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DELFINA BENIGNA DA CUNHA

 

DELFINA BENIGNA DA CUNHA
(1791-1857)

 

 

Poetisa rio-grandense do sul, nascida a 17 de junho de 1791 e falecida na cidade do Rio de Janeiro a 13 de abril de 1857. Cega desde a idade de 20 meses.

 

Obra poética: Poesias, Porto-Alegre, 1834; Poesías, Rio, 1838.

 

 

SONETO

Vinte vezes a lua prateada
Inteira o rosto seu mostrado havia,
Quando um terrível mal, que então sofria,
Me tornou para sempre desgraçada.

De ver o céu e o sol sendo privada,
Cresceu a para comigo a mágoa ímpia;
Desde a infância a mortal melancolia
Se viu em meu semblante debuxada.

Sensível coração deu-me a natura,
E a fortuna, cruel sempre comigo,
Me negou toda a sorte de ventura;

Nem sequer um prazer breve consigo:
Só para terminar minha amargura
Me aguarda o triste, sepulcral jazigo.

 

Mote

A vil ambição do mundo
Presta auxílio à tirania.

Glosa

Triste Brasil, até quando
Haveis d´estar iludido,
Até quando submetido
À vil ambição do mando?
Os ímpios te vão cavando
Abismos de dia, em dia.
Co´a másc´ra d´hipocrisia
A seus fins buscam chegar;
E quem os quer escutar
Presta auxílio à tirania.

 

SONETO

 

Vinte vezes a lua prateada

Inteira o rosto seu mostrado havia,

Quando um terrível mal, que então sofria,

Me tornou para sempre desgraçada.

 

De ver o céu e o sol sendo privada,

Cresceu a par comigo a mágoa ímpia;

Desde a infância a mortal melancolia

Se viu em meu semblante debuxada.

 

Sensível coração deu-me a natura,

E a fortuna, cruel sempre comigo,

Me negou toda a sorte de ventura ;

 

Nem sequer um prazer breve consigo:

Só para terminar minha amargura

Me aguarda o triste, sepulcral jazigo.

 

 

 

Extraído de SONETOS BRASILEIROS Século XVII – XX. Colletanea organisada por Laudelino Freire.  Rio de Janeiro: F. Briguiet & Cie., 1913

 


 

 

 

 
 
 
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