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LEANDRO CARDOSO

 

 

LEANDRO CARDOSO FERNANDES Médico cardiologista e ecocardiografista pela Escola Paulista de Medicina (EPM/UNIFESP) e membro titular da Sociedade Brasileira de Cardiologia, cujo departamento de Hipertensão representa no Piauí.

Autor do livro Lampião: A Medicina e o Cangaço, em parceria com Antonio Amaury Corrêa de Araújo. Poeta, autor do folheto Sinhô Pereira - O Homem que Chefiou Lampião. Autor de vários artigos sobre "Cangaço", publicados em revistas, como Língua Portuguesa, De Repente e jornais.

Colaboração em filmes e documentários (o mais recente: Os Últimos Cangaceiros, de Wolney Oliveira, que será lançado em junho próximo no Cine Ceará, em Fortaleza).

 

 

VERSAL – Revista de Poesia.  Ano 1, Número 2, Agosto 1997. Campinas, SP.  Editor: Gabriel Antunes.  14,5 x 20,5 cm.  Tiragem: 100 exemplares.   Ex. bibl. Antonio Miranda

 

 

        Perder-me em pensar que dizer de ti,
se me petrifica a boca e me acumulam palavras
e me enchem os olhos e não querem ver-te para não falar,
fala para que se os silêncios se encaixam
e nos abandonam para invadir o outro sem pedir licença,
para enchê-lo de nós mesmos, o dom vil da posse,
prisão

 

        *

 

 

        O sol arde ante a tua morte:
clarão imensa porta de inexistência,
caminho de plenitude,
muda transfiguração.
Breve pausa para um último suspiro
e tu voas,
e mil carabinas (impiedade)
apontam para teu peito,
e sim, eu ordeno a execução,
e precisei de teu olhar de ser aflito,
beira de morte que mais angustia que a ti.
Eu esperei por tuas preces
e achei nomes gordos de blasfêmia,
e tua ir fuzilante
verteu contra mim o jorro das metralhadoras
e tuas palavras explodiram amorfas
onde eu menos esperava.
Assim foi a execução,
e só assim eu permaneci grave,
aberto em feridas sem sentido.
E o sol brilhava sobre minha cabeça,
auréola de anjo danado,
que traz nas trombetas as últimas pragas,
e na boca num breve sorriso
(meu Deus, tão belo):
escárnio.

 

 

 

Página publicada em setembro de 2019   


 

 

 
 
 
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