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ADRIENNE KÁTIA SAVAZONI MORELATO
Seu livro de estréia – Faces e Pulsos – mereceu o seguinte comentário de Maria Lúcia Outeiro Fernandes, docente de Literatura da FCL – UNESP : “constrói seu universo poético com restos de memória, pedaços de vida colhidos de instantes fugidios ou de pequenos espantos diante do mundo”... (...) “seus versos afirmam que a beleza sonhada não está no mundo, mas no reino das palavras, reino este em que Adrienne se move com certa desenvoltura, suficiente para demonstrar suas potencialidades na arte da poética.”, referindo-se à juventude da poeta.
POESIA
Embriagada Com o corpo suando, A poeta viaja Em suas angústias amadas, Com uma rosa sonhando Ser a estrela do jardim.
Não há nada Mais lindo Do que um poema Molhado de vinho,
A caneta rolando no chão O papel manchado
E a poeta em pétalas Desabrochando No assoalho.
INGENUIDADE Um gomo De lembrança Em trroca De um bagaço De alma
CONTORNOS
Espavorida uma gota Como seus vagos minutos. Sofre em trilhos Traçados pelo trem
Infinitos caminhos Gritos estranhos Assoam nos túneis Formando a sensação Do isolável.
E quando definida Torna-se um varal, Onde se vêem estendidos Os ouvidos humanos E os olhos divinos. |
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