Foto:  https://jornaloboemio.wordpress.com 
                     
                     
                       
                      ARLINDO NÓBREGA 
                      ( BRASIL – SÃO PAULO ) 
                    
                  O jornalista Arlindo  Nóbrega, um dos mais destacados agitadores culturais do circuito alternativo  nacional, está lançando o livro de poemas "Empório de Trovas". A obra  tem vários temas como cultura, política, sociedade e conta com um capítulo  especial chamado "trovas a granel". 
                  Arlindo também está  entre os mais aguerridos escritores brasileiros, pois busca estar presente nas  mais diversificadas atividades de promoção cultural. Ele também é editor do  LITERARTE-SP, publicação que visa propagar a literatura. 
                  Além de escritor,  Arlindo é líder e incentivador da Federação Brasileira de Alternativos  Culturais (FEBAC), que franqueia com despojo os espaços do seu jornal  “Literarte”.  
                  Fonte da biografia: https://www.sjsp.org.br/ 
                    
                    
                  
                  ANUÁRIO DA POESIA BRASILEIRA 1995.  Organizador : Laís Costa Velho.  Rio de  Janeiro: CODPOE – Cooperativa de Poetas e  Escritores, 1995.  116 p                 Doação do livreiro BRITO – RJ  
                    
                   NA CAMA 
                     
                    Na  cama, 
                      o  homem se deleita 
                      e  trava 
                      o  doce duelo 
                      beijos  x abraços 
                      e  o resultado 
                      logo  vem, o filho. 
                      Na  maca, 
                      o  homem é deitado, 
                      trava  o  
                      amargo  duelo 
                      dor  x agonia 
                      e  o resultado 
                      logo  vem: ele se vai.  
                    
                  
                  I COLETÂNEA POÉTICA DA SOCIEDADE DE CULTURA LATINA DO  
                    BRASIL  construindo pontes. Dilercy  Aragão Adler (Organizadora). 
                      São Luis: Academia Ludovicense  de Letras – ALI, 2018.   2978 p.  
                      ISBN 978-85-68280-12-6   No 10 353 
                   
                   
                  
                                     Para mim, 
                      escrever é como o pão 
                      que me alimenta. 
                      Se um dia, 
                      eu deixar de externar 
                      o que me vem do íntimo, 
                     
                       
                      explosiva e estupidamente, 
                      como as larvas do vulcão 
                      certamente eu morrerei, 
                      mas a vida é uma mesa  farta 
                      e nada me faltará, 
                      nem mesmo a sobremesa, 
                      regada a sonho, 
                      ternura e ilusão. 
                       
                      Obs. Este poema foi requisitado pela noss SCLB, no limiar de sua introdução  por aqui, pelo Joaquim Duarte Baptista que o colocou num lindo poster.  
                       
                       
                                     POEMETO 
                       
                      De tão 
                        apaixonado por ela, 
                        um dia, 
                        quase enlouqueci. 
                        Sofri 
                        qual um condenado, 
                        ao ver um carro 
                        embalado, 
                        esmagar a sombra dela. 
                       
                       
                        PALAVRAS  CRUZADAS 
                       
                        Tu és minhas palavras cruzadas, 
                        para as quais não existem soluções, 
                       
                        não cruzam nossas vidas penadas, 
                        pois não cruzamos os corações. 
                       
                        És uma das rimas quebradas, 
                        dos versos livres de uma canção, 
                        sem métrica e embaraçadas, 
                        sem nada de alma e sem vibrações. 
                       
                        Olha, eu te amei por um caso 
                        e até hoje lamento a loucura. 
                        Eu fui um triste, fui um traste, fui  um vaso 
                       
                        e foste uma flor, flor sem ternura, 
                        hoje és mais, és o sol no ocaso, 
                        és a brisa do mar sem frescura.  
                         
                       
                        CORDEL  DA ELEIÇÃO 
                         
                          Nos  meus tempos de criança, 
                        era uma festa a eleição, 
                        todo mundo bem vestido, 
                        do operário ao patrão, 
                        era fácil perceber, 
                        o direito do cidadão.    
                        o  homem naquela estica, 
                        considerando-se o tal, 
                        de terno de gravatinha 
                        e sapato social, 
                        e tudo isso no capricho, 
                        pode acreditar, ô bicho, 
                        era um dia especial.        
                        A mulher na mesma trilha, 
                        elegância sem par,  
                        de sapato Luís XV, 
                        andava pra se mostrar, 
                        era um desfile de moda, 
                        botando o homem na roda, 
                        que rodava sem parar. 
                       
                        Tinha o voto de cabresto, 
                        como dizem no Nordeste, 
                        tempo do coronelismo, 
                        mas de todo sertão ao agreste,, 
                        não havia bandalheira, 
                        para não dizer roubalheira, 
                        afirma o cabra da peste. 
                       
                        Isso era uma ofensa, 
                        pro matuto e pro doutor, 
                        com o seu voto no bolso, 
                        pra prefeito ou senador, 
                        também veja minha gente, 
                        ou mesmo vereador. 
                       
                        Mas  muita coisa mudou 
                        e por que? Vou lhe dizer 
                        que fique ciente disso, 
                        nesse infindável sofrer, 
                        ninguém mais tem o respeito, 
                        e todo mundo suspeito, 
                        ninguém vota por prazer. 
                       
                        Deputado tem aos montes, 
                        senador tem pra dedéu, 
                        tudo só pensando em si, 
                        cada  qual no seu papel. 
                        Vereador nem se fala, 
                        é bala comendo bala, 
                        só mesmo papai do céu. 
                       
                        Salários  nas alturas, 
                        foro privilegiado, 
                        humilhante mordomia, 
                        nesse seu mundo encantado. 
                        Político no Brasi, 
                        vive bem a mais de mil, 
                        dane-se o assalariado. 
                       
                        Precisa  mudar bem mais, 
                        há muito eu percebi. 
                        Sumiço nas velhas leis, 
                        é coisa que nunca vi, 
                        acabar com o arbitrário, 
                        desmontar esse cenário, 
                        ou mudar quem está aí.  
                       
                         
                        NATUREZA  VIVA 
                         
                          O canto festivo 
                        do coral juvenil, 
                        o lindo amanhecer 
                        e o sol inclemente. 
                        A graça do humor, 
                        a careca que brilha, 
                        o poder de sentir 
                        e o tombo do bêbado. 
                        A pressa da gorducha 
                        e tudo que nos faz sorrir. 
                        A alegria do gol, 
                        o sucesso do irmão, 
                        o obstáculo transposto 
                        e a vibração. 
                        O embrião inquieto 
                        no ventre, 
                        a frescura da brisa 
                        e a lua a enamorar. 
                        Enfim, 
                        a ânsia que sinto, 
                        de um dia te amar, 
                        pobre oniromante, 
                        que só sente 
                        o sentido da vida, 
                        sonhando contigo 
                        da cor do luar. 
                   
                    
                  
                    
                      
                          | 
                       
                    
                   
                  POETAS E ESCRITORES BRASILEIROS. Antologia. Clério José Borges  (Org.)   Vitória,  Espírito Santo.  Editora Canela Verde,  ACLAPTCTC, 2020.  290 p. ilus.  
ISBN 978-65-991059-9-0-6     No. 10 898  
Exemplar da biblioteca de Antonio Miranda 
                    
                  O Escritor Arlindo Almeida da  Nóbrega, laureado em todos os seus campos de atividades. 
                    É jornalista, Conselheiro da Associação Paulista dos Jornalistas Veteranos,  fundador o LITERARTE-SP, licenciado em Letras e Ambientalista. Como  poeta/escritor, tem vários títulos na praça e outros às vésperas de lançamento,  colecionando em seu currículo vários prêmios e honrarias nacionais e  internacionais. 
                    Vinculado à Sociedade de Cultura Latina do Brasil, logo depois de sua  introdução no país e outras entidades culturais, inclusive do exterior.  
                    Contato: aanobrega@uol.com.br  
                    
                  POESIA 
                     
                    Para mim, 
                      escrever é como pão 
                      que me alimenta. 
                      Se um dia eu deixar 
                      de externar explosivamente 
                      o que me vem do coração, 
                      como as lavas do vulcão, 
                      certamente eu morrerei, 
                      mas a vida  
                      é uma mesa farta 
                      e nada me faltará, 
                      nem mesmo a sobremesa, 
                      feita de sonho, 
                      ternura e ilusão. 
   
   
                    
                  POEMETO: PAIXÃO  
                     
                    De tão apaixonado por ela, 
                      sofri qual um  condenado, 
                      num dia de sol  ardente, 
                      ao ver o carro  embalado 
                      esmagar a sombra  dela. 
   
   
                      TROVAS   
   
                     A vida inteira juntinhos, 
                      isso por muitos natais, 
                      eu Ondina e nossos bichinhos 
                      e Jesus na santa paz.  
                   
                    Inda  que conto de fada, 
                    é  sagrado o seu papel, 
                    faz  feliz a criançada 
                    e  viva Papai Noel. 
   
                    Eu não sabia de nada, 
                    eta frase de lascar 
                    e além de tudo a malvada, 
                    tem o poder de irritar.   
   
                    Lisura é honestidade 
                    o bom  caráter de alguém, 
                    sé coisa que na verdade, 
                    o  ficha suja não tem. 
   
                    Lu, se eu esquecer teu passado 
                    ex-amores e raízes, 
                    mesmo que sonhe acordado, 
                    seremos muito felizes. 
   
   
                    * 
                    Página ampliada em outubro de 2025. 
                      
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Página publicada em julho de 2023 
 
                
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