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Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

BONILSON TONIOLO

 

 

Benilson Toniolo é poeta, contista e membro da Academia de Letras de Campos do Jordão e Secretário Municipal de Cultura de Campos do Jordão.

Livros Publicados: Poemas Jordanenses, Sandálias Paternas e Outros Poemas, Mar de Amares, Marés e Serranias, Às Margens do Coxipó, Canoeiro (todos de Poesia), Porró do Beco das Almas e Casos ao Acaso (contos) e 50 Artigos Publicados (crônicas).
Membro das Academias de Letras de Campos do Jordão e Bauru, União Brasileira de Trovadores e Movimento União Cultural.

Blog do autor: https://www.blogger.com/profile/01314570971905717576

 

POESIA À MARGEM DO COXIPÓ

Visão de um mínimo
E breve pássaro
Que arriva e num átimo
Foge,
Deixando meus olhos secos
E desprovidos de poesia.

 

Escuta:

Habita em mim

Um pássaro negro que grita

Quando amanhece,

E outro que se suicida

Sem prévio aviso.

 

Galhos arvoram

A língua nas nuvens,

E a noite traz ruídos

E tempestades de palavras

Que o espírito repele.

Me refugio

Num esconderijo sem portas.

 

Como um bicho, renuncio

A todas as urgências

Que me assolaram.

Fecho-me, concha indevassável

Como a tez de labaredas.

 

O poeta, pode dizer-se,

É alguém sempre prestes a ir embora

Atrás de algum pássaro.

Um ente que se mistura ao mundo

Sem pertencê-lo.

Um peixe escamoso do Coxipó.

Nada demais.

 

Caminha o poeta

Por uma estrada, como um tonto,

De há muito desconhecida,

E que ninguém repara.

 

Simples

Como uma ponte.

Como a noite.

Como um pássaro,

Quando alça voo sobre o rio.

 

 

 

OLIANI, Luiz Otávio.  entre-textos 2.  Porto Alegre, RS: Vidráguas, 2015.  104 p. 14x21  cm.  ISBN 978-85-62077-19-7    “ Luiz Otávio Oliani “  Ex. bibl. Antonio Miranda

 

 

 

       CVII

 
Nada mais possuo
Além da língua e do verbo
— Únicas possessões consignadas.
E, quando me fizer silêncio,
Nem isso terei mais.
Mas enquanto sou palavra,
Deixo meu dissonante canto
Escondido entre as esquinas,
Meu linguajar ocioso
Encostado n´algum muro
— Um dos vários da Cidade.
Nada mais quero, além disso.
A mão a descrever um grito.
O dia a lembrar histórias.
A boca a abrigar passarinhos.

 

 

(De Marés e serranias – SP,
Edição do autor, 2012.)

 

 

 

                   MASSA FALIDA

 
Luiz Otávio Oliani


quando me fizer silêncio
não haverá litígio

nada de carros
casas de praia
pensões

sobrarão uma módica escrivaninha
onde nasceram muitos texto
papéis
rascunhos
e uma grande biblioteca

o legado maior será o da palavra

 

 

 

 

        Página publicada em outubro de 2020


 

 

 

 

 

 


 

 

 
 
 
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