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Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 
 

LUCIA MARTINS

 

 

Nasceu em Pomerode/SC em 09/10/45, reside atualmente em Ituporanga/SC.
Editou três livros e participa como co-autora em mais 22 livros. Foi eleita em Abril de 2005 Membro Correspondente daACADEMIACACHOEIRENSE DE LETRAS (ACL) de Cachoeira de Itapemirim - ES. Pertence ao Conselho Académico Código N°024/220 do CLUBE DOS ESCRITORES DE PIRACICABA -SP. É a representante em Ituporanga do MOVIMENTO CULTURAL aBrace. A poesia sempre foi um de seus sonhos desde menina, que parava cada vez que a inspiração chegava, não importando o lugar, para escrever o que lhe vinha na alma, e hoje vê em 24 livros (4 seus e outros com poetas nacionais e internacionais) seus sentimentos mais longínquos ou atuais, vivos... eternizados.

 

 

 

LETRAS DE BABEL 3.  Antología multilíngüe.  Montevideo: aBrace editora, 2007.   200 p.       ISBN 978-9974-8014-6-2
Ex. bibl. Antonio Miranda

 

 

Alma de poeta


Que se passa na alma do poeta
Quando seu olhar se perde nos caminhos
No céu estrelado, no mar imenso
Na lua tão intensa chegando de mansinho

Na brisa suave do cair da tarde
Nas cores fascinantes do crepúsculo
Nas vibrantes cores do amanhecer
Que sente o poeta no alvorecer

 

No murmúrio das águas cristalinas
Na perfeição da natureza a florescer
Nos cantos dos pássaros que trinam
No equilíbrio do eco sistema a se perder

 

Que se passa na alma do poeta

Vendo corpos destroçados a sofrer

A lágrima riscando o rosto da criança

Do que o coração poeta se motiva a escrever

 

De onde busca e transforma em poesia
Tristes destinos onde o desespero
Gargalha em bocas desdentadas e famintas
Que o sono remedia a fome para outro dia

 

De onde buscam doces melodias
Corações espezinhados de amarguras
Boémios e cantores que rompem as madrugada
Falando de amores, traições e agonias
Que se passa na alma do poeta

 

Quando a natureza se cobra do descaso

De uma multidão que não importa nem respeita

O percurso certo de uma obra tão perfeita

 

De onde busca o âmago da esperança
De onde pérolas traduzem tantas emoções
Quem sabe o poeta não vê com outros olhos
Quem sabe ele escreve só com o coração

 

 

 

 

E na gaiola dourada...

 

Sei que meu canto te alegra
Minhas cores te enternecem
Azuis, brancas e amarelas
Minhas penas tão vistosas
E eu aqui tão pequenino
Te vejo com olhar triste
És grande mas é como se fosse
Um grão pequeno de alpiste

 

Abre a porta da gaiola
Deixe seguir meu destino
Voar livre pelos campos
Cantando com meus iguais
Eu te prometo que venho
Trazendo um bando de aves
Com uma melodia mais bela
Cantar na tua janela

 

(... por mais que o ser humano cuide e trate bem dos passarinhos, não tem o direito de impedir que ele voe
e seja livre)

 

 

 

Natureza em mim

 

Queria ter sido
Parida do amanhecer
E ter partido junto
Do entardecer...
Queria ser banhada
Numa nascente
Secar ao sol

Por um raiozinho quente...
Deixar depois

O vento refrescar meu corpo...

Queria então

Que meu olhar

Se perdesse na distância

Das cores verdejantes

De matizes infinitas

Nas cores mais bonitas

Deste céu sem fim...

Queria até

No lago das sereias

Um mergulho intenso

Esquecer de mim...

Então um dia

Com a alma abarrotada

Fartamente embriagada

Do essencial viver...

...Queria enfim

Por todos os caminhos

Floridos ou de espinhos

Deixar partículas de mim...

 

 

 

Onde estará...

 

A beleza está em cada ruga do rosto
Está em cada fio de cabelo branco
Em cada frase contida, no pranto
No canto, na vida, no riso exposto

 

A beleza está em quem sabe amar
Que no decorrer da vida criou seu lugar
Na luta constante de dias de encanto
Na esperança de nunca ter que chorar

 

A beleza está na sabedoria que o tempo traz
Na serenidade, na paz de quem se apropria
Tirando da vida, lições de quem é capaz
Da própria má sorte, tirar a alegria

 

A beleza quem busca só tem harmonia
Tem alma de artista que transpõe ousadia
Que quebra barreiras buscando maneiras
De ser bem feliz nem que seja por um dia

 

A beleza é a busca incansável da perfeição
É compreender que nada foi em vão
Que natureza e ser humano em profusão
Integraram-se ao Pai da criação

 

 

 

 

 

 

Página publicada em agosto de 2020


 

 

 
 
 
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