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Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Foto: google.com

 

IVANA DE ARRUDA LEITE

 

Nasceu em Araçatuba, São Paulo, há quase quarenta anos. Cursou Arquitetura na Universidade de São Paulo tocando a linguagem arquitetônica pela poética. Lançou um livro de poemas em 1973 — Dia de Felicidade.

 

Biografia mais recente, extraída da Wikpedia (um fragmento):

Ivana Arruda Leite (Araçatuba, 1951) é mestre em sociologia pela USP e autora de diversas obras. Publicou alguns contos e romances, enfocados no universo feminino e juvenil. Seu primeiro livro, "Histórias da Mulher do Fim do Século", foi publicado em 1997. Cinco anos depois, Ivana lança outra obra com o mesmo tema: "Falo de mulher". Em 2003, a autora começa a explorar a juventude com o livro “Confidencial - anotações secretas de uma adolescente”.

A escritora também publicou contos nas revistas Ácaro, Coyote e PS.SP. Participou de diversas antologias como “Putas – o melhor do conto brasileiro e português”; “Geração 90: os transgressores”; “Ficções fraternas”, entre outros. Em 2006, seu livro “Ao homem que não me quis foi indicado ao Prêmio Jabuti”.

 

 

QUADRÍVIO: Fernando Aruta, Ivana de Arruda Leite, José Luiz Aidar, Waldemar Gaspar Jr.    Desenhos de May Shuravel.
São Paulo: Massao Ohno Editor, 1980.  s.p.  18x27 cm. 
Col. bibl.  Antonio Miranda.

 

A seguir, uma seleção de poemas do livro Quadrívio:

 

                FRENESI

“Amei e odiei como toda a gente
mas para toda a gente isto foi normal e instintivo
E para mim foi sempre a exceção, o choque, a válvula,
o espasmo.”
Fernando Pessoa

 

 

            MENINAS

Trago meninas em mim
meninas que brincam na rua
que trago em mim.
Meninas que choram na noite
que anoitece em mim.
Meninas que vagueiam tristes
pelas ruas
da vida
que dormiu em mim.
Lamentos.
Choro inconsolável
da boneca sem pernas
que morreu em mim.

 

        SINCERAMENTE

Sinceramente
eu já não vou mais falar
sinceramente
pois tudo já está saindo
tão do fundo
que
sinceramente
eu não aguento mais.

 

        AÇUCAROL

Tenho medo de que minha vida
se torne igual ao meu café:
solúvel
e de uma doçura artificial
que desce pelo conta-gotas.



CONFIDENCIAL

Poeta-escriturário
faço versos ofício
memorando as rimas
marco na agenda um poema após o almoço
carimbo tudo
e despacho
e
encerro o expediente.
Dirija-se ao balcão ao lado:
POETA DE SACO CHEIO.

 

 

        OSCILOGRAFADA

Tenho uma dor
como que de morte
Tenho uma gana
como que de sempre
Entre as duas
um frenesi
como que de câncer.

 

                TIMIDEZ

Ou você
quebra meu vidro
      
e entra escondido
na calada da noite
ou desiste de vez
pois com este seu jeito manso
e esta mania boba de pedir licença
você não vai entrar nunca.
Vai passar a vida toda
lambendo com a testa
olhando vitrine
morrendo de frio.

 

 

Página publicada em julho de 2020




 

 

 
 
 
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