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Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Foto extraída de myllery.com.br  

 

JORGE PADILHA

 

 

Poeta, nasceu em Piedade, Estado de São Paulo, Brasil, em 1964, mas reside desde 1987 na capital paulista. Formado em Artes Plásticas pela USP, trabalha como designer gráfico e como professor de linguagem e comunicação visual na Escola Panamericana de Arte. Publicou poemas na revista CULT. 

 

NA VIRADA DO SÉCULO – Poesia de Invenção no Brasil. Organização: Claudio Daniel e Frederico Barbosa.  São Paulo: LANDY Livraria Editora e Distribuidora Ltda, 2002.    348 p.  11,5 x 20,5 cm.         Capa: Camila Mesquita.  ISBN 85-87731-63-7   Ex. bibl. Antonio Miranda

 

 

 

A Z I A

 

fogos
certos
salgados
alho e cebola
café instantâneo
amor instantâneo
instantâneo lámen
comida fria pimenta
certo pó instantâneo
café frio tabasco de dias
calabresa gelada pizza café
ketchup maionese e mostarda
ácidas críticas no pão frutas cítricas
insolúvel murmúrio nó cego no esôfago
prófase metáfase anáfase teléfase sem crédito
reprodução ao telefone prometa-me decorar
o boleto do seguro saúde vencido o cartão
cancelado três meses de pressa de sol
metástase de ácaros genes de juros
no colchão o sono no coito perjuro
agulhas se movem por dentro
o êxodo estomacal no banheiro
gênese e dor o exílio do sono
o incêndio o coito a mucosa
a soma menor do que a conta
alguma morte a pagar
em parcelas
parceiras
em parte
e a tempo
dê o troco
dar pouco
a pouco
o lucro
ao pó

 

 

 

 

 

 

o

espant

alho descob

rindo o modo de

melhor espantar os c

orvos dajanela enquanto a

chuva dança no telhado do pag

liaci e mede no sextante a posição

de marte com relação à própria morte em

bora o trem para a cidade mais próxima este

ja encalhado devido aos caminhos que se bifurcam

entre calvino e borges de olhar agradável aos deuses t

idos como protegidos pelo traço sempre grave de graves on

de o arauto e o aedo se unem num rito de sons graves gravetos

amarrados nas malhas da rede em parte redon em parte vitrais ou à

couleur de matisse onde o traço borboleta-se em parte de um fio su

spenso no mito perdido sem palavras sem cor de moreau sem o ser

 

 

 

 

T U D O

 

por meia, uma, três horas

ou algo mais

aquele beijo ao ponto,

com língua o beijo grego?

que Afroditas ditem

dedos digitem pelos

discretos endereços

de especialidades:

aqui massagem

francesa,

tailandesa,

egípcia,

americana.

puro ouro em BBB

por trás mais caro

olhos bilíngues de pantera

duros de desejo

de despojos

gôndolas de supermercado.

fetiches lançam dados testes gatos

só no meu apartamento

cheque pré aceito

2x 3x 4x faço

sem frescura

anl/orl/At. casais

com estacionamento

ou algo mais.

em breve

com amor

 

 

 

 

Página publicada em abril de 2020


 

 

 
 
 
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