Home
Sobre Antonio Miranda
Currículo Lattes
Grupo Renovación
Cuatro Tablas
Terra Brasilis
Em Destaque
Textos en Español
Xulio Formoso
Livro de Visitas
Colaboradores
Links Temáticos
Indique esta página
Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Foto: http://williamsoaresdossantos.com.br

 

WILLIAM SOARES DOS SANTOS

 

(Rio de Janeiro, 1972) Poeta.

William Soares dos Santos possui graduação (1997) em Letras (Português/Italiano), mestrado (2002) em Linguística Aplicada, ambos pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e doutorado em Letras (Estudos da Linguagem) pela PUC-Rio (2007).

É professor Adjunto da Faculdade de Educação da UFRJ, onde atua como Professor de Prática de Ensino de Português e Italiano, e do Programa Interdisciplinar de Pós-Graduação em Linguística Aplicada (PIPGLA) da Faculdade de Letras da UFRJ.

 

POESIA SEMPRE  Número 27 – Ano 14 – 2007  Rio de Janeiro: Fundação Biblioteca Nacional, 2007.  Editor Marco Lucchesi.   Ex. bibl. Antonio Miranda

 

memoria

 

tudo o que me resta

é a memória de teu corpo

— meu menino —

retorcido

sobre o meu.

 

tudo o que retenho
é a lembrança do teu
gozo entrecortado
pelo meu.

 

tudo o que guardo é uma gota
de teu suor envasado em cristal.

 

por isso

narro-te menino,
repetidamente,
constantemente
para não te perder.

 

 

raro

 

esta noite o teu corpo estava

quente e raro

que pensei que era febre

tal o rarefeito

ar que saía

por dentre teus gemidos.

 

o arfar de tuas narinas era

raro equino

no equinócio azul da sexta-feira

tal o calor que vinha

feroz

a me aquecer qual estio

depois da primavera.

 

ANTOLOGIA PATUÁ 10 ANOS +  Patuscada/ Vários autores.  Editor Eduardo Lacerda.  Capa de  Leonardo Mathias. São       Paulo: Editora Patuá, 2021.;   288 p.   13,5 x 21 cm.    
ISBN 978-65-5864-191-9                       Ex. bibl. Salomão Sousa

 

Três sóis


Três sóis
invadiram a
minha retina,
como se dela
emergisse
a luz aguardada
de um novo amanhecer
e refulgissem
os raios de uma
sabedoria ansiada
no futuro.

Eu vi, também,
os três sóis
ao acordar
do novo dia
da esperança,
banhada de versos
que
não se distinguiam
do brilho secular
da lua nova.

Ao ver os três sóis,
confundiu-se
o peregrino,
esquecendo o seu
destino e preferindo
perder-se em
cercanias e estradas
que não conduziam
a lugar algum.

Os três sóis
iluminaram a abadia e
os fiéis
antigos pensaram
se tratar da volta
do redentor.

Os três sóis
dançavam no etéreo
da galáxia
atraindo o planeta
mais cheio de vida a
girar ao redor de
seu contrapasso.

O parélio que
fez-se claro
no horizonte
levou-nos à vertigem
do ocaso,
em que não mais
assombravam as
constrições do amanhã,
nem as narrativas incertas
do passado.

Ao sermos banhados
pela luz que emanava
dos três sóis,
fundimo-nos em matéria e
espírito
na irrestrita
densidade do presente.

 

*

VEJA e LEIA outros poetas do RIO DE JANEIRO em nosso Portal:

http://www.antoniomiranda.com.br/poesia_brasis/sao_paulo/sao_paulo.html

 

Página publicada em dezembro de 2021

 

 

 

Página publicada em fevereiro de 2019


 

 

 
 
 
Home Poetas de A a Z Indique este site Sobre A. Miranda Contato
counter create hit
Envie mensagem a webmaster@antoniomiranda.com.br sobre este site da Web.
Copyright © 2004 Antonio Miranda
 
Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Home Contato Página de música Click aqui para pesquisar