| Foto: https://www.youtube.com/
 
 
 ANDRÉ PULLIG
 (  BRASIL – RIO   DE   JANEIRO )
   André  Pullig é Vice-Presidente da Academia de Letras do Brasil-DF; Delegado Cultural e  Embaixador da Paz, pela Organização Mundial dos Defensores dos Direitos  Humanos; Doutorando em Educação; Doutor Honoris Causa em: Educação; Psicanálise; Filosofia e Literatura;  Comunicação Social; e Humanidades. Mestrado em Teologia; Especialização em:  Língua Portuguesa e respectivas Literaturas; Psicopedagogia; e Psicanálise  Clínica. Bacharel em Filosofia.
 Autor de 13 livros.
     
                    
                      
                        |  |  PULLIG, André.   CANCIONEIRO. POESIA. Arte da capa: Thiago Sarandy.   Prefácio por Dra. VâniaMoreira  Diniz.  Brasília: Centro Editorial  Thesaurus,  2011. 72 p.  ISBN 85-64494-47-1   No. 10 052Exemplar da  biblioteca de Antonio  Miranda,  doação do amigo Brito  (livreiro) de  Brasília,   DF, em outubro de 2024.
 
 
 
 SER POETA
 
 Hoje acordei disposto a  romper como o silêncio, vão
 A que me impuseram nessa vida, quão!
 Dizendo que não daria em nada
 Saber além do que deveria
 Criar além  do que poderia
 Acordei disposto  a queimar com minhas  lavas quentes
 Aqueles que me levaram a tal condição
 Que me fizeram acreditar não haver descobertas
 Enganaram-se!
 Descobri que posso ser mais
 Do  que uma voz  santa.
 Do que  ser uma névoa branda,
 Descobri que sou poeta!
 
 
 O  TEMPO  QUE ME RESTA
 
 Não posso perder mais tempo
 Sinto que o perdi demais
 Tentando entende-lo
 Sinto que o ultrajei
 Tentando envelhecer
 
 A vida me chamava...
 
 Mas tornou-se uma represa de sentimentos vãosQue inundou aquele novo amanhecer
 
 Por isso não posso perder mais tempo
 Tentando conhecer razões
 Que não me levaram até você
 Pois o tempo que eu tenho
 É o pouco que me resta
 Para, enfim, poder viver
 
 
 INCONJUGÁVEL
 
 A saudade reclama em meu peito
 As dores de um tempo de fria solidão
 Um tempo em que a coragem — inimiga dos fracos,
 Condenava, para sempre, a sonhar
 Com uma vida que podia ter sido e não foi
 A olhar para frente e dizer: deixa pra depois
 Mesmo sabendo que o depois
 É tempo inconjugável
 No implacável verbo de amar
 
 
   SIMPLESMENTE POESIA
 O que é poesia?
 
 Alguns dizem que está em todo lugar
 Outros, que está sempre a vagar
 
 Alguns dizem que não é nada
 Outros, tudo
 
 Alguns afirmam que é um pedaço da alma
 que compartilhamos (sem saber)
 Outros dizem sim, mas fazemos por querer
 
 Alguns dizem que é vazio
 Outros dizem, um rio — que nos leva ao mar
 
 Alguns dizem que é amor
 Outros dizem que é amar
 
 Talvez poesia seja  tudo isso
 E ainda tanto a se revelar
 
 Porque para uns ela é dor
 Para outros, alegria
 
 Para uns ela é noite
 Para outros, dia
 
 Para mim, que sou tudo e nada
 Simplesmente poesia...
 
 
   *VEJA e LEIA OUTROS  POETAS DO DISTRITO FEDERAL em nosso Portal:
 http://www.antoniomiranda.com.br/poesia_brasis/distrito_federal/distrito_federal.html
 Página  publicada em outubro de 2024 
 |