Home
Sobre Antonio Miranda
Currículo Lattes
Grupo Renovación
Cuatro Tablas
Terra Brasilis
Em Destaque
Textos en Español
Xulio Formoso
Livro de Visitas
Colaboradores
Links Temáticos
Indique esta página
Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 
Foto: /escamandro.wordpress.com/ 

PATRICIA LAVELLE

 

Nasceu no Rio de Janeiro, é professora do Departamento de Letras da PUC-Rio e atua no Programa de Pós-graduação em Literatura, Cultura e Contemporaneidade. Doutora em filosofia pela École des Hautes Études en Sciences Sociales de Paris, onde morou entre 1999 e 2014, tem livros de ensaios publicados na França e no Brasil, entre os quais Religion et histoire. Sur le concept d'expérience chez Walter Benjamin (Cerf, 2008), sua tese de doutorado. Traduziu Paul Ricoeur e Walter Benjamin para o português e poemas de Orides Fontela para o francês. Como poeta, publicou a plaquete Migalhas metacríticas (7Letras, 2017) e estreou em livro com Bye bye Babel (7Letras, 2018, primei¬ra menção honrosa no Prémio Cidade de Belo Horizonte de 2016). Trabalha no projeto de um novo livro de poesia proviso¬riamente intitulado (Alguma coisa = X).

O NERVO DO POEMA. Antologia para Orides FontelaOrganizadores: Patricia Lavalle; Paulo Henriques Britto.  Belo Horizonte, MG: Rellicário,2018.  152 p.   14,5 x  20,5 cm.  Capa, projeto gráfico e diagramação: Carolina Gischewski.         
ISBN 978-85-66786-84-2         Ex. bibl. Antonio Miranda

Inclui poemas de Ana Martins Marques, Josely Vianna Baptista, Lu Menezes, Patricia Lavalle, Leila Danzigert, Paula Glenadel, Marcos Siscar, Masé Lemos, Marília Garcia, Laura Erber, Edimilson de Almeida Pereira, Prisca Agustoni, Alice Sant´ Anna, Heitor Ferraz Mello, Tarso de Melo, Katia Maciel, Simone Brantes, Ricardo Domeneck, Mônica de Aquino, Paulo Henriques Brito,  Claudia Roquette-Pinto, Ricardo Aleixo; e Agê de Carvalho.       

 

Espelho

 

esse corpo que tenho

e que sou:

mundos moventes

metamorfoses

que uma forma pronominal

vazia

unifica e preenche

em fluxos reflexos

penso:

eu, máquina do mundo

quem?

na imagem ninguém

reconheço

traços deformados

no espelho de papel

contam histórias

sobre você

 

O eu e eu

 

Nem é preciso dizer
você já sabe: eu
sou

o sujeito aqui
desse enunciado.

 

Estou entretanto
fora dele
e de fora
o observo
espantada.

 

Pra falar do eu
(que seja o meu

ou o seu —

esse que em todos fala)

substantivo-me

masculina

num passe de mágica;
traumática, sequer,
a operação gramática
em todo caso
não doeu.

 

Aos trancos e barrancos
entre cacos
estilhaços
seguimos lado a lado
o eu
homem de palavra
e eu
que sempre
de um passo
o ultrapasso.

 

 

 

Bildung

 

(a partir da obra homónima de Leila Danziger)

 

Um vento sopra em livro aberto

ruínas, ruídos, runas

redemoinhos

murmuram

em cada in-fólio

 

Páginas abrem páginas
em infinitas cópulas
e em cada linha
crescem linhagens

 

Num álbum vermelho
em espelho, em enigma
sou a que forma
e o informe
em formação

 

livro em branco
fechado

entre páginas,
asas abertas

 

 

 

Página publicada em maio de 2019


 

 

 
 
 
Home Poetas de A a Z Indique este site Sobre A. Miranda Contato
counter create hit
Envie mensagem a webmaster@antoniomiranda.com.br sobre este site da Web.
Copyright © 2004 Antonio Miranda
 
Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Home Contato Página de música Click aqui para pesquisar