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Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

TRISTÃO DE ATAÍDE
– pseudônimo de ALCEU AMOROSO LIMA

 

(Rio de Janeiro, 11 de dezembro de 1893 – Petrópolis, 14 de agosto de 1983)

 foi um crítico literário, professor, pensador, escritor e líder católico brasileiro. Foi Conde Romano, pela Santa Sé. Adotou o pseudônimo de Tristão de Ataíde.

Em 1965, sua obra foi considerada para receber o Nobel de Literatura.

A sua visão política, como proposta socioeconômica para o Brasil, teve muita influência do pensamento distributista.

Em 1900, viajou pela Europa com a família, sendo matriculado num colégio aristocrático para aprender francês.

De volta ao Brasil, cursou o Colégio Pedro II, formou-se em Ciências Jurídicas e Sociais pela Faculdade Livre de Ciências Jurídicas e Sociais do Rio de Janeiro (1913), atual Faculdade Nacional de Direito da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

Aderiu ao modernismo em 1922, sendo responsável por importantes estudos sobre os principais poetas do movimento.

Biografia completa em
https://pt.wikipedia.org/wiki/Alceu_Amoroso_Lima

 

 

ANTOLOGIA DOS POETAS BRASILEIROS BISSEXTOS CONTEMPORÂNEOS. Organização: MANUEL BANDEIRA.
Rio de Janeiro: Editora Nova Fronteira, 1996.  298 p,   12 x 18 cm. 
ISBN 979-85-209-0699-O    Ex. bibl. Antonio Miranda

 

 

Bissexto é todo o poeta que só entra em estado de graça de raro em raro.” MANUEL BANDEIRA

 

 

 

                  VOZES

 

              Ouço a Voz ou antes muitas vozes
Que já não chegam mais dos outros tempos
Nem vêem cheirando mais a maresia,
Mas trazem nos cabelos os perfumes,
Nas mãos as flores, nos olhos o mormaço,
— Pois são vozes que têm corpo e que têm alma —
Nos lábios o queixume, em tudo o encanto,
A dolência da terra brasileira.

Chegam de manso, chegam de mansinho,
Afagam meus cabelos,
Afloram minha mãos,
Fecham meus olhos com seus dedos finos
E deixam nos meus lábios um sabor
Que não sei se é de morrer ou de viver,
Que não sei se é de Anhangá ou do meu Anjo.
Esta é a voz do rio que coleia,
Aquela a voz da tarde,
Do negro cipoal impenetrável,


                 Aquela vem dos tépidos banhados
Em que a Manhã passeia em manto de borboletas
E à Noite consigo arrasta as cauda de vagalumes.

 

                Vozes dos coqueirais das praias do Norte,
Vozes das carnaúbas,
Vozes da embaúbas,
Vozes do canaviais cantando com o vento,
Vozes do pássaros de lenda, nas florestas que nunca vi,
Vozes dos tatus noturnos do alto do Macabu,
Vozes das chinas do Sul,
Das malvadas do Norte,
Dos jangadeiros, dos tropeiros, dos vaqueiros,
Daqui, dali, de lá, de cá,
De não sei onde,
De todo o Brasil,
Vozes...

 

 

 

Página publicada em maio de 2020

 

 

 

 

 

 


 

 

 
 
 
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