| DIEGO PETRARCA   Nasceu  em Porto Alegre em 20 de março de 1980. Mestre em Teoria Literária - Escrita  Criativa. Publicou três livros independentes: Nova Música Nossa (crónicas)  1998, Mesmo (poesia) 2003, Via Cinemascope (poesia), 2004, Cada Coisa (poesia)  2012, Vento & Avenca (haicais) 2012 Hai-Cábulos, com Andréia Laimer (2012)  e uma edição-xeróx, Banda (poesia) 2002. Premiado em concursos literários.  Integrou mais de 10 antologias por editora convencional, publicou poemas em  jornais e revistas. Trabalha em projetos literários: leitura em público,  produção de eventos e jornalismo literário. É professor de literatura e  ministra oficinas literárias em órgãos de cultura em Porto Alegre. Apresenta um  programa de poesia e música na rádio web http://wwwradioputzgrila.com.br. Blog:  http://www.ladodentro.blogspot.com/.     Extraído de   COLETÂNEA DE POESIA GAÚCHA  CONTEMPORÂNEA. Organizador Dilan Camargo.  Porto Alegre: Assembleia
 Legislativa, 2013.  354 p.   ISBN 978-85-66054-002
 Ex. bibl. Antonio Miranda
   
                    
                      
                        
                          
                            
                              
                                1.   Fingia  ser satélite e espraiava-se: repartindo o sangue das conversas sobre a espinha  dorsal da avenida, com a língua repetida das vitrolas. E a espessa carnadura  após uns goles de alô precário   Vou esquecer as  problemáticas e dar uma festa estampada desde a cortina. Ponto de interrogação  depois e a porta fecha sorridentes consequências. Você parecia estar no ar das  luzes das flores e oferendas, tudo enigmático e azul como lanternas acetinadas   7.   Devolva meu sorriso. A mágica é uma  espécie de organismo vivo que volta. Sempre. Volta. Não corresponde nunca. É  silenciosa enquanto canção nascida, repartida. A mágica é sempre repetida. Não  sabia? repara, a mágica é mistério concedido concebido pela sorte. A sorte soa  sempre sábia aos olhos do sujeito. Efeito restaurado pelo tempo.   Aceito.  Na velocidade de um sopro. Rarefeito. Mas como assim deixar? seria mais fácil  exigir um sopro mais nítido. Um. Só um. Não menos que um só. Ao mesmo tempo que  a chuva. Os acordes da chuva demoram nos ouvidos.     DEVOLUÇÃO        Testar  limitesforçar  horizontes
 num  exercício de lucidez
 muito  livremente
 concebido
         movimento  bruscode  autoliberação
 sobre  o signo
                         desabridode  si mesmo que
         do  ponto de vistatécnico  bate
 todos os recordes
 de
 devolução
     Página  publicada em maio de 2018 
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