| Foto:  https://literomancia.com.br/   CESAR L. THEIS( Santa Catarina –  Brasil )
   Cesar  L. Theis é professor-pesquisador, licenciado em História/Informática.  Atualmente é discente no Mestrado em Educação da UFFS. Também é escritor,  fotógrafo amador e cineasta entusiasta, apaixonado por viajar e café.  Atualmente reside em Guarujá do Sul (SC). Sou  uma pessoa estranha cujos pensamentos, constantemente, tentam encontrar caos na  ordem do universo. Um niilista que prefere o café puro, forte, quente e sem  açúcar. Sou um ser humano que encontra equilíbrio no balanço vadio da rede, ao  final da tarde à beira-mar, e que vagueia pela madrugada com as asas da  insônia, existência alheia, sutilmente indiferente aos caprichos do mundo… um  ser cronotópico de poeira de estrelas, história e tempo.
 
 NOVO DECAMERON. Antologia poética. Org. Rodrigo Starling, 2021. 235 p.    ISBN   978-65-994-783-7-6-1     Ex. bibl. Antonio Miranda
   TEMPO DE MORTE   O tempo é o desgastar da vida,e a vida, instante no tempo.
 Por mais bela a flora, se desfaz,
 e as pétalas voam com o vento.
 Triste se faz o jardineiro solitário,
 vendo seu amor se despedaçar.
 Pois, a vida é apenas um instante,
 contida num tic-tac do tempo.
 A vida, é grão de areia solto ao vento.
 Mas, o homem velho ao contar seu tempo,
 percebeu quão pouco é os que lhe resta.
 Pois como a flor também se rebenta.
 Então, conclui, que a vida não existe!
 Pois a morte não se sujeita ao tempo.
 E sem o tempo, não existe o instante,
 E sem instante nada contém a vida.
 Assim tudo é por princípio fim... Morte!
   DANÇA Conheço as nuvens negras sobre a cidadeJá dancei sozinho na vida pela noite,
 entre muros de concreto à espera do amanhecer.
 
 Não tenho tanto tempo quanto ontem
 o sangue quente escorre por meus pulsos
 se purificando nas gotas da chuva.
 Gastei as dores da vida que carregava.
 Aos que são verdadeiros amigos... O bilhete guarda a última lágrima,enquanto dança sozinho pela noite.
 O sangue se purifica nas gotas de chuva
 O sangue se purifica nas gotas de chuva.
 Deitem meu corpo em madeira de pinheiro,cubram-no com versos de alheios poemas.
 Toquem o sino da capela ao entardecer!
 Levem as crianças tomar sorvete na praça,
 quem sabe... anda no carrossel do parque.
 Então, queimem meu corpo!Queimem minha existência!
 A chuva apagará o fogo.
 E saibam, serei paz!
 E saibam, serei paz!
   * VEJA e LEIA outros  poetas de SANTA CATARINA em nosso Portal: http://www.antoniomiranda.com.br/poesia_brasis/santa_catarina/santa_catarina.html    Página publicada em dezembro de 2021 
   * VEJA e LEIA outros poetas de SANTA CATARINA em nosso  Portal: http://www.antoniomiranda.com.br/poesia_brasis/santa_catarina/santa_catarina.html    Página publicada em dezembro de 2021 
 |