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Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Foto por Júlia Machado.

VINICIUS MARIANO DE CARVALHO

 

Nasceu em Barra Mansa, estado do Rio de Janeiro, em 1974. Estudou Letras na Universidade Federal de Juiz de Fora e doutorou-se em Literaturas Românicas em Passau, na Alemanha.Atualmente vive na Dinamarca, onde é professor de Literatura Brasileira e Estudos Brasileiros e editor-chefe da revista Brasiliana – Journal for Brazilian Studies da Aarhus University. Publicou os livros de poemas: Abril (2010) e Geopolítica do Reino daquele Mundo em Vagas Lições (2011), com ilustrações de Cristine Borowski.

 

CARVALHO, Vinicius Mariano de.   Ofício de vida e morte  ou  Ora et labora.  Belo Horizonte, MG: Mazza Edições, 2014.   60 p. (Coleção Travessia)  12x20 cm.  Apresentação de Ésio Macedo Ribeiro.   Capa: Edmilson Pereira. Imagem da capa: Pedras de Tiradentes, Minas Gerais, Brasil.  ISBN 978-85-7160-631-9.   

 

Neste Oficio de vida e morte ou Ora et labora, Vinicius Mariano de Carvalho apresenta poemas de muitas fases, que se reúnem pela condição mesma de expressarem vidas e mortes, ou trabalhos e orações, oferecendo ao leitor a dimensão do que é nascer, existir e morrer. Ou seja, apresenta através de reflexões poéticas o tratado de uma vida que se quer viva e feliz.” ÉSIO MACEDO RIBEIRO.

 

VÉSPERAS

 

Te lucis ante terminum

Crepuscularmente desesperado.

 

Venha noite,

venha noite,

resgate de todo abandono

primeira hora da criação.

Todo o eu anseia o não,

o escuro

o silêncio

o frio

o repouso

 

 

REGRAS DE ETIQUETA SELVAGEM

 

          Para Sebastien Doubinsky

 

Somos selvagens sim, meu amigo,

mas nos sentamos à mesa

e sabemos usar os talheres;

 

Não importa se o que mastigo agora

é seu olho direito,

se o faço de boca fechada.

 

E você,
          como bom civilizado,

                               não grita.

Como bom guerreiro,

                              não chora.

Como bom humanista,

                              teoriza.

 

E por fim, brindamos sua saúde

em cálices de cristal

com seu sangue da melhor safra.

 

 

 

ARTE DA GUERRA II

 

Entretanto

no reino do faz-de-conta

os dois reis do xadrez

decidem por um armistício.

E os peões se põem a plantar batatas

e os cavalos a pastar

e os bispos vão ler a "Imitação de Cristo"

e as rainhas, ah as rainhas!

Estas vão fazer croché.

E as torres viram ruínas

de dois reinos de faz-de-conta.

Entre tantos.

 

 

 

PROSÓDIA FlCTA - OU TARDE EM HAVANA

 

Entre tantos mundos vagos

de cores, cheiros, barulhos

nada eu espero de nada

vão caminho, vá procura.

 

Prazeres fáceis rotos,

faces sorrindo desgostos

d'onde virá meu socorro?

nem do céu, nem desta terra.

 

Meu socorro vem de olhos

de olhos brilhos, insurrectos

de olhos beijos circunspectos.

 

Uma breve epifania,

sem origem e sem fim,

eterna perdura em mim.

 

 

 

SONETO À CASA DE KEATS

 

Um sentimento latente

de déjà-vu sem lugar   . .

arte de saudade impura

temor de não mais voltar.

 

Atopia, engano vão,

rima pobre, pobre cháo.

Reino inteiro, disfarçado,

sobras de matéria chá.

 

Fragmento de poesia,

rabisco existencial.

E corpo sem moradia,

 

sem pecado, sem perdão.

Nenhuma esperança resta

só ritmo e nada mais.

 

 

Página publicada em setembro de 2014.

 

 

 


 

 

 
 
 
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