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Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Foto: https://medium.com/@aristotelesanghebenpredebon/

 

ARISTÓTELES ANGHEBEN PREDEBON

 

Possui graduação em Letras pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp, 2001) e mestrado em Letras (Letras Clássicas) pela Universidade de São Paulo (USP, 2007). Doutorando em Filosofia pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).

Atualmente é editor de texto da Editora Unifesp e professor do Instituto de Ensino Superior de Mairiporã.

 

POESIA SEMPRE –No. 32 – Ano 16 – 2009. Poesia contemporânea do Irã.  Rio de Janeiro: Fundação Biblioteca Nacional, 2009.  Editor: Marco Lucchesi.  Capa: Rita Soliéri Brandti. ISSN 9770104062006. Ex. bibl. Antonio Miranda.

 

visita ao mosteiro

Vemos um céu de estrelas nos nichos de São Bento, as paredes de lírios e turíbulos e de generosas palmas tamareiras. No átrio, os bichos do zodíaco. A clara doçura elefantina. que verias moldar a graça de Nossa Senhora, é aqui terra elemento. Os anjos, no altar, de asas coloridas, conformados sob a reta geometria, inclinam-se na arcada, guardando o ofertório. 0 silêncio apenas rompe as cenas em grisaille, apóstrofes nas mãos de padres da igreja.

A direita, o Cristo de braços diagonais, o torso protendido. de músculos rompidos pelo peso de sua carne, tão afeita à maravilha do mundo.

 

***

 

             A ler teu leal conselho compreendi que estar só é ter a si e somente estar consigo, presente, no lugar que a claridade lhe reserva. E a saudade como anda o bicho caranguejo, noturno em sua casa de betume, e é solidão de outro que me torna ausente de mim. Mas uma se torna outra, talvez assim:

Amou o sol que cobria
com minha sombra seu passado
Agora que já não existe,
é minha própria solidão.

***


sempre-vivas

 

 

Repara neste vaso de sempre-vivas:

O sol não move a cor das flores,

que se alimentam de seu próprio outono.

De capítulos brancos como alvas margari

não cresta o frio suas flores já maduras.

O nome, todavia, as subtrai

de inaudita natureza, e lhes empresta

a seiva perene de uma elegia.

 

 

 

 

Página publicada em julho de 2019


 

 

 
 
 
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