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Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 



TAVINHO PAES 
 

Com 99 booklets e panfletos, realizados desde 1973, sempre em produção e distribuição independente, Tavinho Paes se prepara para ter SEM LIVROS PUBLICADOS. Fundador do grupo Poema-Terror (1976), com Demétrio Gomes e Torquato de Mendonça e do CEP 20.000 (sarau com 15 anos de existência), com Chacal, Carlos Emílio Lima e Guilherme Zarvos, em1991, continua fazendo eventos de poesia falada.
Junto com Ricardo Ruiz é Diretor e Produtor do evento poemaShow e Curador da Poesia no evento Semana Cultural de Santa.
Organiza do PORTAL DE POESIA (acesso via www.imusica.com.br ) para download de poesia falada e videografada.

No universo Musical tem mais de 250 registros gravados por artistas como: Caetano Veloso, Gilberto Gil, Maria Bethânia, Gal Costa, Marina Lima, Marisa Monte, Rita Lee, Lulu Santos, Lobão, Skank, Ney Matogrosso, etc...
Sucessos como: Totalmente Demais, Linda Demais, Radio Blá, Sexy Yemanjah, etc... Produziu trilhas musicais para filmes como Navalha na Carne (Prêmio JB-1997) e Luzia Homem, entre outros.

Na área de Jornalismo, escreveu textos para todos os grandes jornais do eixo Rio-São Paulo e colaborou com vários jornais de outros estados por períodos regulares. Foi Editor de O PASQUIM, entre 1985/86 e da revista cultural RioCapital (1998) e colaborou com os jornais El Clarin (Argentina) e O Mundo Português (Portugal).
Pertenceu ao quadro de articulistas de independentes como OPINIÃO (1977), Bondinho(1975), Jornal de Ipanema (1979), O NACIONAL, entre outros

No Cinema, participou de filmes como: Rio-Babilônia; A Idade da Terra; Terror & Extase; O Segrêdo da Múmia e Luar sobre Parador. Dirigiu e Produziu com Marcos Bonisson o documentário HONY (Hélio Oiticica in New York), premiado em Osaka (1990).

Nas Artes Plásticas, realizou várias exposições como: Presentes Contínuos, Macro-Fanzines, Eletro-Zines, MiniLivros anos 70/80.
Performances: Rimbauds Efêmeros (1977), VT-JAM-TV (1986), TV DADA Show (1978), Kaleidoskopium (1979), MUTT:ready-made in uso (1976), etc...

Tavinho pode ser acessado na rede, oferecendo eBooks e poemas audioVisuais nos sites que ele mesmo cria e atualiza www.poemashow.com.br e www.totalmentedemais.com.br


os momossexuais

 

Rio de Janeiro: Ibis Libris, 2007. 48 p.Novo livro de Tavinho Paes com verve e picardia... Momossexuias, confome um dicionário de renome, está relacionado com Momo e sexo em ritmo de carnaval. Dionisíaco, Tavinho disserta e verseja sobre o tema... Aqui vai um poema de amostra...

 

TROCA-TROCA

 

... Ai, se eu soubesse que você seria

a colombina que ame abandonou

no carnaval, trocava de fantasia

e ao invés de arlequim eu já saía de pierrô

 

só eu sei o quanto dói

sentir a falta de quem a gente quer

mas foi pra isso que inventaram o carnaval

e é assim que ela é

até raiar a derradeira madrugada

mulher troca de homem

e homem troca de mulher

é é é é é

no carnaval

quem manda na tribo é o pajé

é é é é é

tem mulher que vira homem

e homem que vira mulher

 

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OUTROS POEMAS

MULHERES 

mulheres lutam box e viram freiras
decidem eleições e pedem Paz...
as perfumadas cheiram como princesas
e as loucas são tão boas quanto as que são más

mulheres querem mel mesmo sendo abelhas
e de tão vaidosas querem muito mais...
nos salões de beleza viram feitiçeiras
e se enfeitam simplesmente
para se apaixonar
mulheres amestram serpentes
e fazem cobras dançar
sempre que brincam com Lilith
nos jardins de Allah!
algumas mulheres amam outras mulheres
melhor do que alguns homens
conseguem amar
se as belas tem poder...
as noivas tem sorte...
prostitutas viram santas quando gozam
mulheres tem mistérios
e se entendem
uma vez por mês
se deixam sangrar
todas são estrelas
feitas para brilhar
quem delas se afasta
não tem mais o que amar
mulheres usam pérolas, visons, astracãs
se se parecem com Eva...
exigem maçãs
hoje em dia, vão as guerras
manipulando bazucas, rifles e canhões
sempre em clima de festa
sempre provocando garanhões
mulheres podem ter
batendo no corpo
mais de um coração
se divertem com os fins das comédias
se emocionam com qualquer paixão
a perversão é inocente nos prazeres delas
e nenhuma delas tolera a solidão
seus orgasmos são sempre um mistério
e a kundalini nelas pode estar num embrião
mulheres podem ser
à lua cheia
serpentes nos jardins de Allah...
se tornam profundamente belas
quando dão luz às estrêlas
e à vida que, um dia,
veio do mar...

info: publicado no panfleto O ONANISTA MANETA (1976)
 
 

GRANDES OBRAS
 

no país da democracia
uma enorme obra tornou-se
absolutamente necessária
para que a hipocrisia
junto com a inveja e a bobagem
tomassem posse do estado
e mal fizessem às pessoas do bem
Todo Mundo
grão-mestre daquela nação
convocou Alguém para executar
a inadiável tarefa

Alguém
embolsou 40 % da verba
e ofereceu o restante para que
Qualquer Um
tocasse a obra à sua maneira
Qualquer Um
cobrou 30% de comissão
e dividiu o que sobrou com
Alguém
que ofereceu-se para suar a camisa
e tocar a obra até o fim
no fim: deu tudo errado
e Todo Mundo culpou Alguém
porque Ninguém fez
o que Qualquer Um
poderia ter feito
mas não fez
...mesmo assim
Ninguém foi preso
pelo grande fracasso
info: publicado no panfleto O KÚMPLICE DO TARADO (1979)

 

O INFERNO É FOGO
 

O inferno não depende da presença do diabo
E lá ninguém tem medo do poder de Satanás
O inferno não recebe nem turistas nem culpados
E lá a liberdade é como uma fuga em Alcatraz
O inferno não é uma fantasia dos demônios
Nem está numa guerra que acabou de começar
O inferno não faz parte das mentiras das igrejas
Nem é opcional pra quem no céu não pode entrar
O inferno é fogo!
Ali ninguém mora e para lá ninguém vai
Além daquela porta tudo que entrar não sai
O fogo nunca apaga e sempre há o que queimar
No Inferno não tem festa, não tem comício nem bar
O inferno não existe para quem não é de lá
O inferno é fogo!
Pura Imaginação!
 
info: publicado no panfleto O ASTROLÁBIO PARA LUNÁTICOS (1981)
 
 

A CIDADE DOS 1000 POETAS
 

Eu nasci num subúrbio da maravilhosa
Cidade dos 1000 Poetas.

Nasci na noite do Iguana,
numa maternidade
ao sopé do Morro dos Ventos Uivantes
de cujo cume
o beato Sebastião via a ilha
que o cangaceiro Satanás cria ser real.

Minha mãe, naquela noite de luzes,
foi tão natural quanto a de Máximo Gorki.

Meu pai,
cercado de famas e cronópios,
permaneceu acordado noite adentro,
fumando charutos da mesma marca
dos prediletos de Gabo
comprados naquela Tabacaria
que Pessoa via de sua janela.

Naquela noite,
Scott Fitzgerald ditou pacientemente
para sua Zelda:
"Tender is The Night".

Nasci e cresci lá...
Na Cidade dos 1000 Poetas
...onde as fadas vivem em Avalon,
...os ateus crêem em Deus
...e todos os fogos têm uma chama lilás. 
...onde os bêbados tem sempre os copos cheios,
...onde todas as musas já foram cantadas
e todas as divas são Totalmente Demais!

Nasci e cresci lá...
onde os anos se passam em Marienbad...

Lá, sou eterno menino no colo da vovó
ouvindo a aventura de Chapeuzinho
dormindo com Branca de Neve
descalço como Cinderela...
ninado pelas delícias de Grimm, La Fontaine...

Lá, as sereias de Ulisses
fazem seus concertos todas as noites...

Lá, eu viajo com Gulliver, até Lilliput
acredito no que dizem os Pinóquios,
jogo o jogo das amarelinhas de Cortázar
e conheço a palavra mágica de Ali-Babá!

Lá, os mitos sobrevivem à realidade dos fatos
e a vida e o destino
seguem o mesmo itinerário...

Sempre vivi lá...
lá, na Cidade dos 1000 Poetas...
...onde Sherazade encantou o sultão,
Aladim achou sua lâmpada
e Dumbo flutuou no ar...
Lá, os Teseus sempre venceram
e criaram Minotauros,
as Sílfides aparecem quando estamos acordados,
Flaubert encontrou Felicidade
...e tudo que era sólido evaporou-se no ar!

Lá, hospedo-me no Castelo de Kafka,
visto-me com a elegância de Proust
com aquela camisa amarela de Maiakovski
e sempre carrego na lapela,
o cravo verde de Oscar Wilde...
Às vezes vou com Zelão
lá pelas veredas do Grande Sertão
escutar estórias de arrepiar...
...é mula sem cabeça, caipora, Saci-Pererê...
Coisa que nem Jeca Tatu pode acreditar...

Lá, sou sócio do Clube do Sr. Pickwick...
Conheço bem o atelier onde foi pintado
O Retrato de Dorian Gray
e o bar onde se embriagam os personagens
de Conrad e Bukowski...
bares onde se recitam de Bilac à Éluard
Lá, pulo carnaval com o General da Banda,
ao som dos clarins do Bola Preta...
Lá, eu sou Cacique, sou Bafo da Onça...
Sou o rei do Tico-Tico no Fubá!
Sou livre para sonhar até o sol raiar!

Lá ...na Cidade dos 1000 Poetas,
jogo xadrês com Capablanca e Duchamp
dados com Mallarmé,
purrinha com Jacques Derrida
I Ching com Jung
e, às vezes, fico triste como Tristan Tzara,
mas logo amanheço sorrindo
com as graças do Dali de Gala...

Lá, Torço por um clube anônimo
onde Garrincha ainda canta de galo
e os Pelés driblam a vida
com a mesma graça de Braguinha e Babo...

Num certo bar de esquina,
um certo Vinícius encontrou o Tom certo
para cantar uma certinha
que, todo dia, toda fofinha,
passava com sua banda balançando
a caminho do mar...
Também costumo frequentar o Cabaret Voltaire
para ouvir Billie Holliday cantar blues,
a divina Elizete solfejar sambas inesquecíveis
e Piaf fazer bicos para falar de amor...

Lá, os viciados em inseticida de Burroughs
almoçam nús...
Entro neste Bar Esperança
como bêbado-criança para brindar
o impenetrável  Nélson Rodrigues
a saudade de Clarisse Lispector
e a saúde de Chico Buarque...
Na jukebox da casa, por dois tostões,
ouvimos Gardel, Orlando Silva, Noel...
Tem-se à disposição Nat King Cole e Mário Reis,
além dos terríveis cantos de Maldonor e Pound...

Amo a som da Cidade dos 1000 Poetas
Lá... em todas as canções de amor
está vivo e sibilante
o delicadíssimo acorde de Tristão.
Lá... Cartola descobriu a rosa de Gertrude Stein...
Lá, decifro o enigma das Pirâmides
e vou pelo caminho do boulevard
onde o anjo de Baudelaire, ao atravessar a rua
perdeu seu halo numa poça de lama
anunciando o mundo novo
que mal começava a chegar...
Foi neste boulevard
que um certo Rimbaud,
diante da iluminação à gás,
mantinha um tórrido affair
com um certo Verlaine,
enquanto Lolita enlouquecia os Nabokovs
em filmes inéditos de Jean-Luc Godard.

Às vezes,
montado no Cavalinho Azul de Maria Clara
vou ao Teatro da Crueldade,
não para descobrir a mesma verdade de Hamlet,
nem para saber o que havia de podre
no Reino da Dinamarca...
mas para assistir Brecht encurralar a burguesia,
ver o Rei Ubu manter sua monarquia,
o malandro cantar sua ópera
e ter medo de Virginia Wolf
ouvindo o Doce Pássaro da Juventude cantar...

Lá, viajo pelos caminhos de Swann,
pesco com Hemingway
e me misturo aos antológicos personagens
de Marguerite Yourcenar.
De lá, parto para Maracancalha
de caniço e samburá...

Lá, todas as montanhas são mágicas
e do alto destas montanhas
onde Zarathustra tomou das mãos de Moisés
as tábuas com as Leis de Deus...

...foi na Cidade dos 1000 Poetas
que Marx e Engels fizeram sua revolução,
Peter Pan tornou-se adulto,
e as baleias de Melville tornaram-se tão dóceis
quanto gatinhos angorás.

Lá... conversando sobre a vida e a morte
com Hans Castrop,
soube que um certo Gregor Samza
acordou de um pesadelo transformado numa barata...
Desde então, tenho sonhado
com Rashkolnikov e sua velhinha
e me consultado com Freud, para me apaziguar...

Lá... o Marques de Sade assistiu,
do lado de dentro da masmorra,
a tomada da Bastilha
e perguntou a si mesmo:
"– ...oh! Mon Dieu de La France...
por quem será que morrem os Marats?"

Não!
...não sei quem foi o amante da Moreninha?
Minha memória não é igual a do Sargento de Milícias.
Para mim, pode ter sido até Macunaíma...
Também não sei se Orlando
é menina ou menino?
Preciso telefonar para Marguerite Duras!
...ou buscar algumas pistas
nos panfletos que um certo Sartre
distribuia, às pencas, nas esquinas
com sua querida Bouvoir...

Nasci, cresci e sempre vivi lá...
Lá, na Cidade dos 1000 Poetas...
...onde todos os meus heróis estão vivos...
...onde as pitonisas são candidamente otimistas
...onde as bruxas de Macbeth são tão bonitas
quanto as musas de Toulouse-Lautrec
e os unicórnios que passeiam ao luar...

Amo esta cidade...
com suas paredes pixadas por Picasso e Picabia...
Para mim, ela é a Rimini, de Felini,
a Havana, de Cabrera Infante,
a New York, de Dorothy Parker,
a Cidade Aberta de Rosselini,
a Santiago de Neruda
a Iasnaia Poliana de Sônia e Tolstoi
a bengala de Chaplin
a estrada de Kerouack.

A Cidade dos 1000 Poetas
é como a Irlanda, de Joyce...
a Metrópolis, de Fritz Lang...
a Bahia, de Jorge Amado,
a Alexanderplatz, de Fassbinder...

Esta cidade é meu ícone sagrado
a Rosebud, do Cidadão Kane...
a virgem dos lábios de mel, de Alencar...
a Daysi do Grande Gatsby...
a jovem Tadzio, do professor Aschnbach...
Lá... está a Passárgada, de Bandeira...
a Pindorama modernista, de Pagú & Oswald...
o deserto de Lawrence da Arábia...

Nasci, cresci, vivi e quero morrer lá...
Lá... na Cidade dos 1000 Poetas!
e lá... quero morrer como um paxá,
ouvindo em cada palmeira o canto da sabiá!
Quero um velório como o de Finnegan
com direito a um clone de Rita,
ao pé de minha tumba.
cantando, ao violão, aquela canção de Cole Porter:
"Put a blame on me, boy..."
Quero morrer ouvindo Villa-Lobos
Wagner, Beethoven e Bach...
Quero que um trompete toque Miles
e uma guitarra lembre Jimi Hendrix...
Quero morrer vendo filmes de Gláuber,
Kurosawa, Truffault, Welles, Eisenstein...
filmes que não se fazem mais...
...miúras!!!
Quero chegar ao Limite
e me transformar n'O Fantasma da Liberdade

Exijo que fumem marijuana sobre meu túmulo
como fazem nos sepulcros
de Jim Morrisson, Janis Joplin...
Quando meu caixão descer para os vermes,
quero que instalem um alto-falante por perto
e toquem minhas músicas...

Quero estar morto ouvindo
...Música!!!
...e se não for possível tamanha honra,
peço que quando meu corpo encaixotado descer
aos sete palmos daquela terra sagrada
alguém assobie Jobim, pra mim!

Eu quero ser enterrado lá...
Na Cidade dos 1000 Poetas...
lá... na Terra do Nunca...
no Sítio do Pica-Pau Amarelo...

Lá... onde o Fausto, de Goethe
conheceu Mefistófles
e onde são felizes as Ilusões Perdidas,
de Balzac...

Lá... na Cidade dos 1000 Poetas...
...onde Anna Lívia fala a língua das águas do rio...
...onde vive o espírito da aventura...
...onde os quixotes inventam moinhos...
e onde o bonde chamado desejo
é guiado pela divina Blanche Dubois...

Foi lá...
que Visconti imaginou os deuses malditos,
Bertolucci filmou Il Novecentto
e Antonionni bolou aquela cena de amor
de Zabrinskie Point,
coreografada na areia por Balanchine
ao som do Pink Floyd,
inspirado em pinturas de Renoir...

Quero morrer e ser enterrado lá...
...lá, na Cidade dos 1000 Poetas!
...onde as leis protegem a Liberdade
os cidadãos são sãos ou não
todos são exatamente o que são
...onde a leoa é o leão

...lá,
onde os rinocerontes de Ionesco
foram domados e levados
para o zoológico de Lord Byron

quero morrer e ser enterrado lá...
onde Satie compos cantos de ninar...
onde sorriem as Mona Lisas...
no país das maravilhas
onde a estrada dos tijolinhos amarelos vai dar...

lá...
onde os Romeus morrem por último
onde Arthur, Guinivère e Lancelot
resolveram, com total elegância,
seus problemas sentimentais...

Quero dar adeus a este mundo
junto daquelas psicodélicas utopias
que sempre amei na vida:
...minhas frágeis e intrigantes poesias!
...quero morrer
ser velado e enterrado lá...
Lá... na Cidade dos 1000 Poetas
...onde a poesia inspira a dança
e onde reina a deusa dos deuses...
a mais linda e mais criança...
...A MÚSICA!

 

info: publicado no e.Book O POEMA VOA (2001)

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contatos diretos: tavinhopaes@gmail.com
webSites: www.poemashow.com.br e www.totalmentedemais.com.br

 



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