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Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

GERMANO GONÇALVES

 

Germano Gonçalves Arrudas, conhecido como o Urbanista concreto. Nascido em São Caetano do Sul, em abril de 1963, filho de família mineira. Escreve desde pequeno. Seus primeiros poemas e textos foram publicados em jornais de bairro.

“Pelas Periferias do Brasil Vol 4” do escritor e apresentador Alessandro Buzo. Livro: História do meu bairro história do meu município, com a história do bairro Pq. São Rafael. Editora arte e ciência. Publicou no livro: Poetas do Sarau – editora – Ponteio edições, coordenação do escritor Alessandro Buzo.

Um dos vencedores do concurso de poesia tema: Mulher, do Conselho Regional da Mulher de Jundiaí – SP, e do concurso da SAMA de Mauá – SP, com a poesia “Água Vida”.

Frequentou a Escola Livre de Literatura, na casa da palavra de Santo André – SP.

Faz parte da Casa de Cultura do Parque São Rafael - Projeto GENTE colaborador na sala de leitura.

Ministra a oficina de poesia “A arte da poesia periférica”.

 

 

GONÇALVES, Germano.  O ex-excluído. Poemas.  São Paulo: Gráficasa editora, 2013.  35 p.  23x12 cm.  Livrinho acondicionado em caixa plástica de CD.  Edição do autor. Col. A.M. (EA)


HABITAÇÃO RÚSTICA


Não pedimos pra nascer, pedimos pra viver, seja a

onde for, somos irmão iguais a você.

Existe em qualquer periferia.

E nas proximidades da burguesia.

E um menino a perguntar.

Que culpa tenho eu ?

Fiquei-me dentro de uma barriga.

De uma mulher que não era rica.

E que transou,

Com um homem. Que juntava lixo.

Que tinha um espírito.

Fraco e impulsivo.

Os dois eram moços,

E o destino ocioso.

Quando me entendi por gente.

Todos me olhavam com maldade.

Só porque não escovava os dentes.

Meu cabelo não via pente

E assim seguia em frente.

As oportunidades.

Que a vida me trouxe.

Logo as perdia. Pois todos já sabiam.

Nasci filho de mãe solteira,

Vivo num barraco de goteira.

Quem vê cara não vê coração.

Mas realmente.

Morava num barracão.

Os colegas não podiam me ajudar,

Naquela altura.

Era com eles que convivia.

Chamavam-me para qualquer aventura.

E ninguém me deu valor

Quando engraxava o sapato de um doutor

Tinha que entrar na moda,

Usar bombeia e não ser careta.

Curtir samba de roda,

Um rock de quebrada.

Acender uma bamba. Ficar a pampa.

Se sair fora da rodada... Nego!

Você dança.

E quem não entra fica na manha.

Que ninguém estranha.

E a vida é para homem de aço.

O trabalho é escasso.

Fui procurar ajuda,

Talvez do espaço.     

Falei com o padre.

Tomei um nocaute.

Fui até o candomblé

Deram-me uns olés

No centro espírita me disseram

Pra levar a vida na esportiva.

Encontrei um pastor que por mim orou.

E no meu humilde aposento.

A comida acabou.

Meu DEUS, quem eu sou?

E a vida me obrigou.

Viajar e pegar, para me sustentar.

E a favela.

Nela a vida é uma fera.

Espera o que nunca vem.

E o que se tem.

Ferimentos e sofrimentos.

Existe gente de bem.

Quer embarcar no trem da alegria.

E viver com harmonia.

Mas para os olhos de outrem.

Ali não vive ninguém.

 

 

HuMAUnidade

 

Gente que só pensa em si.

Maltrata a alma.

O corpo ele acaba.

O lugar é meu.

Conquiste o teu.

Vive na superioridade.

Nada de oportunidade.

 

 

RAP DA INJUSTIÇA, (assim age a autoridade).

 

Rapaz pacato

Sem saber de nada.

Entrou para um assalto.

Ninguém teve piedade.

Assim age a autoridade.

Não tem essa de primário.

E julgado como otário.

Não querem ajudar.

Só querem complicar.

Para dinheiro ganhar.

Se for culpado ou inocente.

Tudo fica pendente.

Homens fortemente armados

Quebram os dentes.

Depois que se vai.

Toma-se indigente.

Era um rapaz inteligente.

Assim age a autoridade.

Não com a popularidade

De quem tem a força da grana.

Que levanta a moral, dos bacanas.

Tudo é maldade.  

Nada de oportunidade.

Na cela trancada.

Aprender a malandragem

Usar tatuagem.

O tempo é bobagem.

Aprender o que.

Regenerar é farsa da tirania.

Acabou a maioridade.

O rapaz perdeu a liberdade.

A vida marcada.

Não é mais asseado.

Vive humilhado.

Assim age a autoridade.

 

 

Página publicada em janeiro de 2013

 

 

 
 
 
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