperma e sangue, nojo e medo.

 

 

 

Independente do corpo exausto horizontal nos lençóis, os bigodes reimosos daquele homem que eu pretendi. Continuo a sentir me coçar pelo corpo a vontade que sempre me deixava o útero doído, após. Ele dormindo, ou quase murcho, abandonado. Eu queimando, tentando reativar seu lenho convexo inesgotável, justamente por ser meu côncavo nunca satisfeito. Debruço-me e peço mais. O sono. O gasto. Resposta alguma nele, a não ser em seus bigodes que numa profunda homenagem à vigília acordam preguiçosos, se embaraçam nos meus pêlos misturando líquidos. Exploram-me. Desabrocho as pernas e tremo o ventre e acalmo-me.

 

 

 

Página publicada em janeiro de 2012.

 

 

 


 

 

 
 
 
Home Poetas de A a Z Indique este site Sobre A. Miranda Contato
counter create hit
Envie mensagem a webmaster@antoniomiranda.com.br sobre este site da Web.
Copyright © 2004 Antonio Miranda
 
Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Home Contato Página de música Click aqui para pesquisar