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Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Foto e biografia: http://paineldeparnaiba.blogspot.com/

 

DANILO MELO

 

Danilo Melo Souza é filho de Alípio Firmino de Souza e Isabel de Melo Souza, casado com a teresinense Christina Rosa de Aguiar, filha de dona Alice Costandrade e do poeta Victor Aguiar. Pedagogo, formado pela Universidade Federal do Piauí - Campus Ministro Reis Veloso (1987 - 1990), especialista em administração da educação: Políticas e Planejamento (1991 - 1992) pela Universidade de Brasília - UNB) e Mestre em Educação pela Universidade de Brasília - UnB (2002) e professor efetivo da Universidade Federal de Tocantins.

de 1993 a 1996, foi Secretário Municipal de Cultura de Parnaíba durante a primeira gestão do ex-prefeito José Hamilton Furtado Castelo Branco. Como Secretário de Cultura de Parnaíba, Danilo Melo foi um gigante e mais uma vez conseguiu agradar a  gregos e troianos. O apoio de Danilo ao D.A. 3 de Março, a época presidido por Florentino Neto, atual prefeito de Parnaíba.

Secretário de Estado da Educação e Cultura do Tocantins, impulsionando a política de educação integral, com a elevação do número de matrículas no Ensino em Tempo Integral, de 3 mil (2010) para 103 mil (setembro de 2013), e dos resultados do Enem (2012) o do IDEB (2011); Presidente Nacional do Conselho do FUNDEB (2011-2014); Secretário Municipal de Educação de Palmas-TO (2005-2010), ocasião em que elevou Palmas à capital de melhor IDEB do País;

Atuou ainda como Assessor do FUNDESCOLA/MEC (1999); Gerente de Treinamento da Coordenação Nacional do PROFORMAÇÃO/MEC (1999-2000); Membro da Comissão Julgadora do Prêmio Nacional Professores do Brasil em Gestão, do CONSED; Comissão Nacional PRÓFUNCIONÁRIO/MEC; Comissão Nacional de Tecnologias Educacionais/MEC. É Docente do Quadro Efetivo da Fundação Universidade Federal do Tocantins (UFT), com experiência na área de Educação, ênfase em Educação Pública, atuando principalmente nos seguintes temas: Educação Básica, Políticas Públicas Governamentais, Formação de Professores, Gestão Escolar e Cultura.

No dia 11/08/2016, Danilo foi renomeado Secretário de Cultura do município de Palmas-TO. Danilo Melo havia sido exonerado do cargo de secretário de educação do município no dia 02 de junho de 2016 com a perspectiva de disputar o mandato de vereador nas eleições deste ano. A renomeação de Danilo Melo para o cargo, aconteceu em decorrência da sua desistência de disputar cargo eletivo neste ano.

 

 

Parnahyba

 

Parnaíba, você está encantadoramente monótona

Parnaíba, você continua tristemente bela

Tudo o que quis foi te fazer feliz

Mas não será feliz, Parnaíba,

Enquanto não matares teus governantes fascistas.

Você parou no tempo, estou velho.

Parnaíba, mil pensamentos atropelam minhalma

Por que você não esquenta?

   Pedra do Sal, Praça da Graça, Rio Igaraçu, Lagoa do Bebedouro,

Sabiazal, Guarita, Portinho, Tatus, Filgueiras...

 Tenho telúrica, a idade de Hemingway junto aos republicanos pincelados por Van Gogh delirante.

Parnaíba, por que você não faz seus banheiros públicos?

Tenho que escrever meus poemas.

Habitam muito mais anarcróides entre o céu e a terra,

que supõem nossa sã hipocrisia.

Parnaíba, vi os garotos com sacos cheios de oitis

Quase choro, mais aí... safrei-me.

Onde estão tuas autoridades prostituidas?

Parnaíba, você não merece a Maria-Onça recitando seus poemas

Você não merece os santificados: Assis Brasil, Alcenor, Elmar, Ivelto, Jorge, Costa, Humberto de Campos, Wilton, Carlos e seus inúmeros beatificados.

Foda-se o que restou do Cassino 24, do fox-trot intragável.

Parnaíba, o povo não esquece o nome verdadeiro de cada bairro: Guarita, Tucuns, Coroa, Quarenta, Pindorama, Macabal... são eternos.

Parnaíba, quero arrancar novamente os tapumes da praça

Não vais sossegar.

Parnaíba, Teresina quer te engolir com a bunda, isso é meu. Reivindico a ação revolucionária de maio de 68

Parnaíba, estou gritando vitimado da química das tuas trezenas de Farmá­cias

Não chores por mim sua cretina.
Meu olhar está nu

Comendo bolo de milho e peixe na panela
Me entorpeço com o passar da donzela
Trazendo mil prazeres consigo reprimidos
Ah! Eu a desejo, e seus pudins de laranja.
Quero um teatro com eletricidade no palco

Quero um porto seguro Por que você é careta?

Morro de rir dos teus cidadãos e minhas baboseiras.

 

Oh! Princesa do Igaraçu

Você está falida, e levaram os postes ingleses da Rua Grande
Parnaíba, teus burgueses estão trepando na Munguba.
O Simplição era um bofe.

Parnaíba, assistia às aulas de crisma e lia Marx no intervalo.
Parnaíba, sou anarquista e pronto! porra!

 

Leio sempre Emma & Proudon
Emagreci 7 quilos fazendo este poema
Venderei o método aos capitalistas.

Parnaíba, vi de uma só vez: 50 favelas sem água, luz, piso, almoço,
café da manhã e porra nenhuma.

Você será feliz, como pretende tua juventude burguesa.

Você será poupada do castigo do grande espírito.

"PARNAHYBA, NORTE DO BRASIL", eu conheço essa história

Parnahyba, sejamos saudosistas, que permaneça o inesquecível.

Parnaíba, teus caranguejos estão acabando

Parnaíba, o Zé deve cantar seus Blues na Volta da Jumenta

O Inovação, escrever todas as verdades

A fundação, divulgar Assis Brasil

Permita-me tudo, dentro da lei

Parnaíba, você está doente dos seios

Sombrias "entre ruínas" te esperam

Parnaíba, eu resolvi pela paz

Sou um santo marginal escondido entre os outros homens à procura de uma inspiração verdadeira.

Cantando cantigas de dor no Porto das Barcas
Rezo por todos e sou estranho

Parnaíba, você escutou os suspiros da modernidade perdida em sintonia com a BBC.

Parnaíba, toneladas de quilos de razão e tecnologia mantêm a guerra,

A imediatice das máquinas e computadores arrombado.

Parnaíba, o que me prende aqui é apenas Atalaia e toda aquela pulsação.

Meu coração está cheio de poesia e carinho

Sou um bom menino e tão sensível quanto você.

Ainda corro atrás do folharal, na ilusão de encontrar felicidade pra nós

No entanto a Alfândega está faminta, e suja, e ameaçada...

Parnaíba, estão corrompendo um ciclo histórico.

Não deixe o rio secar, tenho de pular da ponte

E um monte de malinação

Parnaíba, intervirei em teu coração

Meu lado burguês pragmático conquistará teu terreno

teus olhos...

Pois o amor é o final de nossas contas.

E você me perdoará, estou certo

Parnaíba, curral ontem, curral hoje, curral sempre.

 

(Phb-verão 85/87)

 

 

                        (Fonte: Poemarit(i)mos (1988)

 

 

 

Náuseas

 

 

Saltitante entre as marquises

O desespero revelado de cada dia

Aqui jaz a substância humana

Armazenada em programas de computador

E a carne meus amigos,

 

         A carne finge que é bela.

Crônicas do massacre urbano e livre
O amor enlatado e vendido com etiquetas de 1ª. qualidade
Aqui descreve-se a moral do ocidente escrita em boas maneiras.

 

Promíscua continua a poesia procurando a existência
Deserto é o coração, o homem permanece cheio

 

         Todo o cosmo ri de mim quando faço poemas
Minha linguagem é de um mundo atrasado
Preocupado eternamente com a morte, em vez da vida.

 

Sente-se fome de si, e náusea.

 

 

 

SOUZA, Danilo de Melo.  (in)certos versos e alguma (p)rosa.  Capa|: Beira Rio, óleo sobre tela de Ivelto melo Souza, 1998.   Palmas, TO: Gráficaa e Editora Santo Expedito, 2010.   126 p. 
Inclui, como posfácio do livro o texto “A poesia de Danilo Melo”, por Afonso Lima.
Ex. bibl. Antonio Miranda
 

 

AZULEJOS DE SÃO LUIS

Abençoa, meu Pai,
Estas pedras,
estes azulejos.
Os jovens em seu desejo
de exibir e amar.
Abençoa estes sobrados,
suas sacadas,
suas janelas,
seus muros.
E seus cantos de lamentar.

 

 

GRANDE DESERTO DAS
MATAS DO CERRADO

 

Sertão grande
cerrado
mata verde
ouro verde
aos poucos
dourando no grão de soja
outro da coar de ouro
moeda
metal vil e afiado
abrindo novas feridas
na terra
terra vermelha
em breve verde
em breve ouro
da cor de ouro
cor da moeda
da cor de deserto
deserto dos bichos
da mata de antes
deserto das almas
de tudo de antes
hoje apenas divisas
e desequilíbrio
da balança ambiental.

 

 

MODERNIDADE

Na era do conhecimento
até as bombas são inteligentes
Idiotas os que pensam
na “forma vencendo a razão”.

 

 

PERGUNTO O POVO AO GENERAL

Terminou a guerra civil?
A guerra serviu para quê?
A guerra servil?

 

 

A CIÊNCIA E A EVOLUÇÃO

Nada vejo por onde passo
que não tenha sido notado.

Flores e insetos no jardim.

No entanto, menos creio.
Que esta história tenha fim.

 

 

Página publicada em janeiro de 2020


 

 

 
 
 
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