Home
Sobre Antonio Miranda
Currículo Lattes
Grupo Renovación
Cuatro Tablas
Terra Brasilis
Em Destaque
Textos en Español
Xulio Formoso
Livro de Visitas
Colaboradores
Links Temáticos
Indique esta página
Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

O PARNASIANISMO / OS PARNASIANOS
---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

 

 


LUÍS GUIMARÃES JÚNIOR

(1845-1898)

 

 

Luís Caetano Pereira Guimarães Júnior nasceu no Rio de Janeiro. Começou os estudos
de Direito em São Paulo e concluiu no Re
­cife. Exerceu o jornalismo e depois foi
diplomata, tendo sido adido no Chile. Serviu ainda na Inglaterra, na Santa Sé, em
Portugal e na Venezuela. Além de poesia, escreveu contos, comédia e dramas.

 

Obra poética: Carimbos (1869) e Sonetos e rimas (1880), com segunda edição
aumentada em 1886. Foi um dos fundadores da Academia Brasileira de Letras.

 

TEXTOS IN ITALIANO

 

TEXTOS EN ESPAÑOL

 

 

VISITA Á CASA PATERNA

 

Como a ave que volta ao ninho antigo,

Depois de um longo e tenebroso inverno,

Eu quis também rever o lar paterno,

O meu primeiro e virginal abrigo.

 

Entrei.  Um gênio carinhoso e amigo,

O fantasma talvez do amor materno,

Tomou-me as mãos — olhou-me grave e terno,

E, passo a passo, caminhou comigo.

 

Era esta sala... (Oh! se me lembro! e quanto!)

Em que da luz noturna à claridade,

Minhas irmãs e minha mãe...   O pranto

 

Jorrou-me em ondas...  Resistir quem há-de?

Uma ilusão gemia em cada canto,

Chorava em cada canto uma saudade.

 

NOITE TROPICAL

 

Desceu a calma noite irradiante

Sobre a floresta e os vales semeados:

Já ninguém ouve os cantos prolongados

Do negro escravo, estúpido e arquejante.

 

Dorme a fazenda: — apenas hesitante

A voz do cão, em uivos assustados,

Corta o silêncio, e vai nos descampados

Perder-se como um grito agonizante.

 

Rompe o luar, ensangüentado e informe,

Brotam fantasmas da savana nua ...

E, de repente, um berro desconforme

 

Parte da mata em que o luar flutua,

E a onça, abrindo a rubra fauce enorme,

Geme na sombra, contemplando a lua.

 

Sonetos e rimas (1880)

 

 

JAGUAR

 

Rosna o fulvo jaguar, triste e dormente,

No seio da floresta: — a fera inteira

Dobra à velhice, e a névoa derradeira

Cobre-lhe a fauce lívida e impotente.

 

O imundo inseto, a mosca impertinente

Zumbe-lhe em torno; — a cobra traiçoeira

Fere-lhe a cauda inerte, e a aventureira

Formiga morde-o calma e indiferente.

 

Apenas quebra o sono funerário

Do velho herói o grito, entre as folhagens,

Do cordeiro medroso e solitário;

 

Ou, através das tropicais aragens,

O tropel afastado, intenso e vário

D'um rebanho de búfalos selvagens.

 

Sonetos e rimas (1880)

 

 

o coração que bate neste peito,

E que bate por ti unicamente,

O coração, outrora independente,

Hoje humilde, cativo e satisfeito;

 

Quando eu cair, enfim, morto e desfeito,

Quando a hora soar lugubremente

Do repouso·final, — tranqüilo e crente

Irá sonhar no derradeiro leito.

 

E quando um dia fores comovida

— Branca visão que entre os sepulcros erra —

Visitar minha fúnebre guarida,

 

O coração, que toda em si te encerra,

Sentindo-te chegar, mulher querida,

Palpitará de amor dentro da terra.

 

Sonetos e rimas (1880)

 

 

PAISAGEM

 

O dia frouxo e lânguido declina

Da Ave-Maria às doces badaladas;

Em surdo enxame as auras perfumadas

Sobem do vale e descem da colina.

 

A juriti saudosa o colo inclina

Gemendo entre as paineiras afastadas;

E além nas pardas serras elevadas

Vê-se da Lua a curva purpurina.

 

O rebanho e os pastores caminhando

Por entre as altas matas, lentamente,

Voltam do pasto num tranqüilo bando;

 

Suspira o rio tépido e plangente,

E pelo rio as vozes afinando,

As lavadeiras cantam tristemente

 

 

Sonetos e rimas (1880)

 

 

 

 

REZENDE, Edgar.  O Brasil que os poetas cantam.  2ª ed. revista e comentada.  Rio de Janeiro: Livraria Freitas Bastos, 1958.  460 p.  15 x 23 cm. Capa dura.   Ex. bibl. Antonio Miranda

 

       FORA DA BARRA    

              Adeus! Adeus! Nas cerrações perdido
                   Vejo-te apenas, Guanabara altiva...
                            VARELA — Ao Rio de Janeiro

 

         Já vamos longe... Os morros benfazejos
        Metem na bruma os cimos alterosos...
        Ventos da tarde, ventos lacrimosos,
        Vós sois da Pátria os derradeiros beijos!

        A alvas plagas, os profundos brejos
        Ficam além, além!... Adeus gostosos
        Tormentos do passado! Adeus, oh gozos!
        Adeus, oh velhos e infantis desejos!

        Na fugitiva luz do sol poente,
        Vai-se apagando, ao longe, tristemente,
        Do Corcovado a majestosa serra...

        O mar parece todo um só gemido...
        E eu mal sustento o coração partido,
        Oh terra de meus pais! Oh minha terra!

 

        A SERTANEJA
          
(canção do Norte)

                Ainsi chante au soleil la cigale dorée.
                                              
A. DE MUSSET.

         Eu sou a virgem morena,
        Robusta, lesta, pequena,
        Como a cabrita montês;
        Vivo cercada de amores,
        E Aquele que fez as flores,
        Irmã das flores me fez.

        Vinde ver, oh boiadeiros,
        Meus vestidos domingueiros,
        Meus braços limpos e nus:
        Ah! vinde ver-me enfeitada
        Com minha saia engomada,
        Com meus tamancos azuis.

        Sertanejos, sertanejos,
        Pedis debalde os meus beijos,
        Em vão pedis meu amor!
        Eu sou a agreste cotia,
        Que se expõe à pontaria,
        E ri-se do caçador!

        A sertaneja morena
        Bonita, forte, pequena,
        Não cai na armadilha, não;
        A jaçanã corre e voa
        Quando vê sobre a lagoa
        A sombra do gavião.

        Sou órfã, donzela e pobre,
        Vistosa telha não cobre
        O lar que herdei de meus pais;
        Que importa? Vivo contente;
        Ser moça, bela e inocente
        É ter fortuna demais!

        Quem tece e protege o ninho,
        Quem defende o passarinho,
        Quem das mãos espalha o bem,
        Quem fez o sol e as estrelas,
        Dando a virtude às donzelas
        Deu-lhes a força também.

        A Virgem nunca se esquece
        Da mais tosca e simples prece
        Que voa ao seio de Deus:
        Por cada infeliz que chora
        Abre na terra uma aurora,
        Crava uma estrela nos céus.

        Sertanejos, sertanejos,
        Podeis morrer de desejos
        Que eu não me temo de vós!
        A sertaneja faceira
        É mais que a paca ligeira
        Mais que a andorinha veloz.

        Sou viva, arisca, medrosa,,,
        Bem como a onça raivosa
        Pronta ao mais leve rumor!
        No meu cabelo selvagem
        Sente-se a morna bafagem
        Das matas virgens em flor.

        No samba quem puxa a fieira
        Melhor, melhor que a trigueira
        Maravilha dos sertões?
        Que peito mais brando anseia,
        Quem mais gentil sapateia,
        Quem pisa mais corações?

        Ai gentes! Ai boiadeiros!
        Não sois decerto os primeiros
        Que o meu olhar cativou:
        Desta morena a doçura
        É como frecha segura:
        Peito que encontra — rasgou!

        Minha rede é perfumada
        Como a folha machucada
        De verde malva maçã;
        Nela me embalo sonhando,
        E dela salto cantando
        Quando vem rindo a manhã.

        Sonho com jambos e rosas,
        Co´as madrugadas formosas
        Deste formoso sertão;
        Meu sonho é como a canoa,
        Que voa, que voa e voa
        Nas águas do ribeirão.

Trago no seio guardado
O rosário abençoado
Que minha mãe me deixou;
Ai! gentes! ai! pastorinhas!
Foi que meu pranto as lavou.

Quem é mais feliz na terra?
Quem mais delícias encerra,
Quem mais feitiço contém?
Vem, moreno boiadeiro,
Desafiar meu pandeiro
Com tua guitarra, — vem!

Raiou domingo! Que festa!
Que barulho na floresta!
Quanto rumor no sertão!
Que céu! que matas cheirosas!
Quanto perfume nas rosas,
E quantas rosas no chão!

Vinde ouvir-me na guitarra;
Não há nas brenhas cigarra
Que me acompanhe, — não há!
Trazei, trazei, boiadeiros,
As violas, os pandeiros,
Os búzios, o maracá.

Eu sou a virgem morena
Robusta, lesta, pequena,
Como a cabrita montês;
Vivo cercada de amores,
E Aquele que fez as flores
Irmã das flores me fez. 
 
       
(“Sonetos e Rimas”)

 

 

OLIVEIRA, Alberto dePáginas de ouro da poesia brasileira. Rio de Janeiro: H Garnier, Livreiro-Editor, 1911.   420 p.  12x18 cm Ex. bibl. Antonio Miranda


Inclui os poetas: Frei José de Santa Rita Durão, Claudio Manuel da Costa, José Basílio da Gama, Thomas Antonio Gonzaga, Ignacio José de Alvarenga Peixoto, Manoel Ignacio da Silva Alvarenga, José Bonifacio de Andrada e Silva, Bento de Figuieredo Tenreiro Aranha, Domingos Borges de Barros, Candido José de Araujo Vianna, Antonio Peregfrino Maciel Monteiro, Manoel de Araujo Porto Alere, Domingos José Gonçalves de Magalhães, José Maria do Amaral, Antonio Gonçalves Dias, Bernardo Joaquim da Silva Guimarãaes, Francisco Octaviano de Almeida Rosa, Laurindo José da Silva Rabello, José Bonifacio de Andrada e Silva, Aureliano José Lessa, Manoel Antonio Alvares de Azevedo, Luiz José Junqueira Freire, José de Moraes Silva, José Alexandre Teixeira de Mello, Luiz Delfino dos Santos, Casemiro José Marques de Abreu, Bruno Henrique de Almeida Seabra, Pedro Luiz Pereira de Souza, Tobias Barreto de Menezes, Joaquim Maria Machado de Assis, Luz Nicolao Fagundes Varella, João Julio dos Santos, João Nepomuceno Kubitschek, Luiz Caetano Pereira Guimarães Junior, Antonio de Castro Alves, Luiz de Sousa Monteiro de Barros, Manoel Ramos da Costa, José Ezequiel Freire, Lucio Drumond Furtado de Mendonça, Francisco Antonio de Carvalho Junior, Arthur Narantino Gonçalves Azevedim Theophilo Dias de Mesquita, Adelino Fontoura, Antonio Valentim da Costa Magalhães, Sebastião Cicero de Guimarães Passos, Pedro
Rabello e João Antonio de Azevedo Cruz.   

/ Aparece como Luiz Caetano Pereira Guimarães Júnior, e as datas 1857-1898
como de nascimento e morte. /

 

HORA DE AMOR

Reunimo-nos todos no terraço :
A fria lua sobre nós pairava;
Rescendendo á baunilha, suspirava
A aragem, quente ainda do mormaço.

E Ella pousou o alabastrino braço
Nú sobre o marmor. Seu olhar brilhava
Como a opala ao luar, — e procurava
Os mudos olhos meus, de espaço a espaço.

Uma orchestra, invisivel e saudosa,
Cuja harmonia os echos repetiam,
Lançava á noite os ais de Cimarosa :

E quando os mais a musica applaudiam,
Eu, ó madona minha silenciosa,
Ouvia o que os teus olhos me diziam.

 

A PRIMEIRA ENTREVISTA

Ella não tarda. Disse-me que vinha :
Mas quem sabe ! Se acaso acontecesse
Qualquer cousa imprevista, e não viesse!
Oh! Deus do céo! que situação a minha!

E este relógio vil que não caminha!
E o tempo ! — uma hora apenas e parece
Noite fechada já! Ah ! se chovesse!...
Mas, não : alguém tocou a campainha,

Alguém subiu veloz a minha escada :
Ouço um rumor de seda machucada
E uns miudinhos, uns nervosos passos...

Duvido ainda! Espreito delirante :
Abro a tremer — e toda palpitante
Ella cae a sorrir entre os meus braços.
 

 

VISITA Á CASA PATERNA

Como a ave que volta ao ninho antigo,
Depois de um longo e tenebroso inverno,
Eu quiz também rever o lar paterno,
O meu primeiro e virginal abrigo.

Entrei. Um gEnio carinhoso e amigo,
O fantasma, talvez, do amor materno,
Tomou-me as mãos, olhou-me grave e terno,
E passo a passo caminhou commigo.

Era esta a sala... (Oh ! se me lembro, e quanto !)
Em que, da luz nocturna á claridade,
Minhas irmães e minha mãe... O pranto

Jorrou-me em ondas... Resistir quem hade?
Uma illusão gemia em cada canto,
Chorava em cada canto uma saudade.
 

 

O BEIJO DA MORTA


Cresce a invemosa noite, um frio intenso
Morde-me as carnes : — livido, gelado,
No leito me ergo... e escuto o desolado
Uivo do inverno, atroz, convulso, immenso...

Tento dormir. Em vão ! Escuto e penso.
Penso na eterna Ausente... Ah! se a meu lado
Ella estivesse! um beijo perfumado!
Um só! me fôra ardente e ideal incenso...

Abre-se então de leve a minha porta :
E' ella! Entrou. Na pallidez da morta
Uma aurora de beijos irradia :

Caminha... chega e diz-me num segredo
: « Une teu rosto ao meu, não tenhas medo :
Venho aquecer-te : — a noite está tão fria! »
 

 

 

TEXTOS IN ITALIANO

 

Extraído de

MIRAGLIA, TolentinoPiccola Antologia poetica brasiliana.  Versioni.  São Paulo: Livraria Nobel, 1955.  164 p.  

 

 

RITORNO ALLA CASA PATERNA

 

Qual rondine che torna al nido antico,
Dopo d'un lungo e tenebroso Inverno,
Tornai anch'io alTasilo paterno,
Che fu per me sí generoso e aprico.

 

Entrai. Un génio affettuoso e amico,
Forse il fantasma delTamor materno,
Mi guidò, a ogni passo, con superno
Amore, ch'io esalto e benedico.

 

II salotto . . . (Se mi sovvengo, e quanto !)
Che alia nottuma lâmpada, concordi,
Le mie sorelle e mamma mia ... II pianto

 

Sgorga in onda. Non c'e nessun che scordi :
— Gémea un'illusione in ogni canto;
In ogni canto piangeano i ricordi !

 

 

IL SONNO  DEL/ANGELO


Quand’essa dorme, come fa la stella
Nei vapor delia timida mattina,
E la sua dolce fronte si reclina
Al piú perfetto giglio si livella;

 

Si serena, si lúcida e si bella
Gual d'angelo, l'amata testolina
Si riposa, sulla cambraia fina,
lo veglio, mentre a Dio il cuor appella,

 

Per la felicità dei suo rigoglio.

Dio che protegge il fiore, ed all‘oscura

Fianta dà la virtú dei suo germoglio;

 

Dio, che il creato domina e consiglia,

Abbia pietà di questa creatura,

Questa gemma di fior, che è la mia figlia.

 

 

I L   F I G L I O


La sua vita era un riso sgangherato;
Quella di lei, un pianto.
Essa piangeva,
Sotto l‘opra crudel che Popprimeva;
Lui rideva, nell’antro affumicato.

 

Mai sul labbro di lei era sbocciato
Il piu lieve sorriso. Nè scendeva
Il pianto, o, per lo meno, si vedeva
Lacrima, sul di lui viso scarnato.

 

Ma Iddio, che, per Maria, al mondo mise

II Redentore; Iddio a loro diede

Un figlio, dalla prece in cielo accolta.

 

E, per la prima volta, essa sorrise,
Baciando al suo bambino il róseo piede;
Anche lui pianse, per la prima volta !

 

 

 

TEXTOS EN ESPAÑOL

 

 

ANTOLOGÍA DE LA POESÍA BRASILEÑA, desde el Romanticismo a la Generación de  cuarenta y cincoSelección, introducción y traducción de  Ángel Crespo.   Barcelona: Seix Barral, 1973.   440 p.   Ex.bibl. Antonio Miranda

 

LUÍS GUIMARÃES JÚNIOR

 

              Noche tropical

La calma noche descendió irradiante
Sobre el bosque y los valles cultivados:
Ya nadie oye los cantos prolongados
Del negro esclavo, estúpido, anhelante.

Duerme la hacienda: apenas dubitante,
La voz del can, en ayes asustados,
Corta el silencio y por los descampados
Se pierde como un grito agonizante.

Luce la luna, ensangrentada, informe;
Fantasmas la sabana va evocando...
Y, de repente, un grito disconforme

Parte del bosque, en el que fluctuando
Está la luz. Es la onza: fauce enorme,
Gime en la sombra, al Astro contemplando.

 

Memorias

Atardecer: los cerros, tristemente,
En un azul de nubes se envolvían...
Asustados, los pájaros huían,
Ante la luna, ante su luz doliente.

    En nuestra soledad, humildemente,
Mis ojos en los suyos se veían
Como astros en un lago, y se bebían
Su alma trémula, fresca e inocente.

   A nuestros pies un río suspiraba
Y los ramajes de un pomar morado,
De cuando en cuando, el aire meneaba.

Su pudoroso seno, albo y velado,
Cual paloma en mis brazos jadeaba...
¡Cállate, corazón! Todo es pasado.

 

 

Página ampliada em dezembro de 2019



Voltar para a  página do Rio de Janeiro Voltar ao topo da página

 

 

 
 
 
Home Poetas de A a Z Indique este site Sobre A. Miranda Contato
counter create hit
Envie mensagem a webmaster@antoniomiranda.com.br sobre este site da Web.
Copyright © 2004 Antonio Miranda
 
Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Home Contato Página de música Click aqui para pesquisar