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Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Foto: http://sociedadedospoetasamigos.blogspot.com/

 

 

CLEVANE PESSOA

 

Clevane Pessoa de Araújo Lopes, potiguar, radicada em Minas Gerais desde a infância, trabalhou ativamente na imprensa de Juiz de Fora-Mg, nos Anos de Chumbo, mantendo a página Gente, Letras & Artes e a coluna diária Clevane Comenta, entre outras- na Gazeta Comercial. Radicou-se Belo Horizonte ao se casar com o engenheiro civil Eduardo Lopes da Silva,que então trabalhava na Via Expressa em viadutos e passarelas.Tendo iniciado Psicologia no CES (Centro de Ensino Superior)de Juiz de Fora,então formou-se na FUMEC desta capital  (Belo9 Horizonte) .Acompanhou o marido a S.Luiz, Maranhão, S.Paulo, capital e depois a Belém, no Pará.Retornou a Belo Horizonte em 1990.Como funcionária do antigo INAMPS, exerceu um trabalho dedicado em prol dos menosvalidos e criou, por onde passou,  atendimento integral à mulher, criança ,adolescente, idosos e família.

Foi editora de Literatura e Arte do tablóide de vanguarda Urgente,entre outros, como A Voz de Rio Branco, de Visconde de Rio Branco, MG, onde mantinha “A Voz da Mulher”.Escreveu na revista "o Lince" e em outras. Atualmente, é psicóloga, ilustradora,palestrista e oficineira de Poesia e Conto.

Tem  livros de poemas publicados  :Sombras Feitas de Luz ; "Asas de Água"( pela Plurarts), "A Indiazinha e o Natal"( Edições Haruko) ; "Partes de Mim"( R & S Gráfica e Editora) ;"Olhares teares,saberes", (Edit.Popular, S,Luiz-MA);Erotíssima (selo Catitu);  Seu  livro se Mulheres de Sal, Água e Afins,publicado pela Urbana Editora, RJ/Libergráfica BH.),reúne contos com protagonismo feminino. Seu livro "O Sono das Fadas" (selo Catitu-BH) foi lançado na Bienaldo Rio em 2009 e em vários espaços e cidades.Em 2011, foi relançado na Livraria Leitura do BH Shopping .Nesse ano, pela Pragmatha, do Rs,publicou CENTAURA-poemas .

A biografia completa em: https://www.recantodasletras.com.br/

 

 Veja também: CLEVANE PESSOA – POESIA VISUAL

 

 

TEXTO EM PORTUGUÊS  - TEXTO EN ESPAÑOL

 

 

ESPEJOS DE LA PALABRA / ESPELHOS DA PALAVRA 3 (POEMAS EN DOS IDIOMAS – POEMAS EM DOIS IDIOMAS) Org. Roberto Bianchi. Montevideo: aBrace editora, 2013. 120 p. Inclui os poetas brasileiros: Angela Togeiro, Brenda Mar(qu)es, Christina Hernandes, Claudio Márcio Barbosa, Clevane Pessoa, Dymythryus Padilha, Fátima Sampaio, Fernando Braga, Gacy Simas, Giselle Serejo, Kydia Mateos, Lucas Guimaraens, Marcelo de Oliveira Souza, Marco Llobus, Marcos Freitas, Maria Angélica Bilá Bernardes, Mariney Klecz, Neuza Ladeira, Nida Chalegre, Nilza Amaral, Nina Reis, Noralia de Melo Castro, Novais Neto, Oleg Almeida, Pedro Franco, Roberto Ferrari, Rodrigo Marinho Starling, Rozelene Furtado de Lima, Tânia Diniz e Tarcísio Pádua. Col. Bibl. Antonio Miranda

 

 

 

ANJO CAÍDO

 

O preto na paleta,
pingos de branco.

 

A mistura chega ao cinza,
as cãs, a neve
suja, os dias de chuva,
as nuvens plúmbeas, a alma desanimada.

 

A velhice é cinzenta, sempre que a esperança verde
se esvai em goteiras de abandono.

 

A alma é gris na solidão
a voz perdida, a falta de carinho,
o desânimo que instiga o i
nstinto de Thanatos.

 

O artista ama as cores
e mesmo assim, na compreensã
o a maior
de um mundo desigual,
mistura branco ao preto,
preto ao branco,
e faz um anjo, desanimado de tantas miserias, canalhices,
perdas,
bancarrotas, vicios,
traigdes , guerras
fome e desesperanç
as
espantado com os Homens,
que perdem cada vez mais
o supremo bem da paz
absoluta
e simples
abrir a boca de espanto,
cair das própria altura, em pleno vôo de reconhecimento,
e sentar-se desanimado, cansado de lutar
por urna humanidade falida e inconstante...

 

 

 

 

TEXTO EN ESPAÑOL

 

 

 ÁNGEL CAÍDO


Lo negro en la paleta,
gotas de blanco.

La mezcla llega al ceniza,

las canas, la nieve sucia, los días de lluvia,

las nubes pesadas, el alma desanimada.

 

La vejez es gris, cada vez que se desvanece la esperanza verde en gotas de abandono.

 

El alma es gris en soledad,

la voz perdida, la falta de cariño,

el desaliento que instiga el instinto de Thanatos.

 

El artista ama los colores

y así mismo, en la comprensión mayor,

de un mundo desigual,

mezcla el blanco al negro,

negro al blanco,

y crea un ángel, desanimado de tantas miserias, picardías, pérdidas,

bancarrotas, vicios, traiciones , guerras,

hambre y desesperanzas,

espantado con los Hombres,

que pierden cada vez más

el supremo biem de la paz

absoluta

y simple,

abrir la boca de espanto,

cair de las propias alturas, en pleno vuelo de reconocimiento,
y sentarse desanimado, cansado de luchar por una humanidad fallida e inconstante...

 

 

 

 

LETRAS DE BABEL 3. Antología multilíngüe.  Montevideo: aBrace editora, 2007.   225 p.  Ex. bibl. Antonio Miranda

 

 

 

Na Ciranda Dos Toques

 

O toque humano

nos inicia quando viemos à luz:

a parteira, o médico, fazem «um toque»

e medem a passagem para a vida.

 

Depois, tocados ao nascer,

no primeiro balido, limpam nossas proteções

e nos levam ao seio, onde as mãos maternas nos amparam

tocam de leve nosso rosto,

examinam dedinhos, e pés de cetim...

 

Para o banho, os toques molhados,

mãos firmes que nos amparam e higienizam...

 

Levantava meu filho os bracinhos
mal eu chegava do trabalho,
pedindo, com veemência:
—«Colinho, mamãe, colinho...»
Quantos toques de carinho...

 

Nas febres, nos pesadelos

de nossa infância, somos tocados,

para curar, para acalmar...

 

Para que os primeiros passos
sejam prazerosos, os pais,
os que nos cuidam, nos seguram com
seus toques de elos e afetos.

 

E quando adolescentes descobrimos

nosso corpo que cresce e aparece,

nos tocamos para constatar se somos (ainda)

as mesmas pessoazinhas de um ontem próximo...

 

E descobrimos os prazeres da sensualidade
que se entreabre qual botão de flor ao sol,
ao luar, à chuva,

nos suaves toques aos genitais...

 

Enamorados,

abrimos portas e acendemos fogueiras,
do toque das mãos nas mãos
às carícias completas e inteiras...

O toque da língua
na arca da aliança,
sagrada ao deus interior.

 

Adultescemos

e a palavra INTIMIDADE

é entendida em sua essência...

Quantas vezes nos tocamos à distância?

E os cegos que lêm com as pontas dos dedos,

no papel em braile e no corpo pleno de mistérios?

E o toque do sacerdote, no batismo,

na consagração,

na comunhão

e na extrema unção?

 

E as mãos dos médicos que lêm sintomas?
Dos pediatras em criancinhas que chorem para entender o circuito da dor? E as mãos dos veterinários,

que têm de saber mais que a palavra?
E os toques do artista, na tela, no barro,
em qualquer matéria?

 

E as piedosas mãos que vestem
as derradeiras vestimentas
naquele que

passou para outra dimensão?

 

E os anjos, que tocam
com toques de menta e de rosas?

 

E mãos da alma, que se tocam
através da extensão dom tempo?

 

Ah, o toque!

presente maior do Criador às suas criaturas!

 

 

 

 

 

Página publicada em março de 2020; ampliada e republicada em setembro de 2020


 

 

 
 
 
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