Home
Sobre Antonio Miranda
Currículo Lattes
Grupo Renovación
Cuatro Tablas
Terra Brasilis
Em Destaque
Textos en Español
Xulio Formoso
Livro de Visitas
Colaboradores
Links Temáticos
Indique esta página
Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Foto:  http://www.overmundo.com.br/

 

CHICO CASTRO

 

Poeta, professor, jornalista, ensaísta e historiador. Nasceu em Teresina (PÍ) em 1953. Licenciado em Letras pela Universidade Federal do Piauí, pós-graduado na Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro. Fez parte da geração de poetas brasileiros dos anos 70. Publicou os primeiros poemas em 1974 no Caderno de Cultura do jornal O Dia de Teresina (PI), à época dirigido por Menezes y Morais. É coautor de FINCAPÉ (2011), do Coletivo de Poetas. Publicou, entre outros, Filosofia do Tiro (poesia), Camisa Aberta (poesia), A Guerra do Jenipapo (pesquisa histórica), A Coluna Prestes no Piauí (pesquisa histórica), A Noite das Garrafadas (pesquisa histórica, Edições do Senado Federal, 2013) e João Goulart: o Tabu da Ditadura (Nova Aliança, 2015).

 

 

 

TEXTO EM PORTUGUÊS   -   TEXTO EN ESPAÑOL

 

LINGUAGENS – LENGUAGENES /Edição bilíngue Português / Español.  organização Menezes y Morais; tradução Carlos Saiz Alvarez, Maria Florencia Benítez, Lua de Moraes, Menezes y Morais e Paulo Lima..   Brasília, SD: Trampolim, 2018. 190 p. (7ª. coletânea do Coletivo de poetas) ISBN 978-85-5325—035-6.    Ex. bibl. Antonio Miranda

 

DALLAS PARA QUE TE QUERO
 

Grande amiga, cê ta bem? Mando-lhe um abraço.
Da última vez, conversamos longamente no alpendre da casa fatídica.
Ontem sonhei com o sol girando em torno da CIA.
Se sequestrarem meu neto, mato o FBI.
Creio que o que parece é. Fotos antigas me fascinam.
Marilyn Monroe na Casa Branca viciada.
Porque o fato de ela namorar o poderoso chefão
Será que dava pra ela cantar para o aniversariante
na cara de Jack Kennedy? Por que cantar na Casa Branca
e não num quarto de paredes douradas?
Se bem que, a meu juízo, Monroe era cheia de curvas
e a carne irlandesa de Kennedy era tarada.
Fotos antigas me fascinam. Meses depois o tiro fatal atingiu a cabeça coroada do presidente.
Mas o tiro não saiu pela culatra. Na guerra dos sexos a indústria armamentista não se esqueceu do fio de nenhum detalhe.
Mirem na mão es­querda do motorista da farsa presidencial.
Congelem a imagem do filme daquele judeuzinho que estava filmando.
A bala final matou quem já havia morrido.

Assim como a CIA, a máfia está envolvida até o pescoço ao contrário. A morte encomendada no botequim onde Joca Oeiras, o anjo andarilho,
tomava uns goles bêbados em novembro de 1963.
Onde os tiros cravaram seus dentes hoje é ponto turístico obrigatório de matar a Disney de inveja. Risos.
Sou um poeta do mundo andando de noite
nos arredores das ruas sozinhas de Santiago.
Uai, cê tá ainda acordada? Manda um e-mail depois pra mim.
Melhor presente para um notívago não há. Dormi quatro séculos
sem acordar. Desse jeito a gente não se encontra em canto algum.

Quando durmo, cê ta ligada. Quando acordo, cê ta dormindo...
Sei, sei, sei... coisa do tempo de mulher. A terra é redonda,
mas Kennedy
achava que Marilyn era quadrada.
Nem tudo o que parece é.Cê tá ainda acordada?
Meus olhos estão cheios de lágrimas.
Toda nudez é divina. Vou sair, tchau...

 

 

 

   TEXTO EN ESPAÑOL

 

Poeta, profesor, periodista, ensayista e historiador. Nació en Teresina (Piauí) en 1953. Licenciado en Letras por la Universidad Federal de Piauí, con un postgrado en la Pontificia Universidad Católica de Río de Janeiro. Formó parte de la generación de poetas brasileños de los años 70. Publicó sus primeros poemas en 1974, en el suplemento de cultura del periódico O Dia de Teresina (Piauí), dirigido en la época por Menezes y Moráis. Es coautor de FINCAPÉ (2011), del Colectivo de Poetas. Publicó, entre otros, Filosofia do Tiro (poesía), Camisa Aberta (poesía), A Guerra do Jenipapo (investigación histórica), A Coluna Prestes no Piauí (investigación histórica), A Noite das Garrafadas (investigación histórica, Ediles do Senado Federal, 2013) Joáo Goulart: o Tabú da Ditadura (Nova Alianza, 2015).

 

 

DALLAS PARA QUE TE QUIERO

 

Gran amiga, ¿estás bien? Te mando un abrazo.

La última vez, conversamos largamente en el porche de la casa fatídica.

Ayer soñé con el sol girando en torno a la CIA.

Si secuestrasen a mi nieto, mataría al FBI.

Creo que lo que parece es. Las fotos antiguas me fascinan.

Marilyn Monroe en la Casa Blanca enganchada.

Por el hecho de que saliera con el poderoso jefazo

¿Será que hubiera podido cantar para el homenajeado

en la cara de Jack Kennedy? ¿Por qué cantar en la Casa Blanca

y no en un cuarto de paredes doradas?

Si bien, a mi juicio, Monroe estaba llena de curvas

y la carne irlandesa de Kennedy tenía tara.

Las fotos antiguas me fascinan.

Meses después el tiro fatal alcanzó la cabeza coronada del presidente. Pero el tiro no salió por la culata. En la guerra de sexos la industria ar­mamentista no se olvidó mover el hilo de ningún detalle.
Miren la mano izquierda del conductor de la farsa presidencial. Congelen la imagen de la película de aquel pequeño judío que
estaba filmando. La bala final mató a quien ya estaba muerto.

Al igual que la CIA, la mafia está implicada hasta el cuello al revés.
La muerte encargada en la taberna donde Joca Oeiras, el ángel andariego, tomaba unos tragos alcoholizados en noviembre de 1963. El lugar donde los tiros clavaron sus dientes hoy es atracción turística imperdible que hubiera matado de envidia a Disney. Risas.
Soy un poeta del mundo andando por la noche en los alrededores de las calles solitarias de Santiago. ¡Uy!, ¿estás aún despierta?
Mándame un e-mail después. Mejor regalo para un noctámbulo no hay. Dormí cuatro siglos sin des­pertar. De ese modo la gente no se encuentra en ninguna esquina. Cuando duermo, estás conectada. Cuando despierto, estás durmiendo... Lo sé, lo sé, lo sé... cosas del ritmo de las mujeres. La tierra es redonda, pero Kennedy pensaba que Marilyn era cuadrada. No todo es lo que parece.

¿Estás aún despierta? Mis ojos están llenos de lágrimas.
Toda desnudez es divina. Voy a salir, adiós...

 

 

Página publicada em janeiro de 2020


 

 

 
 
 
Home Poetas de A a Z Indique este site Sobre A. Miranda Contato
counter create hit
Envie mensagem a webmaster@antoniomiranda.com.br sobre este site da Web.
Copyright © 2004 Antonio Miranda
 
Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Home Contato Página de música Click aqui para pesquisar